(11º dia - Hotel Ibis City Technopark)
Jacque:
Hoje o dia foi extremamente pitoresco:
1- Belas paisagens de lagos suiços;
2- Crise de riso com a “musiquinha” do Marcelo;
3- “Stress” do estacionamento;
4- O “Sr Risadinha” no restaurante;
5- “Grande perdida” em Zurich (e arredores) para reencontrar o hotel
Vamos descrever item por item.
1. Belas paisagens dos lagos suiços
Acordamos e tomamos um gostso café da manhã no Hotel Chertreuse de Thun. No corredor do hotel havia uma bandeija de maçãs e, ao lado, um plaquinha que dizia “An apple a day keeps the doctor away”: levei uma para a viagem…
Saindo do hotel, fomos em direção ao centro antigo, estacionamos e caminhamos pelas ruas vazias de domingo, com o som dos sinos da igreja dobrando. Thun é muito bonitinha, bem estilo alemão de casas tipo enxaimel, ruas calçadas com pedras irregulares e banhada por um belíssimo lago de águas transparentes (o Thunersee). Ficamos um tempo observando os cisnes e patos que “tentavam” voar e “estatelavam-se” na água… Muitas lojas de produtos esotéricos e coisas místicas.
Pegamos o carro, seguimos um pouco e paramos novamente para fotos do lago. É incrível que quase toda volta do lago (que é bem grande) é calçada para que se possa fazer caminhadas, andar de bicicleta, roller ou patinete… muito legal! Continuamos pela maravilhosa rota cênica da beira do Thunersee, comas montanhas nevadas ao fundo (temperatura ±4ºC) até Interlaken, onde apenas passamos de carro pois estava “chuviscando” e já havíamos visitado em 1999. Interlaken, como o nome mesmo diz, é a cidade que fica entre os dois lagos, o Thunersee e o Brienzersee.
Seguimos pela mesma estradinha “podre de cênica”, agora contornando o Brienzersee. Passamos por Brienz, eu queria parar mas o Cello não quis porque estava uma chuvinha “super-mixuruca”, e seguimos adiante… A estrada então subia uma montanha, e a chuvinha virou em uma “nevezinha” muito suave (temp. 3ºC). Passamos por Lungern, outra cidade à beira de uma lago e continuamos na estrada até chegar a Luzern.
Fomos até o centro, colocamos num parking e saímos para passear. A primeira parada foi para almoço no MacDonald’s com McDeluxe (é tri-bom, com molho de mostarde de Dijon) com batata média e refri médio enormes (CHF 10,50 = R$ 17!). De lá, fomos caminhar pela cidade, dia nublado e vento muito frio. Luzern é banhada pelo belo lado Vierwaldstättersee e no cantro antigo tem a linda ponte de madeira (Kappelbrücke) que é o símbolo da cidade.
Muitas ruas e lojas estavam enfeitadas com máscaras, serpentinas, e balões devido ao carnaval e, de tempos em tempos, passávamos por crianças e adultos fantasiados e maquiados para esfiles de carnaval (as pessoas saem fantasiadas para assistirem os desfiles… roupas e máscaras tipo Halloween, bem bacana, sem apelação). Caminhamos pela beira do lago, pelas ruas do centro antigo com os bonitos prédios de paredes pintadas e pela Kappelsbrücke. Passamos novamente no Mac para usar o toilette e depois seguimos o caminho em direção à Zurich. Por duas vezes tivemos que desviar o trajeto na estrada pois nas cidadezinhas a rua principal estava fechada para o carnaval…
Chegamos em Zurich sem indicação de hotel, cidade grande, custamos um pouco para achar o centro (que também acaba na beira do lago, o Zurichsee). Chovendo, demos uma olhada geral e decidimos procurar hotel mais na periferia, pois os centrais seriam muito caros. Saímos em direção à auto-estrada e vimos a indicação de Hotel Ibis (o da rede francesa). Peguei nosso livrinho do Ibis e descobri que haviam três em Zurich, e decidimos tentar ficar no mais central (City Technopark). Apenas com escassas indicações, rodamos bastante mas acabamos achando (o hotel fica junto ao Novotel e ao Etap, da mesma rede). Hotel novo – foi inaugurado há dois anos –com bom preço (CHF 99,00 + parking + früstick)> Largamos as coisas no quarto e saímos em direção ao centro para visitarmos a cidade. Antes de sairmos, o Marcelo tirou a camiseta que estava usando por baixo da blusa de lã pois estava com calor. Aí vem o item 2…
2. Crise de riso com a “musiquinha” do Marcelo
Estamos nós no carro, procurando as indicações do centro e do lago, e o Marcelo começa a cantarolar baixinho (com a melodia da música “Adocica”, do Luís Caldas):
“Ai, pinica, meu amor
Ai, pinica,
Ai, pinica, meu amor
A minha camisa…” (querendo dizer que a camisa de lã estava coçando).
