(19º dia - Hotel Albergo San Marco 3*)
Jacque:
Foi uma longa noite de sono: como dormimos cedo (21h30), acordei algumas vezes durante a noite e sempre era “ainda cedo”. Acordamos e descemos para o café, “nossa” mesa estava marcada com a plaquinha de quarto 223 e já estava o cardápio da janta pronto para que deixássemos marcados os pratos que gostaríamos. Café simples e gostoso, além do fato de termos acordado com o cheiro de bolo no quarto…
Saímos com o carro após alguns minutos de manobras para retirar o gelo dos vidros, temperatura de –3ºC, dia de céu azul e sol. Nos dirigimos para Brunico onde iríamos fazer câmbio e depois tentar esquiar. Na estrada que liga Cortina a Dobbiaco (1500m de altitude) chegamos a pegar –6ºC (temperatura mais baixa até agora), e depois de Dobbiaco se desce cerca de 1000mts e a neve foi escasseando e a temperatura subiu até +2ºC. No ano passado, em dezembro, havia muito mais neve nessa região.
Chegamos à Brunico com sol e nenhum sinal de neve (estávamos achando que não haveria neve para esquiar em Anterselva). Fomos ao banco e conseguimos ótimo câmbio, sem taxas. Demos mais uma passeada e seguimos para Oberassen/Rasun di Sopra, onde passamos o Natal de 2000, passamos em frente ao “querido” Hotel Andreas Hofer e nada de neve, seguimos então até Anterselva, onde fica o Biathlon Centro de Sci Fondo e Biathlon, onde fizemos nossa única aula de esqui, há um ano atrás. Chegando lá, sorte nossa, havia neve. Muito movimento. Temperatura de 2ºC e calor quando no sol.
Dessa vez, optamos por não ter aula, apenas pegar os esquisa e “se atirar” na neve. Alugamos o equipamento (botas e esquis) a sete euros para cada um, para o dia inteiro.
O início, insegurança total… apesar de estar apenas no plano, não me sentia firme e ficava me desequilibrando. Após alguns minutos, comecei a me sentir progressivamente mais segura, ao menos para andar em linha reta com os esquis e deslizar em micro-descidas. Já o Marcelo, milagrosamente, não caía e estava bem mais firme que no ano passado. Fomos então “nos aventurar” por um caminho até o lago, pois no início estávamos só na área de treino. Como estávamos com muito calor, fomos até o carropara largar as mochilas e algumas peças de roupa.
Foi bem legal, conseguimos nos aocstumar mais e “pegar o jeito” com os esquis, eu consegui andar por cerca de 2h30 sem nenhum tombo, e o Cello só caiu duas vezes sempre como conseqüência de manobras “ousadas”: a primeira vez ele desceu uma “ladeira” em curva e quando chegou no final caiu tentado desviar de outro esquiador; e a segunda quando tentaou subri uma rampa e após alguns passou ele desceu “de ré” e caiu de costas. Foi bem divertido, ainda falta muita agilidade e técnica, mas foi bem melhor que no outro ano… Paramos para almoçar no simpático restaurante do local por volta das 14h30. Tomamos dois chopinhos de 200ml e comemos linguiça com batata e chucrute acompanhado por uma mostarda maravilhosa! Completamos a gostosa refeição com dois capuccinos. Voltamos para esquiar por mais um tempinho e daí decidimos voltar a Cortina para pegarmos o comércio ainda aberto.
Retornamos com temperaturas entre +1 e +4ºC. Deixamos o carro no estacionamento do hotel e fomos dar uma olhada no centro. A grande maioria lojas de grife, muito caras, “não para o nosso bico”, mas comprei dois livros para o pai sobre os Dolomitas e sobre a participação dos italianos da região na Primeira Guerra. Espero que ele goste! Voltamos para o quarto, banho, descanso, ajeitar as malas pois amanhã partimos…
Descemos para jantar às 19h50 e, como já havíamos escolhido o cardápio, só tivemos o trabalho de pedir água mineral (resolvemos abrir mão do vinho essa noite…). Meu primo piatti for melanzana alla parmigiana (berinjela com muito queijo e molho de tomate picante). O Cello pediu sopa de ervilhas que, apesar de gostosa, não se compara à dele. O secondo piatti foi igual para os dois: Saltimboca Romana (vitela coberta com speck e molho madeira mais batata assada e salada – excelente!). A sobremesa, finalmente, foi uma maravilhosa torta de ricotta para mim e sorvete de chocolate para o Cello.
