Tuesday, December 06, 2005

Saturday, October 29, 2005

06 e 07/01/2001 – Paris / Vôo 721

É... tudo o que é bom um dia acaba. O que ficam são memórias, histórias, piadinhas que só nós entendemos (“verboten”, “isso aqui tá tri baden-baden”, “essa placa não me diz nada”, “estou supertenso agora, nem falem comigo”, “cuidado com o chute de pierres”, “se fores por aqui mofas”, “ai do mori se ele se metz comigo”, entre outros...). Lugares maravilhosos, pessoas que conhecemos pelo caminho, momentos únicos que sempre iremos lembrar com carinho...

Bom, o dia começou meio baixo astral para mim (a idéia de voltar à rotina em 48hs não me é totalmente agradável), mas tomei uma “sacudida” dos guris e me animei. Café da manhã, malas minuciosamente arrumadas. O Magno ficou “se embelezando” no hotel e o Cello e eu saímos para procurar câmbio e aproveitamos para visitar a catedral de Notre Dame com seus belíssimos vitrais e atmosfera serena. Conseguimos o câmbio a US$ 1 = FF 6,70.

Natal 426 - Ile de Saint Louis

Voltamos ao hotel, fizemos o check out, deixamos as malas lá e saímos para a rua novamente. Tínhamos a intenção de patinar no gelo, mas desistimos porque o tempo ameaçava chuva. Caminhamos um pouco e pegamos o metrô para o Trocadero para podermos tirar a tradicional foto da torre, pois só havíamos tirado à noite e na chuva, na noite de ano novo. Feitas as fotos, seguimos caminhando calmamente pela Av Kleber até o Arch du Triomphe e dela até a Champs Elyseés.

Natal 428 - Foto tradicional

Paramos para almoçar (14h30) no Planet Hollywood que fica na própria Champs Elyseés, enorme e muito bonito. Os guris comeram “burguers” com fritas e eu turkey club com fritas (muitas fritas, milhões delas). Acabamos “nos atirando” na lojinha do Planet: eu comprei uma camiseta, o Cello um boné que fez ele ficar a cara do Bruce Willys (o que ele quase não adorou...), e um dinossaurinho lindo para a Ane. O Magno também comprou camiseta para ele e para a Alinizinha. Descemos a Champs Elyseés “nos arrastando” - de tanto que havíamos comido – até a place de la Concorde, onde eu e o Cello paramos para andar na imensa roda gigante. Muito legal, com vagão para seis pessoas (sentamos no meio de dois casais de senhores franceses que mostravam cada monumento e prédio). A roda faz duas voltas completas, uma inteira sem parar e uma parando para trocar os passageiros. O Magno tem vertigens de altura e não quis ir conosco...

Natal 429 - Place de la Concorde

Nos reencontramos e fomos caminhando de volta para o hotel pela Rue Rivoli (que passa na lateral direita do Louvre e segue pelas ruas de comércio de Les Halles). Anoitecer para ficar na memória, céu claro com cores variadas, luzes se acendendo. Quando voltamos para o “nosso bairro”, o Quartier Latin, paramos para a nossa orgia gastronômica de despedida: entramos na Häagen Daz e tomamos enormes taças de sorvete. Eu e o Cello tomamos o sundea tiramisu que é algo inexplicável (sorvete de macadâmia e café, amêndoas carameladas, nata, e vem com uma taça de café expresso para ser “desejada” por cima, uma loucura). O Marcelo chegou a se sentir mal de tanto que comemos.

Voltamos ao hotel onde encontramos o Caio e a Aline, pegamos as malas e fomos de táxi para o aeroporto. O motorista tailandês foi conversando em inglês conosco e achando que no Brasil se fala espanhol e que somos colônia européia, um absurdo! Chegamos no aeroporto, passamos no setor de devolução de taxas para encaminhar os papéis e fizemos o check out. Pelas intermináveis esteiras rolantes, fomos até o setor de embarque aonde passamos pelas lojinhas do free shop. Olhamos, olhamos, mas só compramos o suficiente para liquidar com nossos francos.

Natal 430 - De cima da roda gigante

O avião partiu pontualmente às 22h30, hora de Paris, e logo acertamos os relógios para o de Porto Alegre (19h30). Ficamos o Magno, eu e o Cello juntos, avião grande e não lotado, mas não conseguimos pegar acentos vagos para ter mais espaço, pois o pessoal “se atirou” na frente. Noite cansativa, janta, filme (O Patriota, com Mel Gibson – bom, mas dormi no final). Dormimos pouco, e ainda teve turbulência durante a noite (nada muito forte, mas assusta!).

Chegamos em São Paulo às 6h30 e estamos saindo para Porto Alegre agora às 8h. Faremos alfândega lá. Já falei com a mãe, eles irão nos buscar no aeroporto. À tarde, a Kaká e o Paulo vêm da praia para nos ver. Estou loca de saudades de todos! Foi maravilhoso, um mês longe de tudo e todos, muitas aventuras, cultura, descobertas. Muita comida e bebida maravilhosas, diversão total!

Espero que não demore muito para a próxima viagem!!


FIM

Friday, October 28, 2005

05/01/01 – Paris (novamente com chuva...)

Dia preguiçoso! Amanheceu com chuva...

Tomamos café e iniciei a organizar as malas para amanhã, o que não é fácil, devo ter cuidados com as frágeis, etc. Após, saímos do metrô por numa longa viagem até a porte de la Vilette, conhecida como cidade das ciências (fomos eu, o Cello e o Magno).

O parque de La Vilette é muito legal. É um grande museu interativo de ciência e tecnologia. A área do museu tem cinco andares, parte com entrada franca (biblioteca, aquário, restaurantes, videoteca, discoteca, etc) e também áreas específicas para crianças, com diversos jogos e brinquedos interativos. Para a área do museu propriamente dito, se paga FF 45,00 e se visita inúmeros setores superinteressantes. Um paraíso para curiosos e interessante para pesquisas escolares e aprendizado. A área da água, por exemplo, demonstra os tratamentos para torná-la potável, o funcionamento do esgotos, a decantação de impurezas e o funcionamento de um submarino.

Já a área do espaço mostra as cápsulas de lançamento, como é feito um lançamento, instrumentos usados por astronautas, etc. Tem um planetário com uma bela exibição de trinta minutos sobre o universo (pena ser narrada em francês). A terra mostra as camadas do solo, vulcões, falhas na camada tectônica e terremotos, os sismógrafos, etc.

A área seguinte, a de medicina e biologia, explica sobre genética, reprodução in vitro, plantas que curam, artigos de curandeirismo, doenças e medicamentos, simulação de ruídos pulmonares. A área de aprendizado faz diversos jogos e testes de leitura, e área das florestas mostra madeiras, combustíveis, plantas, desmatamento. Plantas criadas sem terra, áreas dos sons, da indústria automobilística, etc.

Muito interessante. Almoçamos no próprio bar do museu (sanduíches). Na parte externa tem ainda o La Géode, que é um cinema 180° e o cinema Louis-Lumiére em 3-D (não visitamos). De lá, eu e o Cello pegamos a mesma linha de metrô e descemos na Galeria La Fayette para comprarmos as últimas coisas que faltavam: algumas lembrancinhas para o pessoal de Porto Alegre (família e amigos). Quando voltamos ao hotel, encontramos o Magno lá.

Após um momento de ‘relax’, saímos para um café e fotos com nossas boinas divinamente francesas... No caminho, os guris entraram na loja de instrumentos musicais na esquina do hotel e enlouqueceram com a variedade de artigos interessantes. O Magno acabou comprando um colete com estampa de notas musicais e um livro de músicas dos Beatles. Seguimos até o nosso querido La Brioche Doreé, onde comemos torta de chocolate com banana, chá e tiramos nossas fotos tipicamente francesas.

