Wednesday, June 13, 2007

14/02/02 – Viena, Áustria

(15º dia - Hotel Ibis - Mariahilf)

Jacque:

Frio, frio, muito frio! Não tínhamos sentido muito frio em nenhum dia da viagem (quando comparamos ao “Natal na Neve”), mas hoje o frio nos pegou de surpresa…

Acordamos em Salzburg, nos arrumamos e descemos para o café, que foi gostoso, exceto pelo café – que estava morno – e o suco, muito doce (na minha opinião, claro, porque o Marcelo achou “o melhor suco da viagem”). Fizemos o checkout e voltamos ao centro para visitarmos o jardim do Mirabel Schloss, que está com bem menos flores que o usual por ser inverno (no verão as roseiras ficam muito lindas).

Alpes 244 - Jardins do Mirabel Schloss

Depois da visita, com o trânsito caótico e as ruas muito estreitas do do centro de Salzburg, tentamos ir até a Abadia de Monnberg, onde viveu Maria Von Trapp e foram gravadas cenas de “A Noviça Rebelde”. Impossível, por causa do trânsito infernal (engarrafamento). Demos meia volta e seguimos nosso roteiro que passaria por Hallstadt (a que não conseguimos visitar ontem) e depois seguir direto até Viena.

A temperatura em Salzburg era 4ºC, nublado e com um ventinho gelado… Conforme pegamos a estrada, surgiu um pouco de neblina, nuvens pesadas e temperatura variando de 2 a 4ºC. Saímos pela 145, no tradicional trajeto estrada pequena – cidadezinhas – lagos – subidas sinuosas – neve, sempre bonito mesmo com o dia nublado.

Chegamos à pequena Hallstat, cidade que fica à beira do lago (o belíssimo Hallstättersee) de água muito transparente. A cidade fica “encrustada” na montanha e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997. É um pequeno vilarejo que existe desde a Roma Antiga e, provavelmente, desde a era dos celtas. Conhecida por suas minas de sal (o ouro branco dos romanos). Deviso ao solo muito rico em sal, a conservação de ossadas humanas e de ruínas é muito boa (foi como provaram que já era habitada desde 800 ac.

Alpes 247 - Hallstadt

Estacionamos e saímos do carro. Muito frio e umidade (cerca de 2ºC, com neve nas ruas). Caminhamos pela bela beira do lago com a cidade quase deserta, exceto por alguns poucos turistas ocasionais. Nesta época do ano quase todas as hospedarias e restaurantes estão fechados (fora de temporada).

Alpes 250 - Hallstadt

Fomos até o “micro-centro” da cidade (uma pequena praça com 2 restaurantes e cerca de quatro lojas) e entramos em um café para nos aquecermos. Tomamos 2 capuccinos e 2 fatias de “Kirschrahmnstrudel” wärme, traduzindo: strudel de cereja quente: de-li-ci-o-so! Pedimos o de maçã mas não tinha, e a de cereja estava um show! Saímos “quentinhos” e satisfeitos, e voltamos até o parking para seguir o nosso longo caminho até Viena. Optamos por seguir por auto-estrada para ganharmos tempo. Pegamos algumas estrada menores até chegarmos à A2, que nos trouxe até aqui.

No caminho, chuva, frio e temperatura oscilando, até que em uma subida a chuva virou um “neve fininha” que aos poucos foi pintando de branco as árvores, casas, ruas (muito lindo, parece ter sido “polvilhado” com açúcar de confeiteiro…). A temperatura chegou a –2ºC, o mínimo até agora na viagem.

Chegamos na imensa cidade de Viena com poucos indicações de nossos mapas. Já havia parado a chuva e a neve, mas a temperatura mantinha-se entre 3-4ºC. Como os hotéis centrais seria caros e de difícil acesso, optamos por procurar o Ibis, que tem um preço moderado, estacionamento e que já tínhamos o endereço. A cidade é muito bem sinalizada, portanto não foi muito difícil encontrar a Maria Hilf Gürtel, uma grande avenida periférica que circunda a cidade. Encontramos o imenso Ibis (tem 341 quartos!) com diária de € 97,00 com café da manhã (+ € 8,00 de parking). Decidimos ficar dois dias. Quarto confortável, aquecimento central.

O Marcelo ficou lendo o guia da Áustria enquanto eu tomei banho e me preparei para sairmos. Descemos até a recepção, pegamos um mapa mais completo da cidade e a recepcionista disse que poderíamos chegar ao centro com o metrô linha U3. Saímos meio perdidos (acabemos tendo que voltar até o quarto pois eu esqueci meus óculos) e fomos pela imensa Mariahilf gürtel até a estação de metrô. Chegamos até a comprar um cartão de 4 viagens (pensamos que eram quatro tickets “separados”, como em Paris, mas é um cartão para 4 viagens, único – para uma pessoa) e não tínhamos conseguido “nos achar” no mapa do metrô, acabamos desistindo e seguindo a pé até a Mariahilfstrasse, uma extensa rua de comércio com milhares de lojas e fast foods e muitos letreiros luminosos, que segue até o “ring” do centro histórico de Viena. Frio, muito frio!

Vento gelado no rosto, orelhas congelando, mãos frias (mesmo de luva) e perda progressiva da sensibilidade das coxas (pois eu não coloquei meia-calça por baixo das minhas calças!!…). Seguimos este longo trecho a pé, até chegarmos o tal “ring” do centro. Paramos novamente para conferir o mapa e seguimos com muito frio mas extasiados com os belíssimos prédios, fontes, esculturas, museus, tudo extremamente bem iluminado e destacado, impecável. Passamos pelo museu de história natural e o Kunsthistoriche (prédios fabulosos) pelo Burggarten (onde estão as estátuas de Mozart e Goethe – já estava fechado. Seguimos pela Kärntmerstrasse (para pedestres) até a Stephenplatz onde está a belíssima catedral gótica (com telhado de mosaicos coloridos) a Stephensdom. Entramos na hora que estava sendo celebrada a missa pelo Bispo (+3-4 padres e 3-4 diáconos)!, lindíssimo. Altar coberto por cortina roxa pela quaresma. Seguimos pela rua onde está a bonita coluna da peste, pela Saint Peter’s Kirche (e pelo café Lehmann).

Já quase congelados, entramos no Bistrô El Tempo para o nosso Valentine’s Day Dinner. Pedimos 2 minestrones de entrada (porção pequena), 2 cervejinhas de 500ml (tradição dos últimos dias) e após o Cello comeu spaghetti bolognesa e eu penne arabiata, com molho vermelho e MUITA pimenta. No início “queimou” minha língua e, depois, já acostumada, foi ótimo, pois o frio desapareceu! Saiu € 27,00 e deixamos € 3,00 de gorjeta.

Saímos então para o longo e frio caminho de volta. Voltamos cruzando pelo “meio” dos prédios mais bonitos e famosos de Viena que, se não fosse pelo frio, valia a pena sentar-se em um banco de praça e ficar admirando os prédios iluminados! Voltamos até a Mariahilfstrasse, passamos no McDonald’s e pegamos 2 copos de caffe latte grandes para viagem (cerca de 300ml cada) e saímos tomando nosso caminho de volta… o frio dissipou-se gradativamente…

Agora é hora de descansar pois amanhã temos aproveitar o máximo desta cidade lindíssima…

Até.