Saturday, October 29, 2005

06 e 07/01/2001 – Paris / Vôo 721

É... tudo o que é bom um dia acaba. O que ficam são memórias, histórias, piadinhas que só nós entendemos (“verboten”, “isso aqui tá tri baden-baden”, “essa placa não me diz nada”, “estou supertenso agora, nem falem comigo”, “cuidado com o chute de pierres”, “se fores por aqui mofas”, “ai do mori se ele se metz comigo”, entre outros...). Lugares maravilhosos, pessoas que conhecemos pelo caminho, momentos únicos que sempre iremos lembrar com carinho...

Bom, o dia começou meio baixo astral para mim (a idéia de voltar à rotina em 48hs não me é totalmente agradável), mas tomei uma “sacudida” dos guris e me animei. Café da manhã, malas minuciosamente arrumadas. O Magno ficou “se embelezando” no hotel e o Cello e eu saímos para procurar câmbio e aproveitamos para visitar a catedral de Notre Dame com seus belíssimos vitrais e atmosfera serena. Conseguimos o câmbio a US$ 1 = FF 6,70.

Natal 426 - Ile de Saint Louis

Voltamos ao hotel, fizemos o check out, deixamos as malas lá e saímos para a rua novamente. Tínhamos a intenção de patinar no gelo, mas desistimos porque o tempo ameaçava chuva. Caminhamos um pouco e pegamos o metrô para o Trocadero para podermos tirar a tradicional foto da torre, pois só havíamos tirado à noite e na chuva, na noite de ano novo. Feitas as fotos, seguimos caminhando calmamente pela Av Kleber até o Arch du Triomphe e dela até a Champs Elyseés.

Natal 428 - Foto tradicional

Paramos para almoçar (14h30) no Planet Hollywood que fica na própria Champs Elyseés, enorme e muito bonito. Os guris comeram “burguers” com fritas e eu turkey club com fritas (muitas fritas, milhões delas). Acabamos “nos atirando” na lojinha do Planet: eu comprei uma camiseta, o Cello um boné que fez ele ficar a cara do Bruce Willys (o que ele quase não adorou...), e um dinossaurinho lindo para a Ane. O Magno também comprou camiseta para ele e para a Alinizinha. Descemos a Champs Elyseés “nos arrastando” - de tanto que havíamos comido – até a place de la Concorde, onde eu e o Cello paramos para andar na imensa roda gigante. Muito legal, com vagão para seis pessoas (sentamos no meio de dois casais de senhores franceses que mostravam cada monumento e prédio). A roda faz duas voltas completas, uma inteira sem parar e uma parando para trocar os passageiros. O Magno tem vertigens de altura e não quis ir conosco...

Natal 429 - Place de la Concorde

Nos reencontramos e fomos caminhando de volta para o hotel pela Rue Rivoli (que passa na lateral direita do Louvre e segue pelas ruas de comércio de Les Halles). Anoitecer para ficar na memória, céu claro com cores variadas, luzes se acendendo. Quando voltamos para o “nosso bairro”, o Quartier Latin, paramos para a nossa orgia gastronômica de despedida: entramos na Häagen Daz e tomamos enormes taças de sorvete. Eu e o Cello tomamos o sundea tiramisu que é algo inexplicável (sorvete de macadâmia e café, amêndoas carameladas, nata, e vem com uma taça de café expresso para ser “desejada” por cima, uma loucura). O Marcelo chegou a se sentir mal de tanto que comemos.

Voltamos ao hotel onde encontramos o Caio e a Aline, pegamos as malas e fomos de táxi para o aeroporto. O motorista tailandês foi conversando em inglês conosco e achando que no Brasil se fala espanhol e que somos colônia européia, um absurdo! Chegamos no aeroporto, passamos no setor de devolução de taxas para encaminhar os papéis e fizemos o check out. Pelas intermináveis esteiras rolantes, fomos até o setor de embarque aonde passamos pelas lojinhas do free shop. Olhamos, olhamos, mas só compramos o suficiente para liquidar com nossos francos.