Tudo muito gostoso, pena que amanhã daremos adeus à Cortina D’Ampezzo.
Buonna notte.
Perdidos na Espace
Histórias de viagem e fotos não necessariamente de viagem...
Tuesday, August 12, 2008
Monday, August 04, 2008
17/02/02 – Cortina, D’Ampezzo, Itália
(18º dia - Hotel Albergo San Marco 3*)
Marcelo:
Tudo deu muito certo. E, para compensar os 600km rodados ontem, hoje rodamos bem pouco, cerca de 150km, saindo de Pordenone e acabando em Cortina. Foi assim:
Após tomar o café da manhã no Hotel Best Western de Pordenone, saímos para caminhar pela cidade. Segundo o Guia Visual Folha de São Paulo, a cidade é composta por apenas uma rua, a Corso Vittorio Emmanuelle II, uma longa rua que é margeada por belas casas com arcadas de tijolo rosa. A rua termina no Pallazzo Comunale, que fica próximo a Duomo, que tem um campanário imponente. No Pallazzo Comunale, ainda, há a torre do relógio, do século XVI.
De volta ao hotel, checkout e estrada. Saímos em direção a Oderzo, após a Conegliano, Vittorio Veneto (cittá gemelata com Criciúma e São Caetano do Sul). Em Vittorio Veneto, pegamos a S51, em parte cênica, que leva direto à Cortina D’Ampezzo, a principal estação de esqui da Itália, onde chegamos pouco depois do meio-dia. Estacionamos num parking público e decidimos procurar hotel. Rapidamente encontramos o aconchegante e não exageradamente caro Hotel San Marco. O quarto amplo, aquecido e com um grande vista para o vale. Busquei o carro e o estacionei no estacionamento privativo do hotel, gratuito. Quando saímos do carro, começou a nevar, neve essa que aumentou a ponto de transformar a vista do quarto do hotel uma paisagem de sonho. Como era hora da siesta, a cidade estava vazia.
Caminhamos um tempo sob a neve que caí incessamente até encontrar um bar aberto, onde almoçamos mini-pizzas com capuccino de tiramisu de sobremesa. De volta ao hotel, ficamos mais umas duas horas de bobeira até que a neve parou. Não estava muito frio, cerca de 2 ou 3ºC, e, por volta das 17 horas saímos para a rua para telefonar para as famílias. Tudo bem no Brasil, tudo bem em Cortina. Muitas (MUITAS!) pessoas andando nas ruas, crianças brincando na neve enquanto anoitecia.
Voltamos ao hotel e ficamos acompanhando as Olimpíadas de Inverno pela RAI TRE, torcendo junto com os locutores. Isso enquanto tomávamos um bom vinho do Friule, safra 2000. Tomamos toda a garrafa. A janta, no hotel, começava às 19h30. Às 19h45 descemos e – como esperado – havia uma mesa reservada para nós. Servida à francesa, tinha entrada (crème de cogumelos), prato principal (carne) e sobremesa, à escolha. Juntos, pedimos vinho, e tomamos a segunda garrafa rapidinho. Voltamos ao quarto bem risonhos e, ao deitar, fiquei até meio tonto. Tomei um Dramin e fui dormir esperando não acordar de ressaca porque amanhã teria esqui em Anterselva (boa e velha Rasun di Sopra).
Até.
Marcelo:
Tudo deu muito certo. E, para compensar os 600km rodados ontem, hoje rodamos bem pouco, cerca de 150km, saindo de Pordenone e acabando em Cortina. Foi assim:
Após tomar o café da manhã no Hotel Best Western de Pordenone, saímos para caminhar pela cidade. Segundo o Guia Visual Folha de São Paulo, a cidade é composta por apenas uma rua, a Corso Vittorio Emmanuelle II, uma longa rua que é margeada por belas casas com arcadas de tijolo rosa. A rua termina no Pallazzo Comunale, que fica próximo a Duomo, que tem um campanário imponente. No Pallazzo Comunale, ainda, há a torre do relógio, do século XVI.
