Thursday, March 10, 2005
31/05/99 - Paris
Agora sim, já habituados à cidade, nos sentindo parisienses desde pequenos, já podíamos entrar em sua rotina. Café da manhã comprado na patisserie quase ao lado do hotel e comido na praça em frente à igreja de St.-Médard. Maravilhosos croissants e bombas de chocolate. O primeiro objetivo do dia era o Cimetière du Père Lachaise, fora do centro.
Este cemitério fica em uma colina que dá vista para a cidade e é o mais freqüentado de Paris. É onde estão enterrados o escritor Honoré de Balzac, o compositor Fréderic Chopin, o Jim Morrison, vocalista do Doors (se é que ele morreu...), entre outros. O local é imenso, para andar por lá só de mapa. Pena que o único que tínhamos era bem impreciso (o do nosso guia), estava comigo e - adivinhem - me perdi do grupo. Nenhuma surpresa nisso, o problema é que devido a isto a visita dos outros foi abreviada pela procura ao perdido. Pelo menos todos visitaram o túmulo do Jim Morrison, que - segundo a Jacque - não passa de um grande cinzeiro. O detalhe é que tem um guarda por perto que não deixa tirar fotos nem registrar em vídeo. O interessante é que se alguém faz menção de sentar numa lápide qualquer, do nada surge um guarda para dizer que não é permitido.
Após o grupo ter reencontrado o moscão que se perdera (este que vos fala), voltamos de metrô para o centro. Por ser próximo ao horário de almoço, nos separamos para almoçar e fazer algumas compras (quem resiste às Galerias Laffayette?). Cada casal foi para o seu lado e após cerca de duas horas, compras feitas e almoçados, nos reunimos e voltamos ao hotel para largar os pacotes - poucos - e descansar um alguns instantes. Recolhidos ao recesso do quarto do hotel, pudemos acompanhar o desempenho dos tenistas brasileiros - o Gustavo Kuerten e o Fernando Meligeni - em Roland Garros. Neste dia, passaram em frente no torneio.
Saímos do hotel, novamente. Seguimos pela Rue Monge, continuamos pela Écoles, entramos à direita e fomos até a beira do Sena. Visitamos a Catedral de Notre-Dame, desta vez por dentro. Enquanto o Caio, a Aline, a Jacque e eu passeávamos pela catedral, o Paulo, a Karina e a Betinha ficaram em frente, no jardim, "fazendo as pombinhas comer na mão da Roberta". O dia estava quente e ensolarado. Caminhamos até a beira do rio e seguimos pela margem. Entre as várias opções, escolhemos um dos "bâteaux mouches" e fomos passear pelo Sena. Ele passa sob várias pontes e termina ao pés da Torre Eiffel. Terminado o passeio, praticamente sob a torre, sentamos num café para tomar cerveja e comer fritas, apreciando a tarde em Paris.
Após estes agradáveis momentos de descanso e refresco (com a ajuda de uma cervejinha) aos pés da Torre Eiffel, seguimos andando pelo Champ-de-Mars, que são os jardins que se estendem da torre até a Ecole Militaire. Eles já serviram para corridas de cavalo, embarque de passeios de balões e missas para comemorar o aniversário da Queda da Bastilha. Caminhamos até quase em frente a Ecole, e nos dirigimos ao Hôtel des Invalides pela Rue de Grenelle.
O Les Invalides, fundado por Luís XIV, foi o primeiro hospital militar e alojamento para soldados veteranos e incapacitados que, em outras circunstâncias, teriam de mendigar para sobreviver. Hoje em dia, sua fachada é um dos pontos turísticos mais marcantes da cidade. Passamos pela frente, com direito à foto. Seguindo pela Rue Grenelle, passamos próximos ao Museé Rodin, que devido à greve ministério da educação francês, estava fechado. O longo trajeto pela Grenelle nos fez desembocar na Boulevard Saint Germain, já em St.-Germain-des-Prés, onde, como manda a tradição criada por nós nesses dias de Paris, decidimos jantar.
Novamente o problema de nos depararmos com milhares de opções simpáticas aos nossos olhos. Dessa vez foi um pouco mais fácil porque decidimos atender um desejo que o Caio tinha desde Bruxelas de comer moules (mariscos). Escolhemos um que tinha mesas na calçada e conseguimos uma tão na calçada que era praticamente na sarjeta, quase no meio da rua, entre os carros que passavam... O próximo desafio da janta - no mesmo nível da janta de Dijon - era sobre como comer os moules, ou, melhor, comer como os outros faziam. Claro, estávamos no meio da rua, praticamente, e não havia o estresse de Dijon. Além disso, logo a Aline descobriu e ensinou para aqueles que estavam comendo (o Caio e o Paulo), porque ela não iria comer aquela coisa nojenta... Após a janta, o grupo dividiu-se: a maioria voltou ao hotel de metrô e o Paulo e eu fomos até um cybercafé. Desta vez, longe dos nerds. Escolhemos um que não era muito longe do hotel, na Boulevard Saint Michel, em Luxembourg, chamado Le Jardin de I'Internet. Sabendo tudo sobre o Brasil, voltamos ao hotel e nos juntamos ao resto. Boa noite de sono antes do último dia completo de viagem.
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