Natal 430 - De cima da roda gigante

O avião partiu pontualmente às 22h30, hora de Paris, e logo acertamos os relógios para o de Porto Alegre (19h30). Ficamos o Magno, eu e o Cello juntos, avião grande e não lotado, mas não conseguimos pegar acentos vagos para ter mais espaço, pois o pessoal “se atirou” na frente. Noite cansativa, janta, filme (O Patriota, com Mel Gibson – bom, mas dormi no final). Dormimos pouco, e ainda teve turbulência durante a noite (nada muito forte, mas assusta!).

Chegamos em São Paulo às 6h30 e estamos saindo para Porto Alegre agora às 8h. Faremos alfândega lá. Já falei com a mãe, eles irão nos buscar no aeroporto. À tarde, a Kaká e o Paulo vêm da praia para nos ver. Estou loca de saudades de todos! Foi maravilhoso, um mês longe de tudo e todos, muitas aventuras, cultura, descobertas. Muita comida e bebida maravilhosas, diversão total!

Espero que não demore muito para a próxima viagem!!


FIM

Friday, October 28, 2005

05/01/01 – Paris (novamente com chuva...)

Dia preguiçoso! Amanheceu com chuva...

Tomamos café e iniciei a organizar as malas para amanhã, o que não é fácil, devo ter cuidados com as frágeis, etc. Após, saímos do metrô por numa longa viagem até a porte de la Vilette, conhecida como cidade das ciências (fomos eu, o Cello e o Magno).

O parque de La Vilette é muito legal. É um grande museu interativo de ciência e tecnologia. A área do museu tem cinco andares, parte com entrada franca (biblioteca, aquário, restaurantes, videoteca, discoteca, etc) e também áreas específicas para crianças, com diversos jogos e brinquedos interativos. Para a área do museu propriamente dito, se paga FF 45,00 e se visita inúmeros setores superinteressantes. Um paraíso para curiosos e interessante para pesquisas escolares e aprendizado. A área da água, por exemplo, demonstra os tratamentos para torná-la potável, o funcionamento do esgotos, a decantação de impurezas e o funcionamento de um submarino.

Já a área do espaço mostra as cápsulas de lançamento, como é feito um lançamento, instrumentos usados por astronautas, etc. Tem um planetário com uma bela exibição de trinta minutos sobre o universo (pena ser narrada em francês). A terra mostra as camadas do solo, vulcões, falhas na camada tectônica e terremotos, os sismógrafos, etc.

A área seguinte, a de medicina e biologia, explica sobre genética, reprodução in vitro, plantas que curam, artigos de curandeirismo, doenças e medicamentos, simulação de ruídos pulmonares. A área de aprendizado faz diversos jogos e testes de leitura, e área das florestas mostra madeiras, combustíveis, plantas, desmatamento. Plantas criadas sem terra, áreas dos sons, da indústria automobilística, etc.

Muito interessante. Almoçamos no próprio bar do museu (sanduíches). Na parte externa tem ainda o La Géode, que é um cinema 180° e o cinema Louis-Lumiére em 3-D (não visitamos). De lá, eu e o Cello pegamos a mesma linha de metrô e descemos na Galeria La Fayette para comprarmos as últimas coisas que faltavam: algumas lembrancinhas para o pessoal de Porto Alegre (família e amigos). Quando voltamos ao hotel, encontramos o Magno lá.

Após um momento de ‘relax’, saímos para um café e fotos com nossas boinas divinamente francesas... No caminho, os guris entraram na loja de instrumentos musicais na esquina do hotel e enlouqueceram com a variedade de artigos interessantes. O Magno acabou comprando um colete com estampa de notas musicais e um livro de músicas dos Beatles. Seguimos até o nosso querido La Brioche Doreé, onde comemos torta de chocolate com banana, chá e tiramos nossas fotos tipicamente francesas.

Natal 422 - Como parisienses

Natal 421 - La Brioche Doree

Voltamos para o hotel para banho e nos preparar para o famoso jantar de despedida de Paris no La Comédia. Não conseguimos contato com o outro casal, pois não se encontravam no hotel. Antes de sair, eu e o Cello aproveitamos e cumprimos a árdua tarefa de terminar de organizar as malas, mas, para nossa sorte, coube tudo (exceto meu casaco que vai à mão!).