De volta ao hotel, checkout e estrada. Saímos em direção a Oderzo, após a Conegliano, Vittorio Veneto (cittá gemelata com Criciúma e São Caetano do Sul). Em Vittorio Veneto, pegamos a S51, em parte cênica, que leva direto à Cortina D’Ampezzo, a principal estação de esqui da Itália, onde chegamos pouco depois do meio-dia. Estacionamos num parking público e decidimos procurar hotel. Rapidamente encontramos o aconchegante e não exageradamente caro Hotel San Marco. O quarto amplo, aquecido e com um grande vista para o vale. Busquei o carro e o estacionei no estacionamento privativo do hotel, gratuito. Quando saímos do carro, começou a nevar, neve essa que aumentou a ponto de transformar a vista do quarto do hotel uma paisagem de sonho. Como era hora da siesta, a cidade estava vazia.
Caminhamos um tempo sob a neve que caí incessamente até encontrar um bar aberto, onde almoçamos mini-pizzas com capuccino de tiramisu de sobremesa. De volta ao hotel, ficamos mais umas duas horas de bobeira até que a neve parou. Não estava muito frio, cerca de 2 ou 3ºC, e, por volta das 17 horas saímos para a rua para telefonar para as famílias. Tudo bem no Brasil, tudo bem em Cortina. Muitas (MUITAS!) pessoas andando nas ruas, crianças brincando na neve enquanto anoitecia.
Voltamos ao hotel e ficamos acompanhando as Olimpíadas de Inverno pela RAI TRE, torcendo junto com os locutores. Isso enquanto tomávamos um bom vinho do Friule, safra 2000. Tomamos toda a garrafa. A janta, no hotel, começava às 19h30. Às 19h45 descemos e – como esperado – havia uma mesa reservada para nós. Servida à francesa, tinha entrada (crème de cogumelos), prato principal (carne) e sobremesa, à escolha. Juntos, pedimos vinho, e tomamos a segunda garrafa rapidinho. Voltamos ao quarto bem risonhos e, ao deitar, fiquei até meio tonto. Tomei um Dramin e fui dormir esperando não acordar de ressaca porque amanhã teria esqui em Anterselva (boa e velha Rasun di Sopra).
Até.
Friday, February 01, 2008
16/02/02 – Pordenone, Itália
(17º dia - Park Hotel 3*)
Jacque:
Voltamos à Itália e, apesar de tudo, deixamos a Áustria sem ressentimentos (explicações a seguir na narrativa…).
Acordamos em Viena e tomamos nosso café-da-manhã “bandeijão” ótimo, exceto pelo leite (de máquina) que é um tipo de Molico “ainda mais aguado”, ou seja, impossível de beber. Troquei, então por um chá…
Arrumamos nossas coisa, fizemos o check-out e fomoe embora com Viena numa manhã de pouco sol (com um tipo de neblina) e temperatura em torno dos 2 ou 3ºC. Paramos para abastecer, afinal o diesel na Áustria foi o mais barato que encontramos até aqui ( 1 litro = 0,668 Eur). Completamos o tanque com 22,53 litros e saímos de Viena pela 17 (colateral da Autobahn A2), lentamente, afinal ela passa por diversas cidadezinhas, e – no terço final até Graz – andamos pela própria A2, sempre com céu nublado e temperatura de 2ºC.
Entramos em Graz, a segunda maior cidade da Áustria mas considerada “pouco turística”. Visitamos o “Centro Antigo” (Altstadt), de muito movimento nas ruazinhas para pedestres com calçamento de pedra, cheias de lojas, cafés e inclusive músicos tocando na rua. Graz será a capital cultural da Europa em 2003, e por essa razão há muitas obras pela cidade, incluindo uma estátua similar à Estátua da Liberdade para marcar o evento (esse monumento ainda está na fase inicial, em sua estrutra metálica).
Após nossa pequena volta, saímos de Graz (cidade onde nasceu o ator Arnold Schwarzenegger, que dá nome ao estádio de futebol local). Nossa saída foi – mais uma vez – por uma estrada menor (nº 70), que teria trechos cênicos. Paramos para almoçar num MacDonald’s em Rosental, ao lado do que parecia ser uma usina nuclear (pelo menos tinha a torre de resfriamento). Eu comi um Menu Dobble fisch-Mac e o Cello um McCountry Deluxe. Na saída, aionda pegamos um caffe-latte grande para a viagem, o que já virou tradição.
