É... tudo o que é bom um dia acaba. O que ficam são memórias, histórias, piadinhas que só nós entendemos (“verboten”, “isso aqui tá tri baden-baden”, “essa placa não me diz nada”, “estou supertenso agora, nem falem comigo”, “cuidado com o chute de pierres”, “se fores por aqui mofas”, “ai do mori se ele se metz comigo”, entre outros...). Lugares maravilhosos, pessoas que conhecemos pelo caminho, momentos únicos que sempre iremos lembrar com carinho...
Bom, o dia começou meio baixo astral para mim (a idéia de voltar à rotina em 48hs não me é totalmente agradável), mas tomei uma “sacudida” dos guris e me animei. Café da manhã, malas minuciosamente arrumadas. O Magno ficou “se embelezando” no hotel e o Cello e eu saímos para procurar câmbio e aproveitamos para visitar a catedral de Notre Dame com seus belíssimos vitrais e atmosfera serena. Conseguimos o câmbio a US$ 1 = FF 6,70.
Voltamos ao hotel, fizemos o check out, deixamos as malas lá e saímos para a rua novamente. Tínhamos a intenção de patinar no gelo, mas desistimos porque o tempo ameaçava chuva. Caminhamos um pouco e pegamos o metrô para o Trocadero para podermos tirar a tradicional foto da torre, pois só havíamos tirado à noite e na chuva, na noite de ano novo. Feitas as fotos, seguimos caminhando calmamente pela Av Kleber até o Arch du Triomphe e dela até a Champs Elyseés.
Paramos para almoçar (14h30) no Planet Hollywood que fica na própria Champs Elyseés, enorme e muito bonito. Os guris comeram “burguers” com fritas e eu turkey club com fritas (muitas fritas, milhões delas). Acabamos “nos atirando” na lojinha do Planet: eu comprei uma camiseta, o Cello um boné que fez ele ficar a cara do Bruce Willys (o que ele quase não adorou...), e um dinossaurinho lindo para a Ane. O Magno também comprou camiseta para ele e para a Alinizinha. Descemos a Champs Elyseés “nos arrastando” - de tanto que havíamos comido – até a place de la Concorde, onde eu e o Cello paramos para andar na imensa roda gigante. Muito legal, com vagão para seis pessoas (sentamos no meio de dois casais de senhores franceses que mostravam cada monumento e prédio). A roda faz duas voltas completas, uma inteira sem parar e uma parando para trocar os passageiros. O Magno tem vertigens de altura e não quis ir conosco...
Nos reencontramos e fomos caminhando de volta para o hotel pela Rue Rivoli (que passa na lateral direita do Louvre e segue pelas ruas de comércio de Les Halles). Anoitecer para ficar na memória, céu claro com cores variadas, luzes se acendendo. Quando voltamos para o “nosso bairro”, o Quartier Latin, paramos para a nossa orgia gastronômica de despedida: entramos na Häagen Daz e tomamos enormes taças de sorvete. Eu e o Cello tomamos o sundea tiramisu que é algo inexplicável (sorvete de macadâmia e café, amêndoas carameladas, nata, e vem com uma taça de café expresso para ser “desejada” por cima, uma loucura). O Marcelo chegou a se sentir mal de tanto que comemos.
Voltamos ao hotel onde encontramos o Caio e a Aline, pegamos as malas e fomos de táxi para o aeroporto. O motorista tailandês foi conversando em inglês conosco e achando que no Brasil se fala espanhol e que somos colônia européia, um absurdo! Chegamos no aeroporto, passamos no setor de devolução de taxas para encaminhar os papéis e fizemos o check out. Pelas intermináveis esteiras rolantes, fomos até o setor de embarque aonde passamos pelas lojinhas do free shop. Olhamos, olhamos, mas só compramos o suficiente para liquidar com nossos francos.
O avião partiu pontualmente às 22h30, hora de Paris, e logo acertamos os relógios para o de Porto Alegre (19h30). Ficamos o Magno, eu e o Cello juntos, avião grande e não lotado, mas não conseguimos pegar acentos vagos para ter mais espaço, pois o pessoal “se atirou” na frente. Noite cansativa, janta, filme (O Patriota, com Mel Gibson – bom, mas dormi no final). Dormimos pouco, e ainda teve turbulência durante a noite (nada muito forte, mas assusta!).
Chegamos em São Paulo às 6h30 e estamos saindo para Porto Alegre agora às 8h. Faremos alfândega lá. Já falei com a mãe, eles irão nos buscar no aeroporto. À tarde, a Kaká e o Paulo vêm da praia para nos ver. Estou loca de saudades de todos! Foi maravilhoso, um mês longe de tudo e todos, muitas aventuras, cultura, descobertas. Muita comida e bebida maravilhosas, diversão total!
Espero que não demore muito para a próxima viagem!!
FIM
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