Acabamos saindo os três, e foi excelente. Apesar da fila de espera no restaurante, conseguimos mesa em cerca de 10 minutos e nos deliciamos com um jantar espetacular. Eu e o Magno pedimos salmão grelhado com massa e camarão e o Cello repetiu o spaguetti aos frutos do mar. Canecas de cerveja, fotos, colocamos nosso vampirinho “Pierre” em posição de honra, foi uma festa! De sobremesa, eu pedi um delicioso gateaux aux chocolat com creme da baunilha e amêndoas; os guris pediram sorvete. Terminamos com chá e café. Um espetáculo de despedida.

Natal 423 - Despedida no La Comedia

Voltamos pela Rue Monge molhada da chuva, já sentindo saudades pela última noite...

Bon soirée, Paris. Amanhã é dia de embarcar de volta.

Tuesday, October 25, 2005

04/01/01 – Paris! Paris!

É maravilhoso estar em Paris... (ataque de amor explícito à capital francesa...).

O Marcelo acordou mais cedo, raspou o cavanhaque (e ficou mais lindinho ainda, apesar dele estar com dúvidas...) e desceu para tomar café enquanto eu e o Magno ficamos dormindo. Levantei depois das 10hs e, portanto, perdi o café da manhã. Ajeitei-me e saí com o Cello. Passamos no La Poste (correio) para câmbio e tivemos a desagradável surpresa de saber que o câmbio do dólar piorou (US$ 1 = FF 6,5).

Fomos até o nosso querido La Brioche Doreé, onde desisti de tomar café (já eram 11:30h) e optei por almoçar. Comi um sanduíche de presunto, ovo, pepino, alface, tomate num baguette e uma tortinha de maçã. O Cello foi de torta de framboesa com um capuccino. Após a deliciosa refeição, seguimos até o Museu D’Orsay. O Marcelo na última hora acabou aceitando me acompanhar (ele havia dito há dois dias que a sua cota de museus estava esgotada e que ele não me acompanharia ao D’Orsay). Fizemos o caminho até lá pela Blv. St. Germain e entramos no museu ao meio dia e acabamos ficando até às quatro da tarde! Foi muito bom! Comprei o guia de visitação do museu e fomos acompanhando detalhe por detalhe. Só a estação de trem onde o museu foi construído já é uma obra de arte, com o grande relógio da estação, o teto de vidro, etc.

Natal 411 - Museu D'Orsay
Museu D'Orsay

No Museu D’Orsay estão as obras de arte do período entre 1848 e 1914. As anteriores estão no Louvre e as posteriores no Pompidou. Seguimos todo o roteiro, com calma e detalhes. Foi bárbaro, pena que no final já estávamos exaustos e com fome, tendo que abrir mão de ver algumas obras. Considerei – sem dúvida – bem mais interessante que o Louvre, pois eu prefiro bem mais arte que as antiguidades de valor mais arqueológico... No setor de esculturas, obras de Guillaume, Carpeaux, Mercié, Cordier, etc. Depois as pinturas iniciando por obras de Jean Auguste Ingres, que influenciou a maioria dos impressionistas (a belíssima ‘Primavera’!), Eugéne Delacroix, Honoré Daumier, Jean François Millet (com sua também belíssima primavera – com arco-íris), Jean Baptiste Camille Corot (paisagens, folhas e árvores “nebulosas”), Daubiany (a neve), Rosa Bonheur (o gado – realismo), Gustave Coubert, Chavannes (O Pobre Pescador), Gustave Moreau (Orfeu).

Depois vem o grande êxtase do impressionismo: muitas obras de Edgar Degas, incluindo todas as bailarinas (até a escultura da bailarina de 14 anos com saia de tecido), Fantin-Latour (retrato de vários pintores da época), Claude Monet (incluindo ‘O Banho’), Whistler (retrato de sua mãe – clássico: sentada de perfil, roupa preta e véu branco), Renoir exuberante com paisagens de Montmartre, a dança na cidade e no campo, e os retratos. Paul Cézanne, Edward Manet, Monet e a belíssima ‘Ninféias Azuis’ e, finalmente, Vincent Van Gogh – auto-retrato, retrato do Dr Paul Gachet, a Igreja de Auvers-sur-Oise (as duas últimas pintadas quando ele esteve internado no Hospício de Saint Remy após ter mutilado sua própria orelha em um ataque de loucura por sentir-se culpado de ter agredido fisicamente o colega Paul Gaugin). Ainda obras de Toulose-Latrec, Pissarro, Gaugin, e obras de Rodin e Camille.