Começamos a subir por uma rota cênica montanha acima, na neve. Subida muito bonita, com árvores cobertas de neve e queda da temperatura para –1ºC. Aos poucos fomos nos dando conta que começou a nevar, timidamente no início e aumentando de intensidade aos poucos, começando a cobrir tudo de branco… belíssimo!
A altura máxima que chegamos dois em Packsattel, uma passagem de montanha a 1169m de altitude, com temperatura de –4ºC, a menor até agora na viagem. Paramos para tirar fotos na estrada com a neve caindo, coloquei o tripé e a máquina em cima do carro, ligada no automático. Quando eu desci do carro, a máquina “voou” para o chão e se “estatelou” no asfalto. Tomamos o maior susto, achei que tionha quebrado… a bateria saltou longe, a lente ficou semi-aberta, mas, para nossa sorte, o compartimento do filme ficou intacto. Após recolocar a bateria e secá-la, voltou a funcionar perfeitamente. E tiramos a foto!
A neve começopu a ficar cada vez mais intensa, o que realmente é um espetáculo belíssimo, tudo branco… as árvores, os carros, a estrada, e esse é o porém, afinal o perigo aumenta! Com a neve bem intensa (estávamos, como disse, em uma estrada menor, colateral) começamos uma “subidinha” com o carro e este começou a derrapar muito. Apareceu no visor do computador de bordo o desenho de um carro “derrapando”… Tornou-se impossível seguir em frente, o carro patinava e não andava, e não adiantava acelerar. Ansiedade! Chegamos a pensar que teríamos que ficar ali até o limpa neve passar. Mas como não havia nenhum outro carro na estrada, o Celllo conseguiu deixar o carro descer de ré um pouco e com cuidado, e conseguiu manobrar na estrada e dar meia-volta. Voltamos “na ponta dos dedos” até a cidadezinha de St Andre, onde havia acesso para a auto-estrada A2.
O trânsito na A2 estava lento mas tranqüilo devido à neve e à neblina. Tudo branco, e de tempos em tempos passavam caminhões limpa-neve, o que tornava o trajeto bastante seguro. Temperatura se mantinha entre –2 e 0ºC. Um pouco antes de Klagenfurt entramos em uma Rast statation (posto + restaurante + lojinha) para irmos ao banheiro. Ainda nevava bastante. Ao estacionarmos e sairmos do carro, saiu de uma van um policial que disse ser da aduana. Aduana?!
Não entendemos nada, e pedimos que falasse em inglês, please. Disse ser da polícia aduaneira e solicitou nossos passaportes e documentos do carro. Ficamos desconfiados, pois não estávamos ainda próximos a nenhuma fronteira (ou será que nos perdêramos e estava na Eslovênia?). Depois de conferir nossos documentos, pediou para mostrarmos o selo de permissão para circularmos de carro pelas auto-estradas austríacas, o que – óbvio – não tínhamos e nem sabíamos que era preciso… só depois o Marcelo lembrou que não viagem dos Perdidos, em 1999, havíamos comprado esse selo…
O policial, então, nos idsse que precisávamos comprar para seguir adiante, e somado à multa, nos saiu pela bagatela de Eur 120,00! E ainda tínhamos que deixar a Áustria em vinte e quatro horas. Por isso resolvemos deixar a Áustria o quanto antes. O pior de tudo é que faltavam menos de duas horas de viagem para sair do país (e na frointeira com a Itália nem pediram documentos). Ou seja, se não fosse pela parada para ir ao banheiro, nada disso teria acontecido (foi o “xixi” mais caro de nossas vidas). Saímos “emburrados” e decidimos passar por for a de Klagenfurt e chegar na Itália o mais breve possível, pela própria A2. Entramos na Itália já anoitecendo e sem neve.
Seguimos pela A23, que cruzou a fronteira em Arnolstein,e fomos em direção à Udine (cerca de 70km). Passamos por um pedágio (Eur 4,90), mas o “tio” queria tanto troco em moedas que acabou se atrapalhando e nos devolvendo um euro a mais, o que só percebemos quando já tínhamos saído da praça de pedágio. Chegamos em Udine por volta das 19h, noite de sábado, grande movimento de carro. Pelo Guia da Folha de São Paulo, Udine não tem grandes atrativos, e foi essa a impressão (bem superficial) que tivemos durante nosso passeio de carro pela cidade. O mais intrigante é que vimos pouquíssimas indicações de hotel, e todos 2 ou 3 estrelas, bem “fraquinhos”.. A única atração de Udine deve ter sido o Zico, quando jogou lá… ah, passamos pelo estádio Friuli, da Udinese. Acabamos desistindo de Udine e seguindo mais uns 50km até Pordenone, que tinha indicação do Park Hotel pelo guia de hotéis da rede Best Western.