Natal 422 - Como parisienses

Natal 421 - La Brioche Doree

Voltamos para o hotel para banho e nos preparar para o famoso jantar de despedida de Paris no La Comédia. Não conseguimos contato com o outro casal, pois não se encontravam no hotel. Antes de sair, eu e o Cello aproveitamos e cumprimos a árdua tarefa de terminar de organizar as malas, mas, para nossa sorte, coube tudo (exceto meu casaco que vai à mão!).

Acabamos saindo os três, e foi excelente. Apesar da fila de espera no restaurante, conseguimos mesa em cerca de 10 minutos e nos deliciamos com um jantar espetacular. Eu e o Magno pedimos salmão grelhado com massa e camarão e o Cello repetiu o spaguetti aos frutos do mar. Canecas de cerveja, fotos, colocamos nosso vampirinho “Pierre” em posição de honra, foi uma festa! De sobremesa, eu pedi um delicioso gateaux aux chocolat com creme da baunilha e amêndoas; os guris pediram sorvete. Terminamos com chá e café. Um espetáculo de despedida.

Natal 423 - Despedida no La Comedia

Voltamos pela Rue Monge molhada da chuva, já sentindo saudades pela última noite...

Bon soirée, Paris. Amanhã é dia de embarcar de volta.

Tuesday, October 25, 2005

04/01/01 – Paris! Paris!

É maravilhoso estar em Paris... (ataque de amor explícito à capital francesa...).

O Marcelo acordou mais cedo, raspou o cavanhaque (e ficou mais lindinho ainda, apesar dele estar com dúvidas...) e desceu para tomar café enquanto eu e o Magno ficamos dormindo. Levantei depois das 10hs e, portanto, perdi o café da manhã. Ajeitei-me e saí com o Cello. Passamos no La Poste (correio) para câmbio e tivemos a desagradável surpresa de saber que o câmbio do dólar piorou (US$ 1 = FF 6,5).

Fomos até o nosso querido La Brioche Doreé, onde desisti de tomar café (já eram 11:30h) e optei por almoçar. Comi um sanduíche de presunto, ovo, pepino, alface, tomate num baguette e uma tortinha de maçã. O Cello foi de torta de framboesa com um capuccino. Após a deliciosa refeição, seguimos até o Museu D’Orsay. O Marcelo na última hora acabou aceitando me acompanhar (ele havia dito há dois dias que a sua cota de museus estava esgotada e que ele não me acompanharia ao D’Orsay). Fizemos o caminho até lá pela Blv. St. Germain e entramos no museu ao meio dia e acabamos ficando até às quatro da tarde! Foi muito bom! Comprei o guia de visitação do museu e fomos acompanhando detalhe por detalhe. Só a estação de trem onde o museu foi construído já é uma obra de arte, com o grande relógio da estação, o teto de vidro, etc.

Natal 411 - Museu D'Orsay
Museu D'Orsay

No Museu D’Orsay estão as obras de arte do período entre 1848 e 1914. As anteriores estão no Louvre e as posteriores no Pompidou. Seguimos todo o roteiro, com calma e detalhes. Foi bárbaro, pena que no final já estávamos exaustos e com fome, tendo que abrir mão de ver algumas obras. Considerei – sem dúvida – bem mais interessante que o Louvre, pois eu prefiro bem mais arte que as antiguidades de valor mais arqueológico... No setor de esculturas, obras de Guillaume, Carpeaux, Mercié, Cordier, etc. Depois as pinturas iniciando por obras de Jean Auguste Ingres, que influenciou a maioria dos impressionistas (a belíssima ‘Primavera’!), Eugéne Delacroix, Honoré Daumier, Jean François Millet (com sua também belíssima primavera – com arco-íris), Jean Baptiste Camille Corot (paisagens, folhas e árvores “nebulosas”), Daubiany (a neve), Rosa Bonheur (o gado – realismo), Gustave Coubert, Chavannes (O Pobre Pescador), Gustave Moreau (Orfeu).

Depois vem o grande êxtase do impressionismo: muitas obras de Edgar Degas, incluindo todas as bailarinas (até a escultura da bailarina de 14 anos com saia de tecido), Fantin-Latour (retrato de vários pintores da época), Claude Monet (incluindo ‘O Banho’), Whistler (retrato de sua mãe – clássico: sentada de perfil, roupa preta e véu branco), Renoir exuberante com paisagens de Montmartre, a dança na cidade e no campo, e os retratos. Paul Cézanne, Edward Manet, Monet e a belíssima ‘Ninféias Azuis’ e, finalmente, Vincent Van Gogh – auto-retrato, retrato do Dr Paul Gachet, a Igreja de Auvers-sur-Oise (as duas últimas pintadas quando ele esteve internado no Hospício de Saint Remy após ter mutilado sua própria orelha em um ataque de loucura por sentir-se culpado de ter agredido fisicamente o colega Paul Gaugin). Ainda obras de Toulose-Latrec, Pissarro, Gaugin, e obras de Rodin e Camille.

Foi muito legal, pretendo ler com calma tudo que está no livro do museu e me preparar melhor para uma próxima visita! Saímos meio tontos de tanta informação e fomos a pé até as Tulherias, de onde pegamos um metrô para a Champs-Elysées. Paramos para comer (novamente) no La Brioche Doreé na própria avenida e depois caminhamos pela Fauburg Saint-Honoré (chiquérrima) até a Place de la Concorde, onde pegamos o metrô para voltar ao hotel. Como queríamos ver os canivetes em uma loja da Rue des Écoles e não tínhamos um mapa conosco, decidimos tentar descer uma parada antes do metrô Jusseau (estação Sully), mas descobrimos que estávamos bem mais longe (na rive Droit) e acabamos atravessando a Ile de Saint Louis a pé e visitando lugares diferentes.

Natal 417 - Tulleries

Natal 416 - Tulleries

Chegamos em tempo na loja dos canivetes e acabamos comprando um para o Cello e um para o seu Gilberto. Voltamos para o hotel e o Magno chegou em seguida. Ficamos batendo papo e filosofando, até que ele desceu e foi buscar um vinho na loja ao lado do hotel (marca diabo, com rolha de plástico, mas sempre gostoso). Ficamos de papo até às 21h30 e depois descemos para jantar na cantina ‘Il Pescatore’, em frente ao Hotel Saint Jacques (onde eu já havia estado em 1994). Tomamos Carlsberg (cerveja), comemos massas e sobremesas (eu= tarte aux citron, guris= banana split). Voltamos caminhando na chuva para o hotel.

“Ai, ai, aiai, tá chegando a hora...”

Monday, October 24, 2005

03/01/01 – Paris

Hoje foi aquele tradicional e delicioso dia dedicado à Disneyland Paris! Acordamos às 7h15, ainda escuro. Como era possível ver algumas estrelas no céu, achamos que o dia não seria chuvoso e nos permitiria ir à Disney. A previsão do tempo da CNN e dos jornais era de chuva, o que fez o Caio e a Aline desistirem de ir e tentar na 5ª ou 6ª feira.

Nós três enfrentamos. Saímos já cm dia claro, pegamos o metrô Jussieu e descemos em Chatelet onde pegamos o RER A (FF 39) com viagem de 35 min até Marne-la-Vallé. O metrô nos largou na porta do parque às 9h40, e descobrimos que hoje o parque abriria às 10h e fecharia às 20h, com preço de FF 170 (até 01/01 era FF 220) pela baixa temporada. Após uns 15min em uma confusa fila para comprar os bilhetes, consegui comprá-los (com o meu Visa) e, logo após a abertura, entramos. Devido aos feriados natalinos, a decoração estava mais linda ainda, com a Main Street coberta por arcos que ficam iluminados à noite, uma enorme árvore de natal na praça, e músicas natalinas por todo os lados!! Muito lindo!

