(Trentino-Alto Adige)
(Hotel Garni Snaltnerhof)
É incrível, tenho a impressão que hoje iremos dormir dentro de um conto de fadas... Explico, por etapas.
Acordamos em Veneza após uma longa noite de sono, dia de céu muito azul e frio cortante. Como o hotel não tinha café da manhã (certamente por absoluta falta de espaço para colocar uma sala de café...) saímos para procurar um café, que encontramos fácil e obviamente numa cafeteria, onde eu tomei um capuccino com croissant e o Cello uma cioccolata calda (segundo ele não tão “calda” quanto deveria, mas mesmo assim deliciosa) com um croissant. Voltamos ao hotel onde completamos o café com uma fatia da nossa “tortinha de Domaso” (comprada nesta cidade antes de ir visitar a Suíça). Fizemos o check out e rumamos para a gélida piazza de San Marco para ir pegar o vaporetto.
No vaporetto, já no final do trajeto, fomos para a parte externa do barco para aguardar a nossa estação. MEU DEUS DO CÉU, nunca senti tanto frio na minha vida. Chegava a doer os ouvidos, e a mão, mesmo com luva, estava congelada. Descemos para pegar o carro e descobrimos que apesar (e talvez por isso) do lindo dia de sol e de ser quase meio-dia, a temperatura era de 0°C. Levei mais de trinta minutos para voltar a sentir minhas mãos...
Pegamos a auto-estrada Veneza/Verona e, no caminho, paramos em dois “Auto-Gril” para comprar o CD dos Beatles para dar de presente de Natal para o Magno (no primeiro não tinha).Compramos também diversas “porcarias”: Pringles, bolacha recheada, chocolates, chicletes, balas... Comprei uma bonequinha (a irmã caçula da Barbie) de presente para a Beta. Seguimos em direção a Trento, aonde chegamos por volta das 13h. Tivemos dificuldade de estacionar, e depois de algumas voltas deixamos o carro no parcheggio Centro-Europa.
Fomo até a praça Dante Aligheri, que está toda coberta de gelo. Está havendo uma exposição de Natal, e como ainda não nevou, eles colocam uma máquina de neve (borrifa água que, pela temperatura, congela) fazendo tudo ficar branco, muito bonito. Fotos e almoçamos no Spizzico (da rede Auto Gril) em frente à praça. Comemos o melhor panini da viagem até agora. Depois, saímos comendo picolé Mega Piú, sendo que na rua, mesmo com sol, estavam 4°C! Coisa de louco. Passamos na estação ferroviária para ir ao banheiro e decidimos pegar o carro e ir procurar Verla di Giovo, cidade natal e onde meu pai morava antes de vir para o Brasil.
Até que foi barbada. Seguimos até Lavis (que eu lembrava ser a cidade de onde se subia para ir a Verla) e ali nos perdemos em meio a algumas ruas em obras. Após algumas manobras conseguimos achar a estrada e rapidamente subimos os cerca de 5km que nos separavam de Verla di Giovo. A região toda ainda está sem neve, e com aspecto outonal (árvores sem folhas, vegetação seca). Fotos na estrada, com a placa de Verla. Não tive coragem de bater na casa do Rino, mas tirei uma foto da rua bem embaixo da casa do Rino e do Enzo...Eu não ia conseguir me entender, uma pena, né?
Descemos de volta para estrada e seguimos em direção a Bolzano. As montanhas ainda sem quase nada de neve nos deixaram um pouco decepcionados. Será que nosso natal não vai ter neve? Tá super-frio, mas o tempo seco e ensolarado não permite precipitações. Passado o engarrafamento de Bolzano e já com a noite caindo, desviamos nosso caminho para Val Gardena/Ortisei, que eu lembrava ser um lugar lindo quando o visitamos (no verão) há 15 anos atrás. Primeiro tentamos uma estrada que estava fechada! Após alguns quilômetros havia uma outra estrada, desta vez livre. Subimos bastante em uma estrada sinuosa e o caminho passou a ficar coberto de gelo, não neve, mas um tipo de geada grossa e congelada, com aspecto lindo.
Chegamos a Ortisei já escuro, tudo congelado, inclusive as fontes de água, criando esculturas de gelo.Vários pinheiros de Natal com luzes brancas, como num sonho. Paramos no centro e o primeiro hotel que tentamos não só tinha quartos disponíveis, como o quarto é imenso, o hotel tem restaurante/pizzaria, uma padaria/delicatessen linda ao lado, e o preço é bárbaro (L$ 130.000 = US$ 60,00) com café da manhã. Claro que caiu do céu! O rapaz da recepção é supersimpático, chama-se Peter e nos trouxe 2 copos de cerveja de boas vindas! Ah, esqueci de dizer: lá fora, a temperatura é de –7°C!! Nunca passei tanto frio, a sorte é que dentro dos lugares chega a ser quente demais.
Caminhamos pelas lojinhas do centro. Várias lojas de esculturas de madeira (são o artesanato local) e de artigos para esqui. Tudo muito lindo. Agora vamos descer para jantar no restaurante do hotel. Quero tentar ligar mais tarde lá para casa.
Deu para entender porque do conto de fadas. Arrivederci!
Obs: a janta no Hotel foi E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R! A melhor de todas: minestrone, polenta com funghi e salsicha, vinho e strudel com nata! Indescritível! Total L$ 88.000 (com serviço) mas valeu cada centavo. Depois fomos até o orelhão para ligar para casa (-8°C).
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