Pordenone é uma pequena cidade cujo nome é uma homenagem ao pintor Il Pordenone (1484-1539), artista da região. Circulamos um pouco até achar o hotel bem central, com quartos confortáveis e recém reformados. Diária de 85 euros com café-da-manhã e estacionamento. Nos instalamos e saímos para jantar. Grande movimento de pessoas para uma cidade pequena. Jantamos num bonito restaurante (“Al Cattina”), onde comemos duas pizzas por 8 euros cada e dois chopps de 400ml, num total de 30 euros, inlcuída a gorjeta.
Volteio tão cansada para o hotel que não consegui escrever o relato completo do dia, que só terminei no dia seguinte, no carro, a caminho de Cortina D’Ampezzo.
Até mais.
Jacque:
Voltamos à Itália e, apesar de tudo, deixamos a Áustria sem ressentimentos (explicações a seguir na narrativa…).
Acordamos em Viena e tomamos nosso café-da-manhã “bandeijão” ótimo, exceto pelo leite (de máquina) que é um tipo de Molico “ainda mais aguado”, ou seja, impossível de beber. Troquei, então por um chá…
Arrumamos nossas coisa, fizemos o check-out e fomoe embora com Viena numa manhã de pouco sol (com um tipo de neblina) e temperatura em torno dos 2 ou 3ºC. Paramos para abastecer, afinal o diesel na Áustria foi o mais barato que encontramos até aqui ( 1 litro = 0,668 Eur). Completamos o tanque com 22,53 litros e saímos de Viena pela 17 (colateral da Autobahn A2), lentamente, afinal ela passa por diversas cidadezinhas, e – no terço final até Graz – andamos pela própria A2, sempre com céu nublado e temperatura de 2ºC.
Entramos em Graz, a segunda maior cidade da Áustria mas considerada “pouco turística”. Visitamos o “Centro Antigo” (Altstadt), de muito movimento nas ruazinhas para pedestres com calçamento de pedra, cheias de lojas, cafés e inclusive músicos tocando na rua. Graz será a capital cultural da Europa em 2003, e por essa razão há muitas obras pela cidade, incluindo uma estátua similar à Estátua da Liberdade para marcar o evento (esse monumento ainda está na fase inicial, em sua estrutra metálica).
Após nossa pequena volta, saímos de Graz (cidade onde nasceu o ator Arnold Schwarzenegger, que dá nome ao estádio de futebol local). Nossa saída foi – mais uma vez – por uma estrada menor (nº 70), que teria trechos cênicos. Paramos para almoçar num MacDonald’s em Rosental, ao lado do que parecia ser uma usina nuclear (pelo menos tinha a torre de resfriamento). Eu comi um Menu Dobble fisch-Mac e o Cello um McCountry Deluxe. Na saída, aionda pegamos um caffe-latte grande para a viagem, o que já virou tradição.
Começamos a subir por uma rota cênica montanha acima, na neve. Subida muito bonita, com árvores cobertas de neve e queda da temperatura para –1ºC. Aos poucos fomos nos dando conta que começou a nevar, timidamente no início e aumentando de intensidade aos poucos, começando a cobrir tudo de branco… belíssimo!
A altura máxima que chegamos dois em Packsattel, uma passagem de montanha a 1169m de altitude, com temperatura de –4ºC, a menor até agora na viagem. Paramos para tirar fotos na estrada com a neve caindo, coloquei o tripé e a máquina em cima do carro, ligada no automático. Quando eu desci do carro, a máquina “voou” para o chão e se “estatelou” no asfalto. Tomamos o maior susto, achei que tionha quebrado… a bateria saltou longe, a lente ficou semi-aberta, mas, para nossa sorte, o compartimento do filme ficou intacto. Após recolocar a bateria e secá-la, voltou a funcionar perfeitamente. E tiramos a foto!