Fizemos o tour tradicional. Estava tudo cheio, filas demoradas, mas, nas atrações que demoram mais tempo, é possível obter um ticket FAST PASS que reserva horário em fila mais curta uma a três horas depois da solicitação (isso facilita demais). Começamos pela Haunted Mansion, que já deixou o Magno encantado. Logo após, pegamos o FAST PASS para voltar na Big Thunder Railroad Montain e fomos para a montanha do Indiana Jones, que estava com fila mais curta. Levou só uns 10 minutos, e quando chegou a nossa vez descobrimos que todo o percurso agora é feito de costas! De ré! Não se pode saber o que vem pela frente e o estresse aumenta muito!

Eu curti bastante, mas o Cello não gostou (ficou tonto!). O Magno disse que gostou, mas – a partir daí – em cada atração que entrávamos, ele dizia “Ai, é agora o looping”. Esperamos um pouco para o Cello voltar a sua cor normal e seguimos para a ilha dos piratas, passeando a pé pelas cavernas e, após, indo para o ‘Piratas do caribe’, sempre bonito. Saímos de lá, olhamos algumas lojinhas (com bons preços para nossa surpresa e desgraça... sempre se gasta mais do que se deveria...).

Como havia chegado nosso horário na Big Thunder, fomos com o nosso FAST PASS, uma grande barbada. Em menos de dez minutos estávamos no carrinho. Foi genial, sentamos os três juntos (nos esprememos, na verdade) e foi aquela gritaria, muito divertido. Saindo de lá, passamos para olhar mais umas lojinhas tentadoras e fomos para a Fantasyland, na hora do rush, e pegamos o FAST PASS para o Peter Pan (só para o final da tarde). Ali perto, na loja das fantasias, encontrei a roupa da Esmeralda (do Corcunda de Notre Dame) com coroa e varinha de condão para a Beta. Deixei para comprar no final do dia.

Nossa próxima atividade foi lanchar. Como era de se esperar, filas imensas. Após espera de mais ou menos 30 minutos, comemos enormes hot dogs com queijo, fritas e coca-cola. Feito o lanche, fomos assistir ao filme em 3-D ‘Queridas, Encolhi a Platéia’. Como em todas as outras atrações, o Magno ficou extasiado.

Decidimos, então, nos separar temporariamente: os guris foram para a fila do Star Wars e eu fui assistir à parada de Natal da Main Street. Comprei um pacote de pipoca doce e fiz a festa! A parada é quase a mesma do ano passado, mas com alguns componentes natalinos e encerra com o trenó do Papai Noel puxado por renas de verdade. Muito fofinho! Visitei, ainda as tentadoras lojinhas da Main Street e fui para o ponto de encontro ao lado do castelo. Tempo já bem nublado e com vento frio. Fiquei uns trinta minutos no frio esperando os dois porque atrasou a fila do Star Tours. Após o reencontro fomos até o ‘It’s a small world’ em ritmo natalino e aí ao Peter Pan’s Fly. Já estava tudo escuro e com uma belíssima iluminação, principalmente na Main Street. Foi quando começou a chover.

Devido à chuva intensa, nos abrigamos no Castelo da Belle au Bois Dormant. Foi quando eu descobri que há um dragão animatronics que dorme em uma caverna. Grande descoberta! A chuva aliviou um pouco e fomos assistir a Parada Elétrica. Apesar dos guarda-chuvas, foi muito dez! Brincamos, regredimos, dançamos, abanamos para os personagens, festa total! Fomos embora felizes da vida. Chegamos a dar uma passada na Disney Village, mas como estava chovendo e tudo era muito caro, decidimos pegar o RER e jantar na chegada em Paris.

Chegamos de volta às 21h40, largamos as compras no hotel e voltamos para o mesmo restaurante italiano onde havíamos jantado na nossa primeira noite em Paris (na Blv. St. Germain). Eu pedi pizza de alcachofras com presunto e os guris, massa.

Há vinte e quatro horas minha gastrite está mostrando as garras. Sinto uma dor em queimação no estômago, por isso já comecei a tomar o omeprazol. Mesmo assim me abstive de cerveja e do café por vinte e quatro horas. Voltamos absolutamente mortos para o hotel. Amanhã, horário livre.

Boa noite!

Thursday, October 06, 2005

02/01/01 – Paris

(Hotel Minerve)

O dia amanheceu limpo e com sol mas, como já estava um pouco tarde, optamos por não ir até a Disney hoje. Tomamos café o Cello e eu, pois o Magno ficou dormindo, e às 9h30 estávamos na rua. Fizemos câmbio nos correios (US$ 1 = FF 6,5) e “fomos às compras”!

Natal 397 - Hotel Minerve
(Hotel Minerve)

Começamos caminhando pela Ile de la Cité, com sol favorável para fotos da Notre Dame, depois seguimos para Les Halles onde procurei algumas coisas (talvez um vestido de festa bem bonito e de bom preço) e até a Samaritaine, com tudo muito caro. Acabamos indo de metrô até a galeria Lafayette. Após uma rápida olhada na lindíssimas e caríssimas roupas de criança, me atirei de cabeça na perfumaria, só saindo de lá após gastar algumas centenas de dólares! Vale o gasto, comprei vários presentes para nós e para as famílias, e é bem legal também porque ganhamos também várias amostrinhas de perfume. Comprei também maquiagens (rímel, lápis, batons) e acabamos encontrando uma malinha de mão com bom preço e superprática.

Saímos de lá carregados de compras e fomos direto para o metrô para trazer as “tralhas” de volta ao hotel. Largamos tudo e saímos para almoçar, indo até a Blv. Saint-Germain e parando novamente na maravilhosa pasticerrie Le Brioche Doreé, na famosa esquina St-Germain e St-Michel. Comemos sanduíches de salmão e, de sobremesa, dividimos duas estupendas tartelettes = banana com chocolate e framboesa com creme de baunilha. Conclusão: não existe nenhum tipo de doce ruim ou mal feito em Paris. Conclusão 2: graças a Deus eu não moro aqui, pois seria humanamente impossível não me tornar numa obesa mórbida, futura paciente do C.O.M. (Centro de Obesidade Mórbida). Conclusão 3: se as “tias” do Delitzi (lancheria em frente ao hospital da PUC) aprendessem a fazer algo parecido com isso, eu teria que abandonar a endocrinologia e me tornar uma obesa mórbida feliz ou me submeter à cirurgia bariátrica (da obesidade) e reduzir a capacidade do meu estômago a 10ml e o meu intestino à 20cm de comprimento no total!! Sem exageros...

Seguimos até o metrô e pegamos o RER C para os Invalides, aonde chegamos já com uma chuva fina, e fomos visitar o belíssimo Museu do Rodin. Este museu fica na rue Varenne, próximo aos Invalides e ocupa o Hotel Biron, que foi a casa o ateliê de Rodin. Entramos cerca de uma hora antes do seu fechamento, o que fez a visita ser lamentavelmente mais corrida. Outro fato lamentável foi eu estar somente com duas fotos filme e sem filme novo, não sendo possível registrar a beleza do lugar. O casarão é lindo,cheio de janelas, perfeito ateliê. Inúmeras obras completas, ensaios, obras inacabadas, trabalhos de alunos assinados por Rodin e trabalhos magníficos de Camille Claudel.

Dentro do prédio, os destaques são ‘O Beijo’ de Rodin, ‘São João Batista’, os diversos ensaios para ‘Os Portões do Inferno’ e ‘Os Burgueses de Calais’, ‘O Grito’, as figuras femininas (geralmente com Camille Claudel servindo de modelo) e a demonstração de como se faz um molde para uma escultura em bronze. O jardim foi visitado minutos antes de fechar o museu. Muito bonito, é onde está ‘O Pensador’, ‘Os Portões do Inferno’, ‘As Três Sombras’ (detalhe ampliado dos portões do inferno) e o original dos ‘Burgueses de Calais’, além de obras variadas até de outros escultores. É imperdível! Se der, pretendo voltar ao menos para uma visita ao jardim para fotografá-lo com mais calma.

