Saturday, March 26, 2005

Prefácio

by Marcelo Tadday Rodrigues

Só quem viaja, sabe: o melhor momento de planejar uma viagem é justamente quando se termina a anterior. Ou seja, entra-se sempre num círculo vicioso. Viajou, quer viajar de novo. E de novo. E sempre. Pode virar uma loucura. Apesar do que parece, não é o nosso caso. De qualquer maneira, em junho de 1999, quando terminou a viagem dos Perdidos na Espace, estávamos – todos – contaminados pelo vírus do viajante. Apesar disso, a vida tem que continuar, e outros planos sempre podem surgir.

Planos de viagem, claro, e planos que não envolvam viagem. Destes últimos, o que “atingiu” o nosso grupo foi o do casal X (Paulo e Karina) de terem outro filho, o hoje com 4 ano e 6 meses, simpático e inteligente (”fofo” segundo a maioria) Gabriel. Com isso, eles tiveram que adiar o plano de viajar novamente. Com esse desfalque, os Perdidos restantes decidiram passar o Natal de 2000 na neve, antigo sonho de todos.

A primeira opção de viagem foi passar o Natal numa estação de esqui no Canadá. Seria apenas uma semana? Que tal passar o Natal e o reveillon? Natal na estação de esqui e reveillon em Nova Iorque? Bom, muito bom... Melhor ainda seria passar o Natal no norte da Itália, nos Alpes, que tal? E o reveillon em Paris? Perfeito, mas havia algumas dúvidas: passar apenas o Natal e não visitar a Itália? Como ir do norte da Itália à Paris?

A primeira dúvida foi facilmente resolvida, viajaríamos uns 10 dias antes do Natal e faríamos um tour pela Itália até chegar aos Alpes no Natal. A ida à Paris tinha duas possibilidades: de avião ou – a minha proposta – ir de carro. Teríamos uma semana para ir dos Alpes italianos até Paris, no inverno, com possibilidade de neve e estradas fechadas.

Consegui convencer o grupo de que era viável a travessia dos Alpes de carro, após pesquisar na Internet e nos mapas rodoviários que eu possuía. O local de travessia era pela passagem de Brenner, entre a Itália e a Áustria, praticamente junto de Innsbruck. Depois, cruzaríamos um trecho da Alemanha – próximo ao Bodensee e pela Floresta Negra – e entraríamos na França pela Alsácia-Lorena. Escolhemos, então, o ponto inicial do roteiro: Roma, a cidade eterna. O Natal, passaríamos em Brunico, próximo à passagem de Brenner, no hotel Andréas Hofer, escolhido por indicação do Guia Visual Folha de São Paulo com ajuda das fotos na Internet, e terminaríamos a viagem com uma semana em Paris, no simpático (pela fachada e pela Internet) Hotel Família.

Ao grupo, sem o casal X e a x’ (Paulo, Karina e Roberta), foi acrescido o grande amigo e parceiro de faculdade e de Banda da Sopa, Alexandre Magno. Seríamos 5 pessoas, desta vez. Decidimos, contudo, alugar dois carros, por que havia algumas discordâncias de roteiros entre nós e optamos fazer trechos independentes, e o Magno optou por, nestes trechos separados, ficar metade do tempo com cada casal.

Com relação ao tempo de viagem, finalmente, quando pesquisei os preços das passagens para Roma, descobri que, se saíssemos no dia 14/12, pagaríamos cerca de US$ 500,00 mais caro por passagem do que se saíssemos no dia 08/12. Foi o que definiu o tempo de viagem. Saímos dia 08/12/2000 e retornamos dia 07/01/2001.

Com vocês, a partir de agora, a nossa viagem vista pelos lindos olhos de Jacqueline Rizzolli. Até.

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