A neve começopu a ficar cada vez mais intensa, o que realmente é um espetáculo belíssimo, tudo branco… as árvores, os carros, a estrada, e esse é o porém, afinal o perigo aumenta! Com a neve bem intensa (estávamos, como disse, em uma estrada menor, colateral) começamos uma “subidinha” com o carro e este começou a derrapar muito. Apareceu no visor do computador de bordo o desenho de um carro “derrapando”… Tornou-se impossível seguir em frente, o carro patinava e não andava, e não adiantava acelerar. Ansiedade! Chegamos a pensar que teríamos que ficar ali até o limpa neve passar. Mas como não havia nenhum outro carro na estrada, o Celllo conseguiu deixar o carro descer de ré um pouco e com cuidado, e conseguiu manobrar na estrada e dar meia-volta. Voltamos “na ponta dos dedos” até a cidadezinha de St Andre, onde havia acesso para a auto-estrada A2.
O trânsito na A2 estava lento mas tranqüilo devido à neve e à neblina. Tudo branco, e de tempos em tempos passavam caminhões limpa-neve, o que tornava o trajeto bastante seguro. Temperatura se mantinha entre –2 e 0ºC. Um pouco antes de Klagenfurt entramos em uma Rast statation (posto + restaurante + lojinha) para irmos ao banheiro. Ainda nevava bastante. Ao estacionarmos e sairmos do carro, saiu de uma van um policial que disse ser da aduana. Aduana?!
Não entendemos nada, e pedimos que falasse em inglês, please. Disse ser da polícia aduaneira e solicitou nossos passaportes e documentos do carro. Ficamos desconfiados, pois não estávamos ainda próximos a nenhuma fronteira (ou será que nos perdêramos e estava na Eslovênia?). Depois de conferir nossos documentos, pediou para mostrarmos o selo de permissão para circularmos de carro pelas auto-estradas austríacas, o que – óbvio – não tínhamos e nem sabíamos que era preciso… só depois o Marcelo lembrou que não viagem dos Perdidos, em 1999, havíamos comprado esse selo…
O policial, então, nos idsse que precisávamos comprar para seguir adiante, e somado à multa, nos saiu pela bagatela de Eur 120,00! E ainda tínhamos que deixar a Áustria em vinte e quatro horas. Por isso resolvemos deixar a Áustria o quanto antes. O pior de tudo é que faltavam menos de duas horas de viagem para sair do país (e na frointeira com a Itália nem pediram documentos). Ou seja, se não fosse pela parada para ir ao banheiro, nada disso teria acontecido (foi o “xixi” mais caro de nossas vidas). Saímos “emburrados” e decidimos passar por for a de Klagenfurt e chegar na Itália o mais breve possível, pela própria A2. Entramos na Itália já anoitecendo e sem neve.
Seguimos pela A23, que cruzou a fronteira em Arnolstein,e fomos em direção à Udine (cerca de 70km). Passamos por um pedágio (Eur 4,90), mas o “tio” queria tanto troco em moedas que acabou se atrapalhando e nos devolvendo um euro a mais, o que só percebemos quando já tínhamos saído da praça de pedágio. Chegamos em Udine por volta das 19h, noite de sábado, grande movimento de carro. Pelo Guia da Folha de São Paulo, Udine não tem grandes atrativos, e foi essa a impressão (bem superficial) que tivemos durante nosso passeio de carro pela cidade. O mais intrigante é que vimos pouquíssimas indicações de hotel, e todos 2 ou 3 estrelas, bem “fraquinhos”.. A única atração de Udine deve ter sido o Zico, quando jogou lá… ah, passamos pelo estádio Friuli, da Udinese. Acabamos desistindo de Udine e seguindo mais uns 50km até Pordenone, que tinha indicação do Park Hotel pelo guia de hotéis da rede Best Western.
Pordenone é uma pequena cidade cujo nome é uma homenagem ao pintor Il Pordenone (1484-1539), artista da região. Circulamos um pouco até achar o hotel bem central, com quartos confortáveis e recém reformados. Diária de 85 euros com café-da-manhã e estacionamento. Nos instalamos e saímos para jantar. Grande movimento de pessoas para uma cidade pequena. Jantamos num bonito restaurante (“Al Cattina”), onde comemos duas pizzas por 8 euros cada e dois chopps de 400ml, num total de 30 euros, inlcuída a gorjeta.
Volteio tão cansada para o hotel que não consegui escrever o relato completo do dia, que só terminei no dia seguinte, no carro, a caminho de Cortina D’Ampezzo.