Natal 396 - O Pensador
(Nos jardins do Museu Rodin)

Voltamos a pé para o hotel pela longa e conhecida Blv. Saint-Germain, com períodos com e sem chuva. Comprei dois blusões lindinhos em uma liquidação (FF 300 = US$ 45 = R$ 90 pelos dois!). Depois paramos no Salón de Thé da Häagen Daz onde tomamos café com gaufre au chocolat (waffer com chocolate) e crepe au chocolat (o Cello). No separamos, o Cello indo para o Internet café e eu voltando ao hotel para me preparar para irmos ao Hard Rock Café!

Acabamos chegando lá cerca de 21h15. Fila de espera e ambiente animado! Ficamos mais ou menos 45 min esperando, e discutimos em inglês com o gerente, pois já haviam passado várias pessoas que tinham chegado depois de nós na nossa frente. No final, saímos “lucrando”, pois o cara no deu três cervejas de cortesia para se desculpar pela falha. Jantamos superbem. Os guris ‘pig sandwich’ e eu salada de frango chinesa. Pratos meio caros, mas enormes! Voltamos ao hotel perto da meia noite e vamos acordar cedo amanhã para ir a Disney. Até mais.

Sunday, October 02, 2005

01/01/01 – Paris (com chuva)

(Hotel Minerve)

O ano de 2001 iniciou e permanece chovendo em Paris.

Ainda “exaustos”, acordamos às 9h30 apenas para não perder o café da manhã. Logo depois, voltamos ao quarto e os guris ficaram em suas camas enquanto eu fui tomar banho e arrumar as coisas para a transferência de hotel. Por volta do meio-dia nos despedimos do Hotel Família (o Magno pagou as duas primeiras diárias) e caminhamos mais ou menos 10 passos até entrarmos no Hotel Minerve. Na verdade, descobrimos que recebemos um upgrade, pois o quarto é bem maior, o banheiro também é maior e tem banheira, e o custo também seria maior, mas será mantido o acordado na reserva. Ótimo, saímos lucrando novamente, da mesma forma que com o carro...

Após preguiçosamente arrumarmos todas as coisas no novo hotel e disputarmos palmo a palmo o espaço para secar as roupas, eu e o Marcelo decidimos sair na chuva mesmo. Peguei minha sombrinha e após algumas quadras o Cello comprou um guarda-chuva. Estávamos prontos!

Natal 392 - Na chuva

Natal 391 - Conciergerie

Passamos pela Notre Dame (com fila na chuva para a visitação), Hotel de Ville (com alguns corajosos patinando no gelo de guarda-chuva e tudo) e seguimos até o centro George Pompidou, que para a nossa sorte estava aberto. Almoçamos na cafeteria – sanduíches e tortas de noz pecã – e após visitarmos uma exposição de árvores de Natal totalmente exóticas, fomos conhecer a imensa biblioteca. Ela é impressionante, com computadores para pesquisa e Internet, milhões de livros, revistas, jornais, sofás para leitura (com um monte de gente deitada e dormindo), TVs passando programação de diversos países, monitores para a leitura de jornais e documentos antigos, etc. O Marcelo ficou fascinado, tirou uma ficha para acesso à Internet, mas como levaria cerca de duas horas até poder acessar, acabamos desistindo e saindo.

Caminhamos na chuva até o fórum de Les Halles, onde paramos para um “Mac Mix”. Seguimos de volta à Rive Gauche até o Boulevard Saint Michel. Seguimos até o Jardim de Luxemburgo onde encontramos o Internet café que o Marcelo ia no ano passado. O ‘Le Jardin de la Internet’. Acessamos por mais ou menos uma hora, relemos e-mails e as notícias de jornais brasileiros. Saindo de lá, paramos no próprio “Bulle Miche”, como é carinhosamente chamado o Boulevard Saint Michel, para um capuccino com croissant doce delicioso no ‘Brioche Dorreé’.

Seguimos como dois parisienses pelas ruas molhadas pela chuva. Encontramos o Caio e a Aline no caminho de volta ao hotel e marcamos de sair às 20h30 para jantar, provavelmente no ‘La Comédia’, na rue Monge, melhor restaurante da última viagem.

Não preciso nem dizer, foi uma janta fantástica. Nos deliciamos comendo massas com os mais variados frutos do mar. Eu comi linguine aux deux saumon, que além de molho com salmão vem com camarões em casca e caviar, um delírio. O Cello, o Magno e o Caio comeram spaguetti com frutos do mar, com camarões, moules, polvo, lula, etc. A Aline, finalmente, comeu massa com camarões flambados em cognac. Não bastasse essa comilança (os pratos são enormes), tomamos cerveja de 500ml e ainda pedimos sobremesa (todos pediram sorvetes superenfeitados e eu um creme brulé de comer de joelhos).

Voltamos “gemendo” para o hotel, e ainda liguei para a Karina para contar da janta maravilhosa e saber como tinha sido a noite do ano novo deles (foi excelente, que bom!).

Puxa vida, estamos nos encaminhando para a reta final.

Buon soirée!

Tuesday, September 20, 2005

Paris (6)

Natal 383 - Bon Anné 1

Comemorando o novo milênio no Champ de Mars, com chuva e frio...

Sunday, September 11, 2005

31/12/00 – Paris – último dia do milênio!

Bon jour, Paris!

Puxa vida, eu sou fascinada por esta cidade... não tem jeito mesmo... É o único lugar da Europa onde eu já estive quatro vezes e sem dúvida adoraria vir muitas e muitas vezes mais... É charmosa, imensa, supersimples de se localizar e já se tornou completamente familiar para nós.

Acordamos preguiçosos, tomamos o café “simplesinho” mas gostoso do Família (1 croissant, 1 mini-baguette, manteiga, geléia, café au lait) em uma salinha repleta de tapetes, pinturas, uma pequena biblioteca e uma miniatura do pequeno príncipe sentado na mureta conversando com a serpente dourada... Totalmente francês, né?

O Magno subiu para tomar banho e eu e o Cello demos uma volta a pé até o Institute du Monde Árabe (que tem janelas com “engrenagens” de metal parecidas com um caleidoscópio que conforme a posição permitem a passagem maior ou menor de claridade). Retornamos ao hotel e nos juntamos ao Magno, o Caio e a Aline para irmos de metrô ao Louvre.

Como é domingo, os ingressos são mais baratos (de FF46,00 por FF30,00), e além disso é véspera de ano novo, então dá para imaginar a multidão de pessoas que estavam no museu. Turistas de todo o mundo, muitos brasileiros (quase não havíamos encontrado até agora), italianos e orientais. Após fila para ingressos, iniciamos a “desbravamento do Louvre”. Decidimos nos separar, pois seria impossível ver tudo e seguir em grupo e combinamos reencontro à tardinha para combinar a comemoração noturna.

Eu e o Cello entramos pela área Denon, visitando setores de escultura italiana e espanhola dos séculos XI ao XV, com destaque para a escultura em madeira de Santa Maria Madalena e seus longos cabelos cobrindo o corpo (espanhola). Passamos também pela área de escultura grega pré-clássica e tapeçaria egípcia.

Subimos pela escadaria onde se encontra a belíssima Vitória da Samotrácia, reinando absoluta sobre o encontro dos degraus e com milhares de turistas ao redor. Passamos então para a área de pinturas com os imensos corredores de pinturas italianas dos séculos XIII a XVII, as grande pinturas francesas com destaque para a coroação de Napoleão, e visitamos também a sala da Monalisa (La Gioconda) de Leonardo da Vinci, cada vez mais protegida com paredes e vidros e sempre com uma multidão na sua frente. Fomos até o pavilhão de pintura espanhola com alguns belos quadros de El Greco e, finalizando, fomos para o setor de esculturas onde está o encontro de três Vênus: a de Milo, Afrodite e uma terceira moderna, deste século. Além disso, a bela escultura de Hermafrodita (filha de Hermes e Afrodite) que tinha genitália ambígua!