Foi muito legal, pretendo ler com calma tudo que está no livro do museu e me preparar melhor para uma próxima visita! Saímos meio tontos de tanta informação e fomos a pé até as Tulherias, de onde pegamos um metrô para a Champs-Elysées. Paramos para comer (novamente) no La Brioche Doreé na própria avenida e depois caminhamos pela Fauburg Saint-Honoré (chiquérrima) até a Place de la Concorde, onde pegamos o metrô para voltar ao hotel. Como queríamos ver os canivetes em uma loja da Rue des Écoles e não tínhamos um mapa conosco, decidimos tentar descer uma parada antes do metrô Jusseau (estação Sully), mas descobrimos que estávamos bem mais longe (na rive Droit) e acabamos atravessando a Ile de Saint Louis a pé e visitando lugares diferentes.

Natal 417 - Tulleries

Natal 416 - Tulleries

Chegamos em tempo na loja dos canivetes e acabamos comprando um para o Cello e um para o seu Gilberto. Voltamos para o hotel e o Magno chegou em seguida. Ficamos batendo papo e filosofando, até que ele desceu e foi buscar um vinho na loja ao lado do hotel (marca diabo, com rolha de plástico, mas sempre gostoso). Ficamos de papo até às 21h30 e depois descemos para jantar na cantina ‘Il Pescatore’, em frente ao Hotel Saint Jacques (onde eu já havia estado em 1994). Tomamos Carlsberg (cerveja), comemos massas e sobremesas (eu= tarte aux citron, guris= banana split). Voltamos caminhando na chuva para o hotel.

“Ai, ai, aiai, tá chegando a hora...”

Monday, October 24, 2005

03/01/01 – Paris

Hoje foi aquele tradicional e delicioso dia dedicado à Disneyland Paris! Acordamos às 7h15, ainda escuro. Como era possível ver algumas estrelas no céu, achamos que o dia não seria chuvoso e nos permitiria ir à Disney. A previsão do tempo da CNN e dos jornais era de chuva, o que fez o Caio e a Aline desistirem de ir e tentar na 5ª ou 6ª feira.

Nós três enfrentamos. Saímos já cm dia claro, pegamos o metrô Jussieu e descemos em Chatelet onde pegamos o RER A (FF 39) com viagem de 35 min até Marne-la-Vallé. O metrô nos largou na porta do parque às 9h40, e descobrimos que hoje o parque abriria às 10h e fecharia às 20h, com preço de FF 170 (até 01/01 era FF 220) pela baixa temporada. Após uns 15min em uma confusa fila para comprar os bilhetes, consegui comprá-los (com o meu Visa) e, logo após a abertura, entramos. Devido aos feriados natalinos, a decoração estava mais linda ainda, com a Main Street coberta por arcos que ficam iluminados à noite, uma enorme árvore de natal na praça, e músicas natalinas por todo os lados!! Muito lindo!

Fizemos o tour tradicional. Estava tudo cheio, filas demoradas, mas, nas atrações que demoram mais tempo, é possível obter um ticket FAST PASS que reserva horário em fila mais curta uma a três horas depois da solicitação (isso facilita demais). Começamos pela Haunted Mansion, que já deixou o Magno encantado. Logo após, pegamos o FAST PASS para voltar na Big Thunder Railroad Montain e fomos para a montanha do Indiana Jones, que estava com fila mais curta. Levou só uns 10 minutos, e quando chegou a nossa vez descobrimos que todo o percurso agora é feito de costas! De ré! Não se pode saber o que vem pela frente e o estresse aumenta muito!

