(Hotel Mediterrâneo)
Parece incrível, esta é a terceira vez que venho a Firenze e a terceira vez no Hotel Mediterrâneo... O dia começou claro e gelado, após a chuva de ontem. Acordamos às 6h45, mas como era ainda noite, ficamos na cama até às 7h15. Arrumamos as coisas e descemos para o café (tipo buffet, muito gostoso). Após o café, check out e fomos conhecer um pouco de Perugia.
Fomos até o centro histórico (temperatura de 3°C) com um lindo dia de sol. Estacionamos e caminhamos até a praça principal, onde visitamos a Duomo da idade média. Em frente a Duomo, há uma fonte muito antiga e também o Palazzo dei Priori, que está com a fachada coberta com tapumes, em restauração. É neste palácio está a Galeria Nacional da Úmbria, com pinturas de famosos artistas locais (Pinturicchio, Duccio, Gentile da Fabiano...). Não chegamos a visitá-la. Seguimos dali até a muralha que delimita a área histórica de Perugia, e onde se tem uma ampla vista da região; No caminho, tiramos fotos em um jardim enfeitado por repolhos e couves (brancos, roxos, verdes, etc).
Selamos (com a língua) os dez postais que havíamos escrito ontem e partimos dando adeus à Úmbria, após passar pelas margens do Lago Trasimeno e entrando na região da Toscana, onde nos dirigimos para Siena. Chegamos lá por volta das 11hs e deixamos o carro num parcchegio, pois é impossível entrar de carro no centro histórico.
Iniciamos a caminhada em direção a Duomo, mas o Marcelo teve uma de suas “crises de insegurança”, e achou que havia deixado o carro aberto. Voltou tudo até o carro, que – obviamente – estava fechado. As ruas de pedra, apesar do sol, estavam supergeladas. Caminhamos, finalmente, até a Duomo, que é considerada uma das igrejas góticas mais bonitas da Itália.
Construída em mármore verde e branco, e com desenhos esculpidos no mármore do piso do interior, é realmente muito bonita. Sua construção terminou no século XIV. Para nossa surpresa, havíamos esquecido a máquina fotográfica no carro e, por isso, decidimos retornar até o carro. Saímos com o carro e trocamos de estacionamento, parando num mais próximo à Piazza do Campo, a grande praça de pedra onde são realizadas as lutas medievais com cavalos, espadas e bandeiras nos dias do Palio (2 de julho e 16 de agosto). A cidade é dividida em 17 bairros ou times, cada um representado por um animal e uma bandeira, que fazem os duelos nos dias do Palio. Na mesma praça ficam também o Palazzo Público e a torre del Mangia (a torre do relógio) que também estão com a fachada parcialmente coberta para restauração. Seguimos novamente a pé até a Duomo para podermos enfim fotografá-la e após retornamos ao estacionamento a partimos de Siena.
Fizemos o belíssimo trajeto da região dos vinhedos do Chianti, onde a estrada é pequena e supertranqüila, e passa por parreirais (no momento secos, é claro), oliveiras, muitas árvores com aspecto outonal e pequenas cidades de pedra onde se produz vinho e óleo de oliva extravergine (Castellina in Chianti, Greve in Chianti). Foi aí que paramos para o nosso pic-nic delicioso com o que restou das nossa provisões de pão, queijos e panetonne. Só posso dizer que foi um banquete, tanto que após uns vinte minutos o Marcelo teve que parar o carro para ‘cochilar’ um pouco pois estava literalmente caindo de sono.
Chegamos em Firenze por volta das dezesseis horas, pegamos a via Lungarno e logo estávamos em frente ao Hotel Mediterrâneo, que já virou uma tradição de hospedagem em Florença (é a minha 3ª vez aqui!). O Marcelo desceu e informou o preço (L$ 240.000), “bem carinho”, mas com parcchegio fácil e superbem localizado. Andamos mais um pouco para tentar outros lugares, mas acabamos optando por voltar ao Mediterrâneo e garantir hospedagem logo para podermos aproveitar o final do dia. Largamos as coisas no quarto e seguimos a pé até a Piazza dela Signoria.
Cada vez mais magnífica e sem esculturas em restauração, foi possível admirar com detalhes a beleza e a volúpia do “Raptos das Sabinas” de Giambologna e “Hércules e o Centauro” do mesmo escultor (século XVI). Além disso, é possível admirar a belíssima escultura em bronze de Cellini – “Perseu e Medusa”. A ‘Fonte de Netuno’ pe outra grande obra que pode ser vista na praça, imponente, erguida por Bartolomeu Ammannati (século XVI). Finalmente, estão na praça reproduções de Davi e Hércules.
Seguimos, já anoitecendo, pelas ruas de comércio lotadas de gente (o natal é daqui a uma semana). Passamos por fora da Duomo – Santa Maria dei Fiori -, Batistério e seguimos até a Piazza della Republica, onde estava sendo transmitido o Teleton (auxílio a deficientes físicos). De lá, fomos até a Ponte Vecchio, cheia de gente aguardando um desfile de moda. Acompanhamos o desfile e após fomos até um Internet point, onde ficamos mais de uma hora vendo e respondendo e-mails. Saímos, com um frio de rachar, e jantamos em uma pizzaria supercharmosa (Café des Artists) com birra a spina e pizza de proschiutto, funghi e artichoke. De-li-ci-o-so! No caminho de volta ao hotel, fomos abordados pelo caminhãozinho que faz propaganda do Red Bull, ganhamos 2 latinhas e saímos tomando lépidos e faceiros (Red Bull que te dá AASAAAS..).
Chegamos ao hotel (com calefação nota dez), lavamos roupa, banho e o Marcelo CAIU OUTRO TOMBO NA BANHEIRA!!!! E eu consegui “lascar” a restauração do meu incisivo superior, e agora estou com medo que quebre. Espero que não.
Bom, vou descansar que amanhã será um longo dia...
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