Como está muito cheio, optamos por sair do Louvre e prosseguir nosso passeio pelas ruas. Saímos calmamente e seguimos pela rue de l’Opera, com a maioria das lojas, restaurantes e cafés fechados pelo feriado. Almoçamos em um café – eu: salada niçoise (deliciosa – alface, tomate, ovos, atum, anchovas) + pão baguette e o Cello: salsicha com fritas. Fomos após até o monumental prédio da Opera de Garnier e entramos apenas no hall, pois a visita é paga. Depois seguimos pelo Blv. Hausmann, ainda todo decorado pelo Natal, com a Printemps e a Lafayette com suas vitrines repletas de bonecos animados que tocavam músicas, um encanto.

Percorremos a longa av. Hausmann e após a Friedland até o Arco do Triunfo. As ruas cheias de turistas de todas as nações, vento frio e tempo fechado, mas uma festa. No caminho, paramos na pasticerrie Paul (a mesma onde comemos em Reims) e que é uma das mais tradicionais da França, e compramos dois beignetts aux pommes (que são sonhos com massa bem leve e recheados com maçãs – uma loucura) mais um pão de passas e açúcar (Cello) e uma tortelette de baunilha e amêndoas (eu). Não preciso dizer que foi uma orgia gastronômica, certo?

Descemos, então, toda a Champs-Elyseés caminhando, que está com árvores com luzes natalinas e faixas saudando o ano de 2001 (Bienvenue a 3° milênio). Caminhamos até a Place de la Concorde, onde está uma gigantesca roda gigante atrás do obelisco egípcio. Aliás, há uma polêmica: uma facção é a favor de manter a roda e outra que quer que ela seja retirada agora em 2001. Chegando lá, acabamos encontrando o Magno na entrada dos Jardins da Tulherias e decidimos voltar juntos para o hotel. Descobrimos, então, que das 17hs do dia 31/12 até às 12h de 01/01, o metrô seria gratuito, e não preciso nem dizer que estava absolutamente “abarrotado” de gente! Antes de chegar ao hotel ainda compramos uma garrafa de vinho e uma água Perrier. Pequeno descanso, banho, e iniciamos nossa comemoração com vinho, amendoins e Perrier (bom início de noite).

Às 20h nos unimos ao Caio e à Aline e partimos em direção ao Saint Germain des Pres para procurar algum lugar para a nossa janta de reveillon. Tempo feio, no caminho alguns pingos de chuva. Após algumas quadras a pé e diversas pesquisas de preço, escolhemos o restaurante Chassagne La Godesse, na rue Monsieur le prince, 38 – Saint Germain des Pres. Ambiente agradável, menu de San Silvestre a FF 130 por pessoa, sem bebidas.

Iniciamos com coquetéis (eu= Kir, Cello e Magno= vinho do porto, Caio= Perrier, Aline= coca-cola). Depois pedimos um Bejaullais tinto junto com a comida. Eu comi foie grass com torradas de entrada, confit de canard (pato assado) com batata sauté (principal) e sorvete (delicioso – café com chocolate e baunilha!). O Cello com salmão na entrada e carne de ovelha com fritas (principal) e sorvete. Realmente muito gostoso. No total, saiu FF 180 = US$ 28,00 por pessoa, justo para uma noite de celebração.

Saímos do restaurante mais ou menos às 23h, ansiosos para tentar chegar ao Trocadéro para a meia-noite, mas nos perdemos um pouco nas ruas até chegar ao Boulevard Saint Germain e pegarmos o metrô, já cheio, com uma turma de meninas negras cantando animadamente (muito legal). Quando chegamos à estação onde deveríamos fazer a correspondance, para a linha que nos levaria ao Trocadéro, foi simplesmente impossível chegar próximo ao trem, havia uma multidão tentando fazer a mesma coisa, filas imensas nas escadas, sem condições de seguir em frente. Como faltavam apenas 25 minutos para a meia-noite, saímos a pé, já abaixo de uma chuva leve que foi aumentando progressivamente.

Chegamos ao Champ de Mars aproximadamente ás 11h50, molhados, pisando numa grama que era quase só barro, mas tudo era festa. Preparamos as champagnes e as máquinas fotográficas, falei algumas palavras - já emocionada – de encerramento do ano e quando deu meia-noite a torre ficou salpicada por luzes azuis. Fogos (menos que no ano passado), champagne, abraços, lágrimas, fotos.

Emocionante! Culturas e idiomas diferentes, pequenos grupos se abraçando, cantando “adeus ano velho, feliz ano novo...”, gritos de “Buon Anne”. Tomando champagne, seguimos até embaixo da torre a depois ao Trocadéro. Grupos de brasileiros passavam de tempos em tempos, seguidos por abraços e desejos de feliz ano novo (bem legal). Eventualmente – claro – alguns grupos fazendo “anarquia”, mas sem maiores problemas. Mais fotos no Trocadéro, incluindo com outros que “entravam nas fotos” e nós entrávamos em outras, uma festa!

A chuva ia ‘engrossando’ e nós cada vez mais molhados... Seguimos pela avenue Kleber, onde consegui ligar para a turma em São Lourenço do Sul (no celular do Paulo). Foi bem jóia, lá ainda não havia chegado a meia-noite, pude contar nossa aventura e falar com a Kaká, o Paulo, Beta, Mãe, Pai e Vicente! Genial! Seguimos até o Arc du Triumphe, e descemos toda a Champs Elyseés na chuva e cantando músicas dos mais diversos tipos – muito engraçado (cidade maravilhosa, canto alegretense, hino do exército, hino do RS, legião urbana, hino do Inter, etc). Quando éramos reconhecidos por outros brasileiros, nos saudávamos com gritos de Feliz Ano Novo e Buon Anné.
Seguimos pela beira do Sena todo o caminho de volta para o hotel com muita chuva, completamente encharcados, mas muito felizes. Chegamos no hotel, colocamos toda a roupa – incluindo minha bolsa com os meus bichinhos – no radiador de caímos desmaiados de sono e frio. Foi muito emocionante!

Buon Anné! Feliz Ano Novo!

Wednesday, September 07, 2005

Sunday, September 04, 2005

30/12/00 – Paris, França

(Hotel Família)

Chegamos no Hotel Família! Após tentarmos em vão em 1999, desta vez estamos aqui... É realmente uma gracinha, pequeno, antigo, mas charmoso. Nosso quarto (61) é no sótão e tem uma pequena sacadinha no telhado com vista para a adorável rue des Ecóles. Na segunda-feira teremos que trocar de quarto para o hotel do lado, que é da mesma empresa (Hotel Minerve). Tomara que seja quase igual...

Bom, voltando ao dia de hoje. Acordamos um pouco mais tarde e todos ainda tinham que enfrentar o banho. Acabamos descendo para o café um pouco antes das 10hs (quase que perdemos a hora...). Depois, fomos caminhar um pouco por Compiégne: Hotel de Ville, pista de patinação no gelo ao lado da catedral, chateaux que abriga o museu de arte. Dia lindo de sol e muito frio, gramados e árvores com gelo, 0°C ao meio-dia.

Fizemos check out e seguimos de carro pela “Floresta de Compiégne” até o lugar onde fica a Clairéire du Armistice, lugar onde o general Foch, junto com representantes da armada alemã, assinou o armistício colocando fim a I Guerra Mundial em 11/11/1918. Seguimos, então, até a cidade de Chantilly, onde viveu o duque de Chantilly e se desenvolveu o creme de nata doce com o mesmo nome. Passamos pelo magnífico Chateaux de Chantilly, todo rodeado por lagos que estavam parcialmente congelados. Como não tínhamos muito tempo, apenas tiramos fotos por fora do chateaux e seguimos em direção à Paris.