Até mais.
15/02/02 – Viena, Áustria
(16º dia - Hotel Ibis - Mariahilf)
Marcelo:
Há muitos anos atrás, decidi que - se um dia eu morasse na Europa – moraria em Viena, cidade que eu só fui conhecer pessoalmente ontem. Por que Viena, então? Talvez pela fama da cidade: ópera, a música clássica, os cafés, Freud. Hoje eu teria uma resposta simples para esta pergunta: Viena é a cidade mais linda do mundo.
OK, eu não conheço TODAS as cidades para afirmar isso. Praga, por exemplo, dizem que é maravilhosa, assim como Budapeste. Mesmo assim, eu afirmo com tranquilidade que Viena é a mais bela, ou – concessão – uma das mais belas. Que cidade teria, a poucos metros de distância, estátuas de Mozart e Goethe? Os museus, os jardins, os parques? Viena tem muitos jardins e parques, e também transpira música.
Conheci a cidade num dia de céu profundamente azul, sem nuvens. Frio, muito frio. Caminhamos por toda a cidade dentro do inner ring. Começamos pelo Kunsthistorieche Museum, visitando o acervo complosto pelo que era a coleção de arte dos Habsburgos. Aliás, grande Habsburgos! No museu ainda, visitamos a exposição “Ouro do Faraó”. Saindo do museu, fomos ao Burgarten (fotos com Mozart e Goethe), seguindo para o Teatro da Ópera (La Traviata, hoje, 15/02, SOLD OUT). Pela Karintnerstrasse, fomos até a Stephenplatz para fotografar a Dom.
Após rápido passeio por ali, seguimos em direção ao Staadtpark e, passando pela Schwazembergplatz, até o Schloss Belvedere, que tem um grande jardim que na primavera e verão fica repleto de flores, ausentes agora devido ao inverno. Nosso roteiro de visitas seguiu voltando à Karintnerstrasse (com almoço no McDonald’s) e à Mariahilfstrasse. Isso já eram quase 16h. Pequena parada para compras. Após, nos separamos. Eu, internet café. Jacque, hotel. Nos encontramos de volta ao hotel para mais tarde ir jantar.
Descobrimos, hoje, que o rink de patinação fica normalmente em frente à Prefeitura (Rathaus, Hotel de Ville). Lá, barraquinhas onde tomamos quentão (glüchwein).
A Janta, no Pizza Hut aqui perto, foi com pressa porque o restaurante ia fechar. Na saída, fomos no McDonald’s pegar o café e – como este demorava – ganhamos como compensação uma torta de banana.
Resumindo muito, o dia foi assim.
Sono.
Amanhã, adeus Viena e retorno ao oeste velho de guerra. Não sei de onde escreverei.
Tchau.
Marcelo:
Há muitos anos atrás, decidi que - se um dia eu morasse na Europa – moraria em Viena, cidade que eu só fui conhecer pessoalmente ontem. Por que Viena, então? Talvez pela fama da cidade: ópera, a música clássica, os cafés, Freud. Hoje eu teria uma resposta simples para esta pergunta: Viena é a cidade mais linda do mundo.
OK, eu não conheço TODAS as cidades para afirmar isso. Praga, por exemplo, dizem que é maravilhosa, assim como Budapeste. Mesmo assim, eu afirmo com tranquilidade que Viena é a mais bela, ou – concessão – uma das mais belas. Que cidade teria, a poucos metros de distância, estátuas de Mozart e Goethe? Os museus, os jardins, os parques? Viena tem muitos jardins e parques, e também transpira música.
Conheci a cidade num dia de céu profundamente azul, sem nuvens. Frio, muito frio. Caminhamos por toda a cidade dentro do inner ring. Começamos pelo Kunsthistorieche Museum, visitando o acervo complosto pelo que era a coleção de arte dos Habsburgos. Aliás, grande Habsburgos! No museu ainda, visitamos a exposição “Ouro do Faraó”. Saindo do museu, fomos ao Burgarten (fotos com Mozart e Goethe), seguindo para o Teatro da Ópera (La Traviata, hoje, 15/02, SOLD OUT). Pela Karintnerstrasse, fomos até a Stephenplatz para fotografar a Dom.
