Tuesday, January 31, 2006

03/02/02 – Paris (4º dia)

(Hote Minerve)

Jacque:

Buon jour, Paris!

Acordamos (a muito custo) às 8:30 só porque o despertador tocou… O Neni só gemeu e virou para o lado para dormir enquanto eu comecei a me arrumar e o Marcelo foi fazer a barba.

Descemos para o café e, quando voltamos, os meninos decidiram que iam demorar um pouco mais, para poderem ir ao banheiro… enquanto “disputavam” quem iria primeiro, eu desci para uma caminhada e combinamos o nosso reencontro em 30 min no saguão.

Saí para um tranquila caminhada na manhã nublada de domingo. Subi a primeira quadra da Rue Monge e após peguei a Mouffetard, que é uma rua muito agradável, parte restrita para pedestres, repleta de lojinhas, boulangeries, pasticerries, restaurantes e várias fruteiras. Muitas destas expõem seus produtos na calçada, ficando com um agradável aspecto de feira-livre… Retornei pela Monge, onde também tinha uma feira livre com belíssimas bancas de queijos, frios e frutas, além de um enorme aroma de frango assado, que se espalhava por toda quadra!

Reencontrei os guris e então seguimos a pé por trás da Notre Dame até chegarmos à Ile de Saint Louis, bairro residencial e de lojinhas chiques com mil e uma “inutilidades”, todas muito bonitinhas. Cruzamos para a Rive Droit e caminhamos até a place da Bastille, onde está a coluna de Juillet, um monumento em forma de coluna de 52m de altura, com coloração esverdeada, muitas inscrições nas laterais e, no topo, a estátua dourada do “Gênio da Liberdade”. É neste lugar que ficava a antiga prisão que foi atacada pelos revolucionários em 1789, a “queda da Bastilha”, inicando a revolução francesa. No outro lado da praça encontra-se a moderna e imensa Ópera da Bastilha, inaugurada em 1989.

Alpes 053

Continuamos caminhando pelo bairro de Marais até a Place des Voges, lindíssima, perfeitamente simétrica, cercada por um conjunto de prédios cor de tijolo e bege (parecem aqueles “toquinhos” de madeira para montar). As fontes estavam sem água, mas mesmo assim o ambiente é realmente um charme… Nas galerias que cercam a praça (embaixo dos prédios) encontramos cafés, antiquários, lojas e havia um quarteto tocando jazz em troca de alguns trocados… os caras tocam tri-bem… Não preciso dizer que o Marcelo já ficou todo “faceirinho”, dizendo que iria trazer o Magno, o Márcio e o Dani para viajarem, tocarem, e “faturarem” alguns trocos… Saímos para procurar a estação do metrô e, enquanto olhávamos o mapa, um senhor idoso muito simpáticos se ofereceu para nos ajudar e mostrou onde ficava o metrô.

Alpes 054


Pegamos o metrô e os guris ficaram na estação do Louvre e eu segui até a Place de la Concorde (duas estações depois), de onde segui calmamente a pé pela Ponte de la Concorde, Avenue Marechal Galieni (até a frente do Les Invalides) e após – finalmente – cheguei ao meu destino: Musée Rodin!

Alpes 060

Entrei nos portões do Hôtel Biron, imponente maison onde morava e “esculpia” o grande escultor francês Auguste Rodin, e – para minha agradável surpresa – não só no Louvre, mas, em todos os museus de Paris, o primeiro domingo do mês é gratuito! Iniciei meu passeio pelos jardins da maison, muito amplos e tranquilos, onde está o bronze (reprodução) d’O Pensador, os bronzes (um dos originais) do ‘Portões do Inferno’ – estupendo! – e dos ‘Burgueses de Callais’, além de outras obras de seus discípulos que foram “assinadas” por Rodin por reconhecimento da qualidade da obra.