Chegamos em Paris pela porta de la Vilette, seguimos pela periférique até a porta de Italie, onde pegamos o trajeto av. Italie – Gobellins – Monge – Ecóles, chegando ao hotel Família. Fizemos rapidamente o check in, o Magno ficou e nós fomos devolver o carro no aeroporto Charles De Gaulle. Tivemos um pequeno problema de direção na saída (eu orientei o rumo na av. Claude Bernard para o sentido oposto, o que nos fez repetir uma longa volta...) mas depois seguimos com facilidade até o aeroporto. Devolvemos nosso companheiro de viagem após 4600km, paramos no aeroporto para um rápido lanche (croque-mounsier, of course) e pegamos o RER (FF 49,00) até a estação Saint-Germain. Descemos, já anoitecendo, e viemos para o hotel (o Magno NÃO havia saído do quarto!).

Tomamos banho e mais tarde saímos para uma caminhada na noite gelada e maravilhosa da cidade-luz, saindo pela Blv Saint-Germain e seus cafés e bolangeries e brasseries, passando pela Notre Dame (incrível, sem nenhum andaime!), Hotel de Ville glamurosamente iluminado e com uma enorme pista de patinação no gelo. Seguimos pela rue Rivoli na Rive Droit, passamos pela tour de Saint-Jacques (fechada para restauração), Conciérgerie (antigo presídio), cruzamos pela pont Neuf (a mais antiga, dos amantes) e seguimos pelas ruas de Saint-Germain-des-Prés, com seus restaurantes, cafés, incluindo o saudoso Le Procope, onde Napoleão, Robespierre e outros tomavam café. Em frente ao Le Procope, o Magno – emocionado – “virou” o pé e seguiu mancando...

Acabamos jantando em um restaurante italiano, já de volta ao 5° arrondisment (Quartier Latin). Eu comi risoto au fromage (razoável), o Marcelo um spaguetti au fruits de mer (muito bom) e o Magno pizza siciliana. Tomamos cerveja Kronnemberg (1667), francesa de Strasbourg (nós estivemos lá!), e eu ainda pedi torta de limão que estava supergostosa e completamos a janta com capuccinos. C’est magnifique!

Amanhã termina o ano e o milênio... Espero que em 2001 tudo seja mais claro, mais tranqüilo, mais saudável, mais diet e – principalmente – mais cheio de amor e compreensão.

Feliz último dia deste milênio!

Saturday, September 03, 2005

Friday, September 02, 2005

Wednesday, August 31, 2005

Tuesday, August 30, 2005

29/12/00 – Compiegne (Picardia, França)

(Hotel des Beaux Arts, Best Western)

Novamente nossos destinos se cruzaram. Acordamos pelas 8h, pois havíamos combinado de descer para o café às 8h30, mas acabamos descendo às 9h pois o Magno se atrasou e ainda tinha que tomar banho! Tomamos um farto café da manhã (com um pain au chocolat delicioso) e quando estávamos indo para o elevador a porta deste se abriu e demos de cara com a Aline e o Caio! Foi uma risada só, novamente uma coisa improvável, estarmos na mesma cidade, no mesmo hotel, e nos encontrarmos no elevador!! Só pode ser destino...

Eles foram para o café e combinamos de nos reencontrar para a visita de alguma cave de champagne. Check out feito, nos dirigimos para a avenida do champagne, onde estão todas as caves de Epernay. Optamos pela mais famosa, é claro, a Möet&Chandon. A visita em inglês iniciaria e 40 minutos (FF 40,00 a visita + 1 taça de champagne). Caminhamos pela rua das caves e após retornamos para a visita.

Foi muito legal, inicia com um filme de 5 minutos mostrando os vinhedos e as fases iniciais da elaboração do champagne e compara a fabricação do champagne a uma pintura artística. Depois uma guia nos levou para a cave e parava em diversos pontos explicando os detalhes da fabricação. Só a Möet&Chandon tem 28km de túneis subterrâneos onde armazena mais de 1.000.000 de garrafas em fases diferentes de maturação. Somando com as outras vinícolas, deve ser um caminho de ratos embaixo da cidade!

No final podemos apreciar e degustar uma taça de champagne, junto à loja com todas as variedades da vinícola, entre outros artigos relacionados. Ganhamos um livrinho em português com diversas explicações, bem interessantes. Ah, uma curiosidade, o nome das garrafas de champagne: _ = 0,2l; _= 0,375l; Bouteille = 0,75l; 1,5l = Lê Magnum; 3l = Le Jeroboam; 6l = Le Mathusalen; 9l = Le Salmanazar; 12l = Lê Balthazar; 15l = Le Nabucodonosor (FF 4.400,00 = 670 Euros).

Saímos de carro para Reims, que é a capital da região do Champagne. Chegando lá, visitamos todos juntos a catedral gótica, muito linda, com vitrais incríveis, principalmente as duas rosáceas do fundo em cor azul forte e os vitrais de Marc Chagall atrás do altar. Em uma das capelas tem a imagem da Santa Joana D’arc, que também é vista fora da igreja (escultura em bronze). Nesta igreja eram coroados os reis da França. Continuamos visitando o centro na cidade a pé, o Caio e a Aline entraram em um restaurante almoçar e nós três optamos por caminhar e comer sanduíches na rua. Eu comi uma baguette gratinada com queijo e salsicha e ainda levei dois saborosíssimos croissants de chocolate e amêndoa que comemos no carro mais tarde.

Fomos até o Hotel de Ville e, de lá, passamos por ruas de comércio até uma praça com uma estátua de Eros. O centro de compras é muito bonito e estava supermovimentado.
Voltamos até o carro, liguei para o pessoal em casa pois eles vão para São Lourenço do Sul amanhã e talvez não nos falemos no ano novo! Tentarei ligar para o celular do Paulo. Como não conseguimos reencontrar com o Caio e a Aline e o tempo do parquímetro venceu, deixamos um bilhete no pára-brisa do carro deles com a nossa rota e seguimos.
Muito frio (1–2°C), começou a chuviscar. Passamos pela cidade de Chateaux-Thierry sem parar (apenas uma volta de carro), pois – além da chuva – já estava anoitecendo. Seguimos até Soissons, uma pequena cidade onde paramos para dar uma olhada na antiga abadia de Saint-Jean des Vignes, que foi parcialmente destruída em 1805, e a fachada exuberante permanece quase intacta. Impressionante!

Na saída da cidade, passamos em um imenso supermercado (CORA) para banheiro e comprarmos uma coca-cola na cafeteria, e depois rumamos para o definitivo ponto do dia, a cidade de Compiégne, local onde foi assinado o armistício entre a França e a Alemanha em 1918, dando fim a I Guerra Mundial. Chegando na cidade, encontramos de cara o Hotel Best Western (Beaux-arts) com ótimo preço (FF 700,00) para os três com café da manhã e garagem. Quarto enorme, lindo, e com uma mesa e cadeiras onde pudemos fazer um brinde com a última garrafa do frisante Lambrusco antes de sairmos para a janta.

Saímos caminhando pela cidade bonitinha e bem enfeitada para o Natal. O hotel fica em frente ao rio Marne, que banha a cidade. Fizemos uma investigação gastronômica e acabamos escolhendo um restaurante tailandês (La Nouvelle Etoille) com menu a FF 79,00. Excelente escolha: eu comi salada de frango com alface e broto de feijão (entrada), carne com cogumelos negros - que pareciam algas marinhas – (prato principal) e maçã empanada (sobremesa). Já os guris comeram omelete (entrada), peixe ao curry (principal) e sorvete.

Na chegada, tomamos cada um uma cerveja chinesa que não nos agradou muito (amarga e com aroma estranho). Após, tomamos Heineken e na saída pedimos três doses de saquê. Quando pedimos “le adición”, a conta, a garçonete trouxe três toalhinhas quentes para limparmos as mãos e mais três doses de saquê como cortesia! Saímos do restaurante superfaceiros (pudera: frisante + cerveja + saquê) e quando chegamos no hotel ainda acabamos com o restinho do limoncello (licor de limão) do Magno.

Desmaiamos de sono assistindo Doutor Jivago!

