Tuesday, October 25, 2005

04/01/01 – Paris! Paris!

É maravilhoso estar em Paris... (ataque de amor explícito à capital francesa...).

O Marcelo acordou mais cedo, raspou o cavanhaque (e ficou mais lindinho ainda, apesar dele estar com dúvidas...) e desceu para tomar café enquanto eu e o Magno ficamos dormindo. Levantei depois das 10hs e, portanto, perdi o café da manhã. Ajeitei-me e saí com o Cello. Passamos no La Poste (correio) para câmbio e tivemos a desagradável surpresa de saber que o câmbio do dólar piorou (US$ 1 = FF 6,5).

Fomos até o nosso querido La Brioche Doreé, onde desisti de tomar café (já eram 11:30h) e optei por almoçar. Comi um sanduíche de presunto, ovo, pepino, alface, tomate num baguette e uma tortinha de maçã. O Cello foi de torta de framboesa com um capuccino. Após a deliciosa refeição, seguimos até o Museu D’Orsay. O Marcelo na última hora acabou aceitando me acompanhar (ele havia dito há dois dias que a sua cota de museus estava esgotada e que ele não me acompanharia ao D’Orsay). Fizemos o caminho até lá pela Blv. St. Germain e entramos no museu ao meio dia e acabamos ficando até às quatro da tarde! Foi muito bom! Comprei o guia de visitação do museu e fomos acompanhando detalhe por detalhe. Só a estação de trem onde o museu foi construído já é uma obra de arte, com o grande relógio da estação, o teto de vidro, etc.

Natal 411 - Museu D'Orsay
Museu D'Orsay

No Museu D’Orsay estão as obras de arte do período entre 1848 e 1914. As anteriores estão no Louvre e as posteriores no Pompidou. Seguimos todo o roteiro, com calma e detalhes. Foi bárbaro, pena que no final já estávamos exaustos e com fome, tendo que abrir mão de ver algumas obras. Considerei – sem dúvida – bem mais interessante que o Louvre, pois eu prefiro bem mais arte que as antiguidades de valor mais arqueológico... No setor de esculturas, obras de Guillaume, Carpeaux, Mercié, Cordier, etc. Depois as pinturas iniciando por obras de Jean Auguste Ingres, que influenciou a maioria dos impressionistas (a belíssima ‘Primavera’!), Eugéne Delacroix, Honoré Daumier, Jean François Millet (com sua também belíssima primavera – com arco-íris), Jean Baptiste Camille Corot (paisagens, folhas e árvores “nebulosas”), Daubiany (a neve), Rosa Bonheur (o gado – realismo), Gustave Coubert, Chavannes (O Pobre Pescador), Gustave Moreau (Orfeu).

Depois vem o grande êxtase do impressionismo: muitas obras de Edgar Degas, incluindo todas as bailarinas (até a escultura da bailarina de 14 anos com saia de tecido), Fantin-Latour (retrato de vários pintores da época), Claude Monet (incluindo ‘O Banho’), Whistler (retrato de sua mãe – clássico: sentada de perfil, roupa preta e véu branco), Renoir exuberante com paisagens de Montmartre, a dança na cidade e no campo, e os retratos. Paul Cézanne, Edward Manet, Monet e a belíssima ‘Ninféias Azuis’ e, finalmente, Vincent Van Gogh – auto-retrato, retrato do Dr Paul Gachet, a Igreja de Auvers-sur-Oise (as duas últimas pintadas quando ele esteve internado no Hospício de Saint Remy após ter mutilado sua própria orelha em um ataque de loucura por sentir-se culpado de ter agredido fisicamente o colega Paul Gaugin). Ainda obras de Toulose-Latrec, Pissarro, Gaugin, e obras de Rodin e Camille.

Foi muito legal, pretendo ler com calma tudo que está no livro do museu e me preparar melhor para uma próxima visita! Saímos meio tontos de tanta informação e fomos a pé até as Tulherias, de onde pegamos um metrô para a Champs-Elysées. Paramos para comer (novamente) no La Brioche Doreé na própria avenida e depois caminhamos pela Fauburg Saint-Honoré (chiquérrima) até a Place de la Concorde, onde pegamos o metrô para voltar ao hotel. Como queríamos ver os canivetes em uma loja da Rue des Écoles e não tínhamos um mapa conosco, decidimos tentar descer uma parada antes do metrô Jusseau (estação Sully), mas descobrimos que estávamos bem mais longe (na rive Droit) e acabamos atravessando a Ile de Saint Louis a pé e visitando lugares diferentes.

Natal 417 - Tulleries

Natal 416 - Tulleries

Chegamos em tempo na loja dos canivetes e acabamos comprando um para o Cello e um para o seu Gilberto. Voltamos para o hotel e o Magno chegou em seguida. Ficamos batendo papo e filosofando, até que ele desceu e foi buscar um vinho na loja ao lado do hotel (marca diabo, com rolha de plástico, mas sempre gostoso). Ficamos de papo até às 21h30 e depois descemos para jantar na cantina ‘Il Pescatore’, em frente ao Hotel Saint Jacques (onde eu já havia estado em 1994). Tomamos Carlsberg (cerveja), comemos massas e sobremesas (eu= tarte aux citron, guris= banana split). Voltamos caminhando na chuva para o hotel.

“Ai, ai, aiai, tá chegando a hora...”

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