Nem foi engraçado, mas eu tive um terrível ataque de riso convulsivo… chorava de rir, o Marcelo nem conseguia entendero que estava acontecendo…
Chegamos ao centro, haviam diversas indicações de parkings, entramos em uma na entrada de um túnel, que estava com a cancela fechada e paramos para ver como funcionava:
3. “Stress” do estacionamento
Enquanto tentávamos entender como se fazia para abrir acancela do que achávamos ser um parking público, uma voz começou a falar em alemão, muito alto, da “pequena caixinha” que imaginávamos onde seria o lugar de pegar o ticket, o Marcelo falou, em português (?!) algo do tipo “onde abre” e depois perguntou em alemão se falava inglês e a voz berrou “NO PARKING HERE, NO PARKING HERE!”, tomamos um baita susto e saímos de fininho. Conseguimos finalmente estacionar no parking URANIA.
Fomos, então, caminhar pela Banhofstrasse, a principal rua de comércio “chique” e dos grandes bancos de Zurich, com vento frio e razoável movimento, pena que tudo fechado. Seguimos a pé até a beira do lago e atravessamos a ponte sobre o rio Limmat para o bairro universitário, lugar mais alternativo com ruas estreitas, muita gente caminhando e vários restaurantes, bares, cafés, casa noturnas e “inferninhos”. Caminhamos para um “reconhecimento”, passamos pela igreja Grossmünster (estava fechada) e paramos em um internet point para lermos e enviarmos emails (recebi um da Kaká com fotos e tudo) e para o Marcelo enviar A Sopa. Pegamos dois computadores por meia hora (CHF 5,00 = 30min).
Quando saímos já estava escuro, mas eram recém 18h15. Como estava muito frio, caminhamos mais um pouco e vimos que a maioria das pessoas já estava jantando. Optamos por jantar cedo para retornarmos cedo ao hotel.
Escolhemos o italiano Santa Lucia (comida italiana sempre é mais barata…), lugar bonito e quentinho, sentamos em uma mesa junto à janela da rua e em seguida o garçom separou nossa mesa em duas (cerca de dois centímetros uma da outra…) e colocou um “fumante” junto anós…
4. O “Sr Risadinha” no restaurante
Pedimos nossas pizzas, eu quatro queijos e o Cello Santa Lucia e duas Heineken. O cara que sentou ao lado (parecia falar inglês) sentou sozinho, pediu a comida e,cada trinta segundos, tinha um “acesso de riso”. No início achei que ele estava entendendo o que falávamos e ria disso, depois que achei que ele lembrava de alguma coisa muito engraçada (tipo a musiquinha do Marcelo), mas no final percebi que o cara era FORA DA CASINHA mesmo, aquilo era tipo um tique, muito angustiante… Tomamos um café e saímos (conta = CHF 53.00 + gorjeta = 60.00).
Retornamos ao estacionamento com um chuvinha leve e a bela visão das luzes da cidade refletidas no rio Linnat. Saímos com o carro e daí recomeçou o drama.
5. “Grande Perdida” em Zurich a arredores
Não sabíamos, ou lembrávamos, exatamente que caminho fazer para voltar ao hotel. Na primeira tentativa, “erramos feio”: pegamos uma indicação para o aeroporto e acabamos entrando num túnel imenso e, após alguns quilômetros, havíamos saído de Zurich e tivemos que dar algumas voltas para retornar até a cidade. Rodamos por algum tempo ao redor da estação férrea e arrodores, sem sucesso… não achávamos nenhuma posta do hotel. Passamos por ruas desertas, por lugares meio esquisitos, até que – após mais ou menos 45 minutos rodando – por sorte encontramos uma indicação que nos fez achar a pequena placa de rua que indicava o Hotel Ibis e chegar aqui. Exaustos, chegamos para o banho e escrever nossos diários. Na TV passam imagens dos Winter Games de Salt Lake City.
Bom, esse foi o longo dia de hoje.
Estou cansada. Até.
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