Friday, August 19, 2005

28/12/00 – Epernay (Champagne), França

(Hotel Íbis Epernay)

Acordamos um pouco mais tarde, com um dia bastante fechado e frio (1 a 4°C quase todo o dia). Tomamos um reforçado café da manhã (com os pain au chocolat e croissants bem franceses...).

Saímos a pé para uma caminhada em Nancy, seguindo direto até a belíssima praça Stanislas (séc 18), que lembra um pouco a Grand Place de Bruxelas: prédios belíssimos (prefeitura, museus de belas artes, etc...), portões dourados, fontes em dois extremos da praça e um arco em outro. No centro da praça está a estátua em homenagem a Stanislas, que foi quem idealizou a praça e foi também o rei da Alsácia Lorena e era o genro de Luís XV (inicialmente a praça se chamava Luís XV e tinha uma estátua dele no centro!). Há também uma imensa árvore de natal que estava toda iluminada quando passamos ontem à noite.

Da praça, seguimos até o parque da Pépeniere, uma grande área verde na cidade, que teve 130 de suas árvores arrancadas após um grande vendaval em 26/12/99. Voltamos para o hotel, check out, e seguimos para Metz, que – segundo nosso guia Frommer’s – é a cidade mais bela da Alsácia-Lorena. Chegamos lá com muito frio, e a cidade realmente é muito ampla, banhada pelo rio Mosel (o mesmo da Alemanha) que forma belos canais cheios de gaivotas, cisnes e patos selvagens. A cidade tem construções de pedra amarela (cor de puxa-puxa), e a mais impressionante é a Catedral de Saint-Etiene, a terceira maior da França. Totalmente gótica, com linhas verticais que conferem uma altura impressionante, ela tem um interior simples porém coberto por belíssimos vitrais de períodos variáveis, incluindo diversos de Marc Chagall, de aspecto mais moderno. Por fora, está sendo lavada, e é muito interessante ver as paredes bem amarelas contrastando com as que ainda estão pretas de fuligem.
Ficamos observando as esculturas que circundam as portas, com imagens do céu e do inferno, várias pequenas esculturas, como nas portas da Notre Dame de Paris. Impressionante. Continuamos nosso passeio a pé (tive que botar meu protetor de orelhas e enrolar minha manta até o nariz por causa do frio!). Passeamos pela beira do Mosel, vimos uma bonita torre com um relógio que provavelmente pertencia a uma construção (igreja, hospital, escola?) que deve ter sido destruída, pois os limites da parede ainda são visíveis (bombardeada?). Voltamos ao centro e entramos no shopping (Centre Saint Jacques) onde havíamos estacionado o carro. Parada para um “McMix”, após almoçamos sanduíches de baguette enormes e superdeliciosos... Demos uma espiadinha nas lojas e fomos ao supermercado para comprar provisões para o meu bar (que nunca fecha) e aproveitamos para adquirir garrafas de champagne (duas) que estavam em promoção.

Saímos de volta para estrada (bem pequena, em meio a uma imensa planície de campos verdes e pequenos vilarejos). Seguimos para a região da cidade de Verdun, ainda na Lorena, cidade que ficou marcada por uma imensa e devastadora batalha que durou cerca de oito meses, durante a I Grande Guerra. Nas proximidades da cidade, havia tantas minas e estilhaços que o solo nunca mais pôde ser cultivado. Estava um frio de rachar (0 – 1°C) com uma chuvinha fina que deixava o lugar mais sombrio e triste ainda.

Visitamos uma casamata que é conservada igual desde a guerra, e só não entramos porque as paredes e portas estão lacradas. Seguimos de carro até o memorial da I Guerra (fechado durante os feriados) que na frente tem canhões, obus e armas utilizadas. Depois, fomos para um grande campo onde está um imenso cemitério de guerra (francês e há outro onde estão enterrados mais de 14.000 soldados americanos e cinco enfermeiras) e onde está o ossuário de Douaumont, um grande e sombrio templo em forma de casamata onde foram colocadas as ossadas de 130.000 soldados desconhecidos mortos nesta batalha. É o local mais triste em que já estive, impressionante, escuro, apenas com vitrais laranja por onde entrava muito pouca claridade, e com as paredes repletas de inscrições e homenagens das famílias dos soldados mortos e não reconhecidos... É incrível a estupidez e a insanidade de uma guerra...

Dali, seguimos até a Tranché des Baionnettes, onde foi construída uma estrutura de pedra para proteger uma trincheira que havia naquele local e que, em uma batalha, foi soterrada num bombardeio fazendo que todo o batalhão fosse enterrado vivo ali mesmo. No local ainda estão as pontas das baionetas para fora da terra, visíveis junto a cruzes e homenagens. Sem comentários...

Saímos comovidos e cabisbaixos da região de Verdun e seguimos para a região do Champagne, passando pela cidade de Chalom-Champagne, onde demos uma volta de carro pois estava chuviscando e seguimos até Epernay, onde ficamos. A cidade de Epernay é onde está a maior parte das vinícolas que produzem champagne (incluindo a Möet-Chandon da Don Perrignon), e ficamos cerca de 40 minutos dando voltas e voltas na cidade para tentar localizar o pequeno hotel Íbis que estava no nosso guia. Acabamos tendo que estacionar o carro e procurar a pé até conseguirmos encontrar. Como não havia quarto triplo, pegamos um single e um double e dividimos por três o custo (total US$ 38,00 por pessoa com café da manhã).

Banho, pequeno descanso e saímos a pé para procurar um restaurante. Acabamos novamente em uma cantina italiana (melhores preços) onde eu e o Cello comemos pizza (muito boa) e o Magno spaguetti. Tomamos cerveja italiana e de sobremesa cada um comeu uma enorme taça de sorvete com calda e nata (Magnifique!!). Voltamos exaustos para o hotel! Amanhã é o último dia de Renault Laguna. Sábado, Paris!

Até, buon nuitt!

Friday, August 12, 2005

Wednesday, August 10, 2005

27/12/00 – Nancy (Alsacia-Lorraine), França

(Hotel Íbis Nancy Sainte-Catherine)

De volta a um hotel Íbis após dezenove meses de saudades...(momento nostálgico).

Amanhecemos com dia nublado em Achern. “Noite curta”, sono 0esado... Tomamos café da manhã com o melhor pão até agora e um iogurte com “chips” de banana que são nota dez. Check out, e resolvemos dar mais uma chance para Baden-Baden. Fomos até lá para conhecê-la, parando no caminho especialmente para tirar uma foto do “triângulo das bermudas” (Achern + Bühl + Ottersweiser).

Chegamos à Baden-Baden novamente com neblina (acho que são as termas) mas já com sol despontando e temperatura amena (9°C). Em nossa visita à cidade, fomos ao prédio do cassino (Khür House), ao belo prédio de uma terma que atualmente é o i (tourist information), com lindas pinturas na fachada. Passeamos pelo centro com comércio chique, vários restaurantes, pasticerias, cafés. Após, fomos até os dois prédios que abrigam as termas públicas, “caracalla”, onde se podem fazer programas de spa de 1 a 7 dias, com banhos, talassoterapia, massagens, etc.

Retornamos pelas lojinhas, aonde comprei um mini-hipopótamo de pelúcia da Nici bem lindinho para colocar na minha mochila (azul turquesa com um coração rosa pink na barriga...). Ele agora faz companhia para o meu camundongo e para o meu macaco! Paramos em um posto de gasolina para gastar os últimos trocos em combustível e saímos da Alemanha para a França, parando em Strasbourg, que fica logo após a fronteira (atravessa-se uma ponte) alemã e já foi por diversas vezes território alemão e outras tantas francês antes de se tornar definitivamente parte da França.