Eu curti bastante, mas o Cello não gostou (ficou tonto!). O Magno disse que gostou, mas – a partir daí – em cada atração que entrávamos, ele dizia “Ai, é agora o looping”. Esperamos um pouco para o Cello voltar a sua cor normal e seguimos para a ilha dos piratas, passeando a pé pelas cavernas e, após, indo para o ‘Piratas do caribe’, sempre bonito. Saímos de lá, olhamos algumas lojinhas (com bons preços para nossa surpresa e desgraça... sempre se gasta mais do que se deveria...).

Como havia chegado nosso horário na Big Thunder, fomos com o nosso FAST PASS, uma grande barbada. Em menos de dez minutos estávamos no carrinho. Foi genial, sentamos os três juntos (nos esprememos, na verdade) e foi aquela gritaria, muito divertido. Saindo de lá, passamos para olhar mais umas lojinhas tentadoras e fomos para a Fantasyland, na hora do rush, e pegamos o FAST PASS para o Peter Pan (só para o final da tarde). Ali perto, na loja das fantasias, encontrei a roupa da Esmeralda (do Corcunda de Notre Dame) com coroa e varinha de condão para a Beta. Deixei para comprar no final do dia.

Nossa próxima atividade foi lanchar. Como era de se esperar, filas imensas. Após espera de mais ou menos 30 minutos, comemos enormes hot dogs com queijo, fritas e coca-cola. Feito o lanche, fomos assistir ao filme em 3-D ‘Queridas, Encolhi a Platéia’. Como em todas as outras atrações, o Magno ficou extasiado.

Decidimos, então, nos separar temporariamente: os guris foram para a fila do Star Wars e eu fui assistir à parada de Natal da Main Street. Comprei um pacote de pipoca doce e fiz a festa! A parada é quase a mesma do ano passado, mas com alguns componentes natalinos e encerra com o trenó do Papai Noel puxado por renas de verdade. Muito fofinho! Visitei, ainda as tentadoras lojinhas da Main Street e fui para o ponto de encontro ao lado do castelo. Tempo já bem nublado e com vento frio. Fiquei uns trinta minutos no frio esperando os dois porque atrasou a fila do Star Tours. Após o reencontro fomos até o ‘It’s a small world’ em ritmo natalino e aí ao Peter Pan’s Fly. Já estava tudo escuro e com uma belíssima iluminação, principalmente na Main Street. Foi quando começou a chover.

Devido à chuva intensa, nos abrigamos no Castelo da Belle au Bois Dormant. Foi quando eu descobri que há um dragão animatronics que dorme em uma caverna. Grande descoberta! A chuva aliviou um pouco e fomos assistir a Parada Elétrica. Apesar dos guarda-chuvas, foi muito dez! Brincamos, regredimos, dançamos, abanamos para os personagens, festa total! Fomos embora felizes da vida. Chegamos a dar uma passada na Disney Village, mas como estava chovendo e tudo era muito caro, decidimos pegar o RER e jantar na chegada em Paris.

Chegamos de volta às 21h40, largamos as compras no hotel e voltamos para o mesmo restaurante italiano onde havíamos jantado na nossa primeira noite em Paris (na Blv. St. Germain). Eu pedi pizza de alcachofras com presunto e os guris, massa.

Há vinte e quatro horas minha gastrite está mostrando as garras. Sinto uma dor em queimação no estômago, por isso já comecei a tomar o omeprazol. Mesmo assim me abstive de cerveja e do café por vinte e quatro horas. Voltamos absolutamente mortos para o hotel. Amanhã, horário livre.

Boa noite!

Thursday, October 06, 2005

02/01/01 – Paris

(Hotel Minerve)

O dia amanheceu limpo e com sol mas, como já estava um pouco tarde, optamos por não ir até a Disney hoje. Tomamos café o Cello e eu, pois o Magno ficou dormindo, e às 9h30 estávamos na rua. Fizemos câmbio nos correios (US$ 1 = FF 6,5) e “fomos às compras”!

