Acordamos relativamente cedo para poder terminar de gravar as já citadas fitas para ouvir na van (que viemos a descobrir em Bruxelas que não tinha toca-fitas!), acertar os últimos detalhes e fechar a casa. Fechar malas, janelas, colocar o lixo para fora, etc.
Por ser Dia das Mães e o aniversário do meu pai, eu havia planejado um grande almoço coletivo reunindo o grupo dos Perdidos na Espace e suas famílias. Reservei uma grande mesa na Churrascaria Moinhos de Vento para o meio dia, três horas antes do embarque.
O Casal X com a pequena x' não iria porque haveria um grande almoço com a família do Paulo na casa dos pais dele. Além deles, todos os outros foram. O Casal Z com a família viria de Santa Cruz do Sul direto para o almoço.
Na hora marcada, todos estávamos lá. O almoço foi bem divertido, com fotos e risos. Alto astral, enfim. Não poderia ser diferente. Em pouquíssimas horas embarcaríamos para a viagem que vinha sendo planejada há praticamente um ano.
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Chegamos no aeroporto às 14h20min, para fazer o check-in e iniciar as despedidas finais. Embarcamos as malas para GRU-BRU (Bruxelas passando por Guarulhos), fomos até o balcão da VASP para fazer uma correção em nossas passagens e iniciamos as despedidas.
Estavam todos lá, menos os pais do Paulo. Fotos do grupo, fotos só da Roberta, fotos das famílias com os filhos viajantes, beijos e abraços nas famílias, nossas e do resto do grupo, caminhando para a sala de embarque, último beijo da Vó Sílvia na Betinha, fecha-se a porta, estamos só o grupo, já separados de nossas famílias, aguardando a hora do embarque.
Meu último comentário, já na sala de embarque:
- Agora não tem mais volta...
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Até este ponto, a narração foi feita antes de viajarmos. A partir daqui, praticamente tudo foi escrito no dia em que ocorreu. Um trabalho de persistência que jamais acreditamos que eu seria capaz de cumprir. Boa viagem.
Voltemos ao dia do embarque...
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Guarulhos, São Paulo. Dezenove horas. Esperamos.
Vôo tranquilo de Porto Alegre para cá, com o pequeno casal de olhos verdes. Ou azuis, sei lá. Em uma hora e trinta minutos sai o vôo que fará o trajeto GRU-BRU e que nos conduzirá para a última parte da viagem, que é ela mesma de fato, após onze meses de preparação.
Expectativa de como será, se caberemos todos na Renault Espace (a van) e de como seremos enquanto família. Ainda é muito cedo para isso, mas em breve teremos claro o papel de cada um nesta engrenagem, que tem tudo para ser perfeita da mesma forma que pode vir a ser o inferno.
Escrevo isso numa lancheria já na área de embarque internacional. O cara ao meu lado parece um homem de neanderthal. Fiquei com medo, vou me juntar ao grupo.
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