Strasbourg é uma cidade muito bonita, com uma mistura das arquiteturas alemã – com suas casas de estilo enxaimel – e francesa. Fica nas margens do Reno e é circundada em sua parte central pelo rio III, que faz com que o centro histórico tenha o formato de um olho. O canal é cortado por diversas pontes de ferro (para pedestres e/ou carros) e neste canal passam barcos de passeio (tipo bateaux). O centro está todo enfeitado para o Natal e há uma grande feira com barraquinhas de madeira que vendem enfeites, brinquedos, velas, “bijoux” e wine chaud (quentão de vinho tinto, branco ou suco de laranja), barracas de pretzels, crepes e waffers, ou seja, uma festa. Fizemos câmbio do resto dos nossos marcos em um caixa automático e depois fizemos câmbio de dólares nos correios (USD1= 6,7FF, sem taxas). Tomamos um delicioso wine chaud com o pretzel (pois eu e o Cello deixamos os casacos no carro e estávamos quase congelando!).

Visitamos a linda catedral gótica de Notre Dame de Strasbourg. Ela é toda com pedra de cor bordeaux e por dentro tem uns vitrais lindos. Estava coberta de tapeçarias na nave central e tem um relógio astronômico muito lindo. A catedral possui uma das torres mais altas da Europa, porém não pôde ser feita a segunda torre projetada pois as fundações não agüentariam. Caminhamos depois até o bairro comercial de Petit france, muito bonito e enfeitado.

Saímos de Strasbourg, paramos num McDonald’s para um McMix e acabamos fazendo um lanche leve. Pegamos a estrada às 16 horas, seguimos pela Alsácia Lorraine chegando em Nancy já noite (cerca de 18 horas). Logo encontramos o Íbis (a cidade é enorme) em uma rua tipo a Farrapos, mas com quarto triplo com 3 camas de solteiro e ótimo preço (USD 29,20 por pessoa).

Ah, já ia esquecendo: no caminho para Nancy fomos parados pela polícia (Gendarmerie) pois estávamos com o farol alto (e os faróis de neblina) ligados, sem necessidade. O policial falava quase zero de inglês e nós, no maior estresse, entendíamos menos ainda... ele falou algo sobre termos que pagar 95,00 FF por estarmos com o farol errado ligado, mas acho que desistiu pela nossa dificuldade de comunicação e resolveu nos despachar sem cobrar nada (Graças a Deus!).

Voltando a Nancy, depois de instalados, banho tomado, saímos – com chuva – e facilmente encontramos a praça central de Nancy (bem próxima ao hotel), demos algumas voltas com o carro e acabamos escolhendo uma pizzaria (Paparazzi) que ficava numa esquina. Pedimos três massas com gorgonzola e presunto (pratos deliciosos, imensos, perfeitos, cerca de USD 13,00 cada) e três cervejas Fischer, que descobrimos ser a cerveja local da Alsácia (forte, bem gelada, garrafa linda com tampa de porcelana). Acabamos tomando três rodadas de cerveja (330ml) e após pedimos um creme bruleé espetacular (pra mim, o melhor que comi até hoje!).

Daí, o garçom (e dono do lugar) veio conversar conosco, um gordinho muito simpático que é espanhol (de Valência) e se chama Jean Ramon, torcedor de futebol e amigo de jogadores, incluindo um tal de Zé Alcino, que jogou no Grêmio, joga no time do Nancy (campeão da 2ª divisão francesa) e é freqüentador assíduo da pizzaria. Conversamos bastante e ele nos trouxe como cortesia da casa, duas doses de cachaça de pêra e uma de ameixa amarela local, que se toma em copo de martelinho, gelada, e tem teor alcoólico de 40%!! Saímos para lá de tchucos, mas dessa vez achamos fácil o hotel. Os guris prometeram mandar uma camiseta do Inter para o Jean e eu tirei uma fotos dele com os guris.

Foi muito legal!!

Saturday, August 06, 2005

26/12/00 – Achern (Alemanha)

(Hotel Schwarzwälder Hof)

Dia de muita estrada, paisagens lindas e neblina, muita neblina!

Acordamos e saímos para dar uma olhada em Lindau. Caminhamos pelas ruas desertas, exceto pelas vacas coloridas (hoje ainda é feriado). Como o hotel não tinha café, tomamos um capuccino em um boteco no porto aonde havia uns cinco ou seis velhos tomando uns baldes de cerveja e fumando sem parar (às 8h30 AM!!). Voltamos para o hotel e saímos para contornar o lago. Estava tudo coberto por uma neblina muito espessa, e logo na saída nos perdemos e perdemos o contato por rádio com o Caio e a Aline. Como não tínhamos programado nenhum ponto de encontro, não nos encontramos mais (acho que só em Paris...).

Seguimos em direção à Floresta Negra (Schwarzwald) e percorremos a bela estrada que cruza a floresta, passando por vilarejos tipicamente bávaros. Paramos para algumas fotos em um pequeno vilarejo rural e após seguimos até Triberg, aonde paramos novamente, para visita, banheiro e lanche. Triberg é uma cidade montanhosa onde tem uma famosa queda d’água (que não visitamos pois ficava 30min de caminhada...). É o centro da indústria de relógios de parede de madeira, com muitas lojas de relógios-cuco. Fizemos um imbiss (lanche): Bockwurst, pão e uma mostarda supersaborosa.

Voltamos para a estrada e seguimos subindo montanhas e áreas com neve até o ponto de uma vista superalta onde estávamos acima da neblina (acima das nuvens). Segundo o Magno, foi uma grande visão (“Que momento!”) pois estávamos ouvindo Beatles (Hey Jude) na hora que fomos agraciados com aquela vista. Retornamos um pouco na estrada para um ponto onde havia muitos carros parados e descobrimos ser o Mummelsee, um lago congelado no ponto mais alto da Floresta Negra (1163m).

Fizemos a pé a volta no lago e seguimos em direção à Baden-Baden, a cidade de águas termais e spas onde queríamos passar a noite. Um pouco antes de chegar à Baden-Baden, já escuro, entramos – literalmente – em uma hiper-densa neblina que impedia a visão até das placas de trânsito. Demos diversas voltas para conseguir nos achar na cidade e não conseguíamos hotel. Vários estavam fechados, alguns lotados e os outros supercaros, além de cobrarem uma taxa individual para passar a noite na cidade (5 DM) e o estacionamento. Acabamos desistindo de dormir em Baden-Baden (Powel-Powel) e fomos procurar hotéis em lugares próximos. Com a terrível neblina e o clima deserto do feriado, não foi muito fácil nos acharmos.

Primeiro tentamos a pequena Bühl (por causa do sobrenome do meu avô!), um hotel ótimo mas muito caro, outro lotado, ais algumas voltas e outra cidade ainda menor, Ottersweiser, que não tinha absolutamente nada, apenas uma loja de produtos agrícolas fechada! Finalmente entramos em Achern (que segundo os guris é gemelatta com Iserna, na Itália, outro fim de mundo...). Lá encontramos nosso hotel com preço razoável e ótima instalação (70 DM) por pessoa com café.

Chovendo, largamos as coisas no quarto e saímos de carro para jantar. Paramos em um restaurante ítalo-germânico muito gostoso onde tomamos diversas cervejas e comemos salada, carne de porco com molho de nata acompanhada de massa na manteiga (uma delícia!). Ficamos “filosofando” na mesa das 20h30 até às 23h15, e na saída perdemos totalmente a direção do hotel e, após muitas voltas e muitas gargalhadas, o Magno achou o caminho de volta.

Eu ainda fui tomar banho e secar o cabelo. Os guris caíram desmaiados...

Até.

Wednesday, August 03, 2005

Vista da Marienbrücke

Após a percorrer uma trilha, chegamos à Marienbrücke, de onde se tem a melhor vista do Neuschwanstein.

Tuesday, August 02, 2005

Rumo ao Neuschwanstein


Iniciando a trilha em direção ao castelo. Ao fundo, em primeiro plano, a Jaeger Haus (segundo nossa conclusão, "a casa do Mick Jagger"). Bem no fundo, o Hohenschwangau, o castelo onde realmente morou o rei Ludwig II.

Por ser feriado, o shuttle que leva ao Neuschwanstein não estava operando. Longa caminhada morro acima.