Natal 397 - Hotel Minerve
(Hotel Minerve)

Começamos caminhando pela Ile de la Cité, com sol favorável para fotos da Notre Dame, depois seguimos para Les Halles onde procurei algumas coisas (talvez um vestido de festa bem bonito e de bom preço) e até a Samaritaine, com tudo muito caro. Acabamos indo de metrô até a galeria Lafayette. Após uma rápida olhada na lindíssimas e caríssimas roupas de criança, me atirei de cabeça na perfumaria, só saindo de lá após gastar algumas centenas de dólares! Vale o gasto, comprei vários presentes para nós e para as famílias, e é bem legal também porque ganhamos também várias amostrinhas de perfume. Comprei também maquiagens (rímel, lápis, batons) e acabamos encontrando uma malinha de mão com bom preço e superprática.

Saímos de lá carregados de compras e fomos direto para o metrô para trazer as “tralhas” de volta ao hotel. Largamos tudo e saímos para almoçar, indo até a Blv. Saint-Germain e parando novamente na maravilhosa pasticerrie Le Brioche Doreé, na famosa esquina St-Germain e St-Michel. Comemos sanduíches de salmão e, de sobremesa, dividimos duas estupendas tartelettes = banana com chocolate e framboesa com creme de baunilha. Conclusão: não existe nenhum tipo de doce ruim ou mal feito em Paris. Conclusão 2: graças a Deus eu não moro aqui, pois seria humanamente impossível não me tornar numa obesa mórbida, futura paciente do C.O.M. (Centro de Obesidade Mórbida). Conclusão 3: se as “tias” do Delitzi (lancheria em frente ao hospital da PUC) aprendessem a fazer algo parecido com isso, eu teria que abandonar a endocrinologia e me tornar uma obesa mórbida feliz ou me submeter à cirurgia bariátrica (da obesidade) e reduzir a capacidade do meu estômago a 10ml e o meu intestino à 20cm de comprimento no total!! Sem exageros...

Seguimos até o metrô e pegamos o RER C para os Invalides, aonde chegamos já com uma chuva fina, e fomos visitar o belíssimo Museu do Rodin. Este museu fica na rue Varenne, próximo aos Invalides e ocupa o Hotel Biron, que foi a casa o ateliê de Rodin. Entramos cerca de uma hora antes do seu fechamento, o que fez a visita ser lamentavelmente mais corrida. Outro fato lamentável foi eu estar somente com duas fotos filme e sem filme novo, não sendo possível registrar a beleza do lugar. O casarão é lindo,cheio de janelas, perfeito ateliê. Inúmeras obras completas, ensaios, obras inacabadas, trabalhos de alunos assinados por Rodin e trabalhos magníficos de Camille Claudel.

Dentro do prédio, os destaques são ‘O Beijo’ de Rodin, ‘São João Batista’, os diversos ensaios para ‘Os Portões do Inferno’ e ‘Os Burgueses de Calais’, ‘O Grito’, as figuras femininas (geralmente com Camille Claudel servindo de modelo) e a demonstração de como se faz um molde para uma escultura em bronze. O jardim foi visitado minutos antes de fechar o museu. Muito bonito, é onde está ‘O Pensador’, ‘Os Portões do Inferno’, ‘As Três Sombras’ (detalhe ampliado dos portões do inferno) e o original dos ‘Burgueses de Calais’, além de obras variadas até de outros escultores. É imperdível! Se der, pretendo voltar ao menos para uma visita ao jardim para fotografá-lo com mais calma.

Natal 396 - O Pensador
(Nos jardins do Museu Rodin)

Voltamos a pé para o hotel pela longa e conhecida Blv. Saint-Germain, com períodos com e sem chuva. Comprei dois blusões lindinhos em uma liquidação (FF 300 = US$ 45 = R$ 90 pelos dois!). Depois paramos no Salón de Thé da Häagen Daz onde tomamos café com gaufre au chocolat (waffer com chocolate) e crepe au chocolat (o Cello). No separamos, o Cello indo para o Internet café e eu voltando ao hotel para me preparar para irmos ao Hard Rock Café!

Acabamos chegando lá cerca de 21h15. Fila de espera e ambiente animado! Ficamos mais ou menos 45 min esperando, e discutimos em inglês com o gerente, pois já haviam passado várias pessoas que tinham chegado depois de nós na nossa frente. No final, saímos “lucrando”, pois o cara no deu três cervejas de cortesia para se desculpar pela falha. Jantamos superbem. Os guris ‘pig sandwich’ e eu salada de frango chinesa. Pratos meio caros, mas enormes! Voltamos ao hotel perto da meia noite e vamos acordar cedo amanhã para ir a Disney. Até mais.