Após, entrei no museu propriamente dito, por onde segui lentamente apreciando as obras de Rodin, com destaque para o Beijo, o homem caminhando, São João Batsita, Eva, as três sombras (do topo do ‘Porões do Inferno’) e a belíssima sala dedicada à sua aluna-colega-amante, a genia; Camille Claudel, com ‘A Maturidade’, ‘A Suplicante’, “A Valsa’, ‘A Onda’, etc. Muito lindo!

Como ainda faltava cerca de uma hora para a hora de reencontrar os guris, saí calmamente caminhando pelas ruas de Paris, admirando cada vista desta cidade que cada vez me encanta mais… A visão da belíssima dôme do Les Invalides, a tour Eiffel por entre os galhos secos das árvores, a estonteante Pont Alexandre III, o Sena (ah, o Sena…). Desci pela Pont Alexandre III até a margem do Sena e fui caminhando junto com jovens, crianças e famílias inteiras que circulava de roller, patins e patinetes (aliás, muitas pessoas utilizam os rollers como meio de transporte e circulam em altíssima velocidade, e um deles tinha até buzina!).

Alpes 058

Subi de volta na Pont Solferino, que sai mais ou menos no meio das Tulleries. Segui até o nosso ponto de encontro e os guris já estavam lá me esperando sentados nas cadeiras aoi redor de um dos laguinhos do parque das Tulleries. Atravessamos a Rue Rivoli e fomos até a chiquérrima Place Vendôme (aquela das jooalherias – Cartier, Rolex, Cleef and Arpeels, Tiffanys Co e do famoso Hotel Ritz). Caminhamos pela Rue de la Paix até a frente da Ópera Garnier, um prédio soberbo de 1862, projetado por Charles Garnier para Napoleão III.

Eu e o Cello paramos para almoçar no Brioche Dorée – sanduíches de baguette deliciosos, o meu de frango “Le Poullet” e o dele “Le American”: queijo, presunto, ovos, picles. Completamos a “lauta” refeição com uma tarte au fraise (morango) e uma tarte au chocolat et banane: DEZ! O Neni optou por comer um cachorro quente no caminho. Seguimos até a La Madeleine e retornamos à Place de la Concorde, seguindo no contra-fluxo de milhares de pessoas que circulavam pela Champs-Elysées (um típico domingo em Paris). Não conseguimos encontrar aberta a casa de câmbio que estávamos procurando, mas conseguimos outra com câmbio quase tão bom(1 Eur=0,88 USD ou 1 USD=1,13 Eur).

Alpes 067

Pegamos o metrô e, exaustos, retornamos ao hotel para descansar e tomar banho antes de sairmos para a janta de despedida – pizza – no La Comedia, e depois ao internet point que descobrimos ontem.

Au revoir, Paris… até a próxima!

22:30 – Tivemos um lauto jantar com pizzas que mal cabiam na mesa de tão grandes… Comemos até “estourar” e, mesmo assim, o Neni e eu não conseguimos comar toda nossa pizza. Além disso, o Cello e eu tomamos um caneco de 500ml de chopp cada um. Saímos “gemendo” do La Comédia com um vento muito gelado soprando nas ruas de Paris… fomos até as ruazinhas dos restaurantes gregos onde ontem havíamos descoberto um internet point mais barato (da rede Easy everything – vulgo “tudo fácil”).Por 1† cada, pegamos três computadores para acesso por 37min. Vi meus emails e mandei um para o Chefe, para a Dani e para a Kaká. Na verdade, foram pequenos bilhetinhos, pois o teclado é absurdamente diferente do nosso e é impossível acentuar as palavras, o que torna tudo mais lento!

Alpes 068

Bom, estamos novamente nos despedindo da Cidade-Luz. Amanhã é pegar o carro e pé na estrada (quase) sem destino!

Boa noite!

2 comments:

Anonymous said...

muito bom relato de viagem.

paris eh pura inspirancao, cada local te desperta ao entendimento aprofundado de tudo o q vê, bem como nos inspira poeticamente.

parabens!

...

Anonymous said...

Adorei o relato - me senti andando com vocês em Paris!!! Pretendo ir para lá com 3 filhos em janeiro e foi muito bom ler suas anotações - Obrigada! Adriana