17:30
Parece coisa de cinema. Estou sentada na varanda do Hotel Pasitea (em Positano), olhando a encosta de montanha, que se estende até o mar, onde estão “dependuradas”, no sentido literal da palavra, as casas de Positano. Um sonho!
Acordamos às 7h15 em Roma, café da manhã de despedida no Hotel Margutta (“piu latte”). Fizemos o check out às 8:30h, e o Cello e eu fomos de táxi, pois nossas malas são ruins de carregar, enquanto os outros foram de metrô. Chegamos na estação Termini (o taxista nos cobrou honestos L$20.000) e fomos carregando as malas por longos corredores para o encontrar o trem que nos levaria ao aeroporto Fiumucino, local marcado para a retirada dos carros que havíamos “comprado” (leasing da Renault por 17 dias). O Marcelo foi ao encontro do funcionário e, para nossa surpresa, descobriu que havíamos ganho um upgrade no carro contratado. No lugar do Renault Mégane contratado em Porto Alegre, recebemos dois Renault Laguna 1.9 Turbo Diesel pelo mesmo valor. Grande lance.
Já nos nossos carros, saímos do aeroporto através das indicações do funcionário da Renault e nossa primeira parada foi num posto para abastecer, ainda no ring de Roma. Enquanto abastecíamos, discutimos roteiros dali para frente e decidimos seguir caminhos ligeiramente diferentes. O Magno resolveu seguir nesta primeira parte da viagem com o Caio e a Aline. Eles iriam a Pompéia hoje e à Nápoles amanhã. Nós (eu e o Cello) optamos pela Costa Amalfitana. Na estrada, fomos brincando com os comunicadores “Talk About”, falando bobagens com o Magno. No meio da brincadeira, eles perderam a entrada que ia para Nápoles e para o sul da Itália, onde eu e o Marcelo entramos e eles deveriam ter entrado, e perdemos o contato. Após uns trinta minutos, recebemos uma nova chamada avisando que eles estavam próximos. Nos despedimos em definitivo na entrada de Pompéia, onde paramos para um lanche, e combinamos de nos encontrar em Assis, dentro de dois dias, às 15h, em frente à Basílica de Santa Chiara.
Saindo da estrada principal (a A1), pegamos a transvesuviana, que circunda a costa. A estrada é estreita e vai sempre ladeando o mar e a montanha com suas imensas escarpas. A vista é impressionante, pena haver um pouco de neblina e à tarde o sol estar contra o mar Tirreno, o que prejudica as fotos. Passamos por Castellamare di Stabia e entramos em Sorrento.
Passeando de carro por esta simpática cidade litorânea, fomos – seguindo pelo trânsito normal das ruas – nos metendo em ruas cada vez mais estreitas até que paramos numa “esquina” onde era virtualmente impossível o carro entrar. Estávamos parados sem ter como voltar nem seguir adiante. Após alguns minutos de tensão, um rapaz sorrentino se ofereceu para manobrar o carro e nos tirar dali. Thanks God! Seguimos costeando por estradas cada vez mais sinuosas até chegarmos na charmosa Positano, onde ficamos no primeiro hotel que tinha estacionamento. Excelente, e com uma vista linda. Agora vou tomar um banho e me preparar para sairmos a pé pelas escadarias e rampas que existem por todos os lugares daqui. É demais!
Saímos do hotel para uma caminhada, e é incrível, para se ir a qualquer lugar, deve-se subir ou descer escadas e ladeiras superíngremes (tipo Ouro Preto – MG) pois tudo é cavado na montanha. A cidade está praticamente deserta, por ser fora de temporada. Mesmo assim, os lugares são charmosos e aconchegantes. Como não conseguimos nenhum lugar para jantar, retornamos ao hotel e pegamos “La machina” para irmos até Amalfi. A estradinha é uma loucura total, superestreita e na beira de um penhasco, mas o mais lindo era ver as cidadezinhas iluminadas pela lua quase cheia refletindo no mar (“algumas coisas não têm preço, para todas as outras existe o Mastercard...”). Passamos pela pequena Praiano e seguimos até a charmosa Amalfi, onde estacionamos (aqui todos os parccheggio são pagos) e fomos jantar em um restaurante supersimpático logo abaixo da escadaria da Catedral de San Andrea. O restaurante, de mesmo nome que a catedral, está aberto desde 1934. Comemos um espetacular espaguete a San Andrea (prato típico), com frutos do mar (incluindo moules (mariscos)). Delicioso e com preço excelente (L$ 16.000 cada prato).
Retornamos lentamente pela costa até o nosso simpático hotel.
Buonna notte.
No comments:
Post a Comment