Sunday, October 02, 2005

01/01/01 – Paris (com chuva)

(Hotel Minerve)

O ano de 2001 iniciou e permanece chovendo em Paris.

Ainda “exaustos”, acordamos às 9h30 apenas para não perder o café da manhã. Logo depois, voltamos ao quarto e os guris ficaram em suas camas enquanto eu fui tomar banho e arrumar as coisas para a transferência de hotel. Por volta do meio-dia nos despedimos do Hotel Família (o Magno pagou as duas primeiras diárias) e caminhamos mais ou menos 10 passos até entrarmos no Hotel Minerve. Na verdade, descobrimos que recebemos um upgrade, pois o quarto é bem maior, o banheiro também é maior e tem banheira, e o custo também seria maior, mas será mantido o acordado na reserva. Ótimo, saímos lucrando novamente, da mesma forma que com o carro...

Após preguiçosamente arrumarmos todas as coisas no novo hotel e disputarmos palmo a palmo o espaço para secar as roupas, eu e o Marcelo decidimos sair na chuva mesmo. Peguei minha sombrinha e após algumas quadras o Cello comprou um guarda-chuva. Estávamos prontos!

Natal 392 - Na chuva

Natal 391 - Conciergerie

Passamos pela Notre Dame (com fila na chuva para a visitação), Hotel de Ville (com alguns corajosos patinando no gelo de guarda-chuva e tudo) e seguimos até o centro George Pompidou, que para a nossa sorte estava aberto. Almoçamos na cafeteria – sanduíches e tortas de noz pecã – e após visitarmos uma exposição de árvores de Natal totalmente exóticas, fomos conhecer a imensa biblioteca. Ela é impressionante, com computadores para pesquisa e Internet, milhões de livros, revistas, jornais, sofás para leitura (com um monte de gente deitada e dormindo), TVs passando programação de diversos países, monitores para a leitura de jornais e documentos antigos, etc. O Marcelo ficou fascinado, tirou uma ficha para acesso à Internet, mas como levaria cerca de duas horas até poder acessar, acabamos desistindo e saindo.

Caminhamos na chuva até o fórum de Les Halles, onde paramos para um “Mac Mix”. Seguimos de volta à Rive Gauche até o Boulevard Saint Michel. Seguimos até o Jardim de Luxemburgo onde encontramos o Internet café que o Marcelo ia no ano passado. O ‘Le Jardin de la Internet’. Acessamos por mais ou menos uma hora, relemos e-mails e as notícias de jornais brasileiros. Saindo de lá, paramos no próprio “Bulle Miche”, como é carinhosamente chamado o Boulevard Saint Michel, para um capuccino com croissant doce delicioso no ‘Brioche Dorreé’.

Seguimos como dois parisienses pelas ruas molhadas pela chuva. Encontramos o Caio e a Aline no caminho de volta ao hotel e marcamos de sair às 20h30 para jantar, provavelmente no ‘La Comédia’, na rue Monge, melhor restaurante da última viagem.

Não preciso nem dizer, foi uma janta fantástica. Nos deliciamos comendo massas com os mais variados frutos do mar. Eu comi linguine aux deux saumon, que além de molho com salmão vem com camarões em casca e caviar, um delírio. O Cello, o Magno e o Caio comeram spaguetti com frutos do mar, com camarões, moules, polvo, lula, etc. A Aline, finalmente, comeu massa com camarões flambados em cognac. Não bastasse essa comilança (os pratos são enormes), tomamos cerveja de 500ml e ainda pedimos sobremesa (todos pediram sorvetes superenfeitados e eu um creme brulé de comer de joelhos).

Voltamos “gemendo” para o hotel, e ainda liguei para a Karina para contar da janta maravilhosa e saber como tinha sido a noite do ano novo deles (foi excelente, que bom!).

Puxa vida, estamos nos encaminhando para a reta final.

Buon soirée!