Thursday, January 13, 2005

18/05 - Rothemburg Ob der Tauber

Café da manhã festivo para o Tio Caio, que está completando 28 anos, no belo Hotel Meistertrunk. Após, a rotina: malas na van, van num lugar seguro, visitar a cidade.

Começamos pelo Burggarten, os jardins do castelo. São canteiros geométricos de tulipas rosas, vermelhas, bromélias, e uma infinidade de flores que eu não tenho a menor idéia do nome. Por estar localizado numa das pontas do muro que cerca toda a cidade, proporciona uma vista do vale e da própria cidade de inigualável beleza. Este é o lugar onde ficava o antigo castelo, construído em 1142 e destruído pelo terremoto de 1356.

Andamos muito pelas ruas da cidade, inclusive com período livre para compras. Vale chamar a atenção para a loja de artigos de Natal (entre as mais belas do mundo, segundo nossas belas acessoras de assuntos natalinos) e outra de bonecos de pelúcia que fica próxima à Marktplatz e tem cogumelos de pelúcia na entrada. Logo após, almoços sentados em mesas na rua e, lentamente nos dirigimos para a van para darmos seguimento ao dia.

Como em boa parte das cidades que passamos, a prefeitura (Rathaus) fica na Marktplatz, e é nesta praça que ocorre, todos os dias em diversos horários, uma apresentação que encena a Meistertrunk, o evento no qual - para salvar a cidade - o prefeito bebeu 3,25 litros de vinho num único gole. Com os corações - uma vez mais - dilacerados e em prantos, deixamos Rothemburg O d T para trás. Pela B25, a Romatische Strasse, seguimos até a cidade de Dinkelsbühl .

Também cercada por muros, esta cidade lembra muito Rothemburg, mas como menos esplendor e menos turistas. Esteve envolvida com a Guerra dos Trinta Anos, como a cidade vizinha, e conta a lenda que quem a salvou da destruição foi uma jovem que levou uma das crianças da cidade até o comandante inimigo e pediu misericórdia em nome desta criança e de todas as outras da cidade. Isso fez o comandante desistir de destruir a cidade. Visitamos a igreja de St George e fomos adiante.

A parada seguinte foi em Nördlingen, a 32km de Dinkelsbühl, novamente uma cidade circundada por muros, só que perfeitamente circular. Idas ao banheiro, câmbio no banco local e lanche na praça próxima a igreja. Esta igreja tem uma torre de 300 pés de altura, e era nela em que ficava um vigia que a cada hora dizia "So G'sell so" (algo como dizer a hora seguido de "...e tudo bem"). O Caio e as gurias quiseram subir nesta torre para ter uma "experiência vertical completa", mas disseram que não foram porque a mesma estava em reformas. Caminhamos um pouco pelo muro e fomos embora.

Nosso plano era ir até Donauwörth, visitá-la e ir dormir em Augsburg. Chegamos nessa cidade, que fica onde o rio Wörnitz encontra o Danúbio, e fomos procurar a cidade velha. Frustração: não encontramos a ponte de madeira que nos levaria e ela, e, após passar três vezes pela mesma rua, decidimos ir para a próxima cidade, Augsburg, 41km ao sul.

Chegamos na cidade e fomos direto procurar um hotel onde dormiríamos. Na primeira tentativa, voll (belegt, complete). Neste hotel que estava lotado, o Caio e o Paulo pegaram uma relação de hotéis e mapa da cidade. Fomos atrás, então, de um Romantic hotel, uma rede de hotéis cadastrados ao longo da rota romântica. Dupla decepção: sem quartos vagos e a notícia de que havia uma feira na cidade e que todos os hotéis provavelmente estariam lotados.

Cabisbaixos, decidimos seguir adiante, até a próxima cidade da rota, já nos encaminhando para os alpes: Landsberg am Lech, a 35km sul de Augsburg e 58km de München. Esta cidade é conhecida por ser a cidade onde Hitler esteve preso e onde escreveu o livro Mein Kampf. Lá, encontramos dois hotéis, que ofereciam diárias de cerca de DM$150,00. Achamos caro. Jantamos numa restaurante italiano e seguimos atrás de um hotel de estrada na direção de München. Passamos por um Ramada Inn com diária de DM$219,00 e seguimos.

O tentativa de economizar saiu cara: entramos em München (Munique) por volta das 23h e rodamos procurando hotel por cerca de uma hora ("Nein zimmer frei") até encontrarmos um localizado numa zona próxima a algumas "casas de perdição". Por DM$139,00 ficamos num "buraco" de primeira linha, e a vontade era de dormir logo para acordar logo e ir embora logo. O Caio e eu deixamos o carro num estacionamento pago que era mais uma caverna do que qualquer outra coisa, e fomos dormir. No final das contas, invadimos München na calada da noite para, no dia seguinte, "darmos o bote" cedo da manhã.

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