Dia muito louco o de hoje, genial!
Acordamos com a estonteante paisagem da sacada com bouganvilles do Hotel Pasitea. Pena o dia estar nublado, o que não permite ver a beleza da cor da água. Tomamos um supercafé da manhã (cereal, suco, pães, frios, doces, nutella, entre outros) e, para a nossa agradabilíssima surpresa, na hora do check out ganhamos um desconto-extra de 25%, e o hotel que sairia L$ 200.000 saiu por L$ 150.000 (cerca de US$ 70,00). Saímos “felizes da vida” pela costiera amalfitana, mesmo caminho da noite passada. Cada curva (extremamente perigosa) que se faz, dá vontade de parar o carro para fotografar o mar, as cidadezinhas nas pedras, etc. Ainda no caminho, passa-se por mini-cidades que são colocadas em grutas nas pedras, com bonecos, bichinhos de cerâmica, presépios, laguinhos, etc. Um trabalho muito bonito, e o mais incrível é que são iluminadas por pequenas luzes à noite, como uma cidade de verdade.
Paramos em Amalfi para visitar o simpático balneário. Caminhamos pela orla, onde há uma pequena marina de onde se pode observar a beleza da água verde-azulada e supertransparente. O Marcelo, no afã de chegar perto da água, desceu uma escadinha de pedra (completamente coberta de limo) e tomou um (novo) tremendo tombão, caindo de bunda nas pedras e quase mergulhando de roupa, óculos e mochila no verde mar Tirreno. Quase morri de susto, depois foi uma risada só. Caminhamos também pelas ruelas da cidade, repletas de lojinhas que vendem lemoncello, uma espécie de licor de limão siciliano que é típica da região. Aliás, as plantações de cítricos (limão siciliano, laranja e cidras imensas) estão por toda a costa. É superbonito, também, entrar nos pequenos mercadinhos que vendem pimenta vermelha (“peperoncino – il viagra naturalle”), tomates secos, fungui, melanzanas, macarrões de todos os tipos e as pasticerias que vendem torrones, figos com chocolate, frutas cristalizadas e panettones. Tentação!
Visitamos a chiesa di San Andrea com bela escadaria, compramos uns postais e seguimos viagem. Passamos por Vietri Sulmare, conhecida por suas fábricas de porcelana, e chegamos em Salerno, cidade grande, portuária, e aparentemente sem maiores atrativos. Desviamos, então, nossa rota em direção à auto-estrada para irmos em direção ao Parque Nacional d’Abruzzo. Pela auto-estrada, seguimos até Cápua (perto de Nápoles) e após desviamos para rotas cênicas, menores e muito mais bonitas. Um pouco adiante, parei para uma foto na beira da estrada junto a algumas oliveiras.
Paramos em uma pequena cidade de beira de estrada (cujo nome não sabemos) numa cafeteria superbonitinha (Gran Café Cocco), onde tomei um “caffe latte” e o Cello um capuccino. Seguimos em direção à Venafro, Iserna e Alfadena, cidades nos Apeninos, cercadas por montanhas. Em Alfadena, entramos em uma estrada ainda menor, que cruza o parque Nacional d’Abruzzo. A estrada pe completamente deserta, cheia de curvas, subindo montanhas e com muitas árvores com folhas vermelhas, cinza e mesmo sem folhas, dando ao local uma atmosfera de sonho. A temperatura, que estava 18°C em Amalfi, a esta altura já estava em 6°C. Paramos na pequenina cidade de Barea, que tem um enorme lago cercado de montanhas com alguns picos nevados, e de lá telefonei para a mãe e o pai para contar onde estávamos. Liguei, falei, e voltamos correndo para o carro pois estava muito frio. Nossa próxima parada, ainda dentro da área do parque, foi a cidade de Pescaceroli, onde deixamos o carro em frente a uma pista de patinação no gelo e tomamos uma água gasata com um panini caldo de proschiutto crudo, claro que apenas para poder usar o banheiro local...
Já entardecendo (16h45), atingimos o ponto alto (literalmente) do dia. Subimos a 1400m de altitude, com temperatura de 2°C para atravessar os apeninos pelo Passo del Diavolo. Lá de cima, uma vista estonteante de todo o vale, as luzes das pequenas cidades já acesas. Pena que a essa hora já não havia luminosidade suficiente para fotos. Descemos por estradinhas (sempre) sinuosas até a planície, pois nosso objetivo era terminar o dia na cidade de L’Áquila, a capital da região de Abruzzo. Chegamos lá já completamente noite (antes das 19h). Trânsito intenso, ruas antigas, estreitas, e poucos lugares párea estacionar. No centro histórico, onde estão os pontos mais interessantes e o hotel que o nosso guia indicava, o movimento era intenso nas ruas (compras de Natal?) e tudo estava enfeitado com luzinhas. Tentamos estacionar em diversos locais, sempre sem sucesso. Chegamos a colocar o carro em um parccheggio meio suspeito e fomos até o hotel que tinha vaga, porém o local do estacionamento era longe, caro, e meio inseguro, e o Marcelo achou melhor seguir adiante. Acabamos por desistir de l’Áquila, pois não conseguimos parar o carro (lamentável, a cidade parecia ser superbonitinha).
Voltamos para a estrada (com dificuldades, pois as indicações era esparsas) e seguimos em direção à Rieti, que fica um pouco mais próxima de Assis, nosso destino de amanhã. A estrada até aqui era absolutamente escura e cruzava apenas por algumas pequenas cidades periféricas (as chamamos de Pantano Grande – RS) . Quando chegamos em Rieti, já passavam das 21h, e também circulamos diversas vezes perto do centro histórico (área de pedestres) e não conseguíamos encontrar nenhum hotel. Esta cidade, ao contrário de l’Áquila, está quase vazia. Paramos no McDonald’s para jantar e depois saímos atrás de indicações de hotel. Quando o Marcelo estava quase desistindo, perguntou a um cidadão local onde ficava o Hotel Cavour, e o mesmo gentilmente pegou o seu carro e nos levou até lá. Graças a ele, estamos acomodados em um hotelzinho simpático a L$ 110.000 e que o gerente não fala um ovo de inglês, mas é torcedor do Roma e ficou falando do Falcão e do Émerson para nós.
Estou morta, muito boa noite.
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