Após rápido passeio por ali, seguimos em direção ao Staadtpark e, passando pela Schwazembergplatz, até o Schloss Belvedere, que tem um grande jardim que na primavera e verão fica repleto de flores, ausentes agora devido ao inverno. Nosso roteiro de visitas seguiu voltando à Karintnerstrasse (com almoço no McDonald’s) e à Mariahilfstrasse. Isso já eram quase 16h. Pequena parada para compras. Após, nos separamos. Eu, internet café. Jacque, hotel. Nos encontramos de volta ao hotel para mais tarde ir jantar.
Descobrimos, hoje, que o rink de patinação fica normalmente em frente à Prefeitura (Rathaus, Hotel de Ville). Lá, barraquinhas onde tomamos quentão (glüchwein).
A Janta, no Pizza Hut aqui perto, foi com pressa porque o restaurante ia fechar. Na saída, fomos no McDonald’s pegar o café e – como este demorava – ganhamos como compensação uma torta de banana.
Resumindo muito, o dia foi assim.
Sono.
Amanhã, adeus Viena e retorno ao oeste velho de guerra. Não sei de onde escreverei.
Tchau.
Wednesday, June 13, 2007
14/02/02 – Viena, Áustria
(15º dia - Hotel Ibis - Mariahilf)
Jacque:
Frio, frio, muito frio! Não tínhamos sentido muito frio em nenhum dia da viagem (quando comparamos ao “Natal na Neve”), mas hoje o frio nos pegou de surpresa…
Acordamos em Salzburg, nos arrumamos e descemos para o café, que foi gostoso, exceto pelo café – que estava morno – e o suco, muito doce (na minha opinião, claro, porque o Marcelo achou “o melhor suco da viagem”). Fizemos o checkout e voltamos ao centro para visitarmos o jardim do Mirabel Schloss, que está com bem menos flores que o usual por ser inverno (no verão as roseiras ficam muito lindas).
Depois da visita, com o trânsito caótico e as ruas muito estreitas do do centro de Salzburg, tentamos ir até a Abadia de Monnberg, onde viveu Maria Von Trapp e foram gravadas cenas de “A Noviça Rebelde”. Impossível, por causa do trânsito infernal (engarrafamento). Demos meia volta e seguimos nosso roteiro que passaria por Hallstadt (a que não conseguimos visitar ontem) e depois seguir direto até Viena.
A temperatura em Salzburg era 4ºC, nublado e com um ventinho gelado… Conforme pegamos a estrada, surgiu um pouco de neblina, nuvens pesadas e temperatura variando de 2 a 4ºC. Saímos pela 145, no tradicional trajeto estrada pequena – cidadezinhas – lagos – subidas sinuosas – neve, sempre bonito mesmo com o dia nublado.
Chegamos à pequena Hallstat, cidade que fica à beira do lago (o belíssimo Hallstättersee) de água muito transparente. A cidade fica “encrustada” na montanha e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997. É um pequeno vilarejo que existe desde a Roma Antiga e, provavelmente, desde a era dos celtas. Conhecida por suas minas de sal (o ouro branco dos romanos). Deviso ao solo muito rico em sal, a conservação de ossadas humanas e de ruínas é muito boa (foi como provaram que já era habitada desde 800 ac.
Estacionamos e saímos do carro. Muito frio e umidade (cerca de 2ºC, com neve nas ruas). Caminhamos pela bela beira do lago com a cidade quase deserta, exceto por alguns poucos turistas ocasionais. Nesta época do ano quase todas as hospedarias e restaurantes estão fechados (fora de temporada).
Fomos até o “micro-centro” da cidade (uma pequena praça com 2 restaurantes e cerca de quatro lojas) e entramos em um café para nos aquecermos. Tomamos 2 capuccinos e 2 fatias de “Kirschrahmnstrudel” wärme, traduzindo: strudel de cereja quente: de-li-ci-o-so! Pedimos o de maçã mas não tinha, e a de cereja estava um show! Saímos “quentinhos” e satisfeitos, e voltamos até o parking para seguir o nosso longo caminho até Viena. Optamos por seguir por auto-estrada para ganharmos tempo. Pegamos algumas estrada menores até chegarmos à A2, que nos trouxe até aqui.
No caminho, chuva, frio e temperatura oscilando, até que em uma subida a chuva virou um “neve fininha” que aos poucos foi pintando de branco as árvores, casas, ruas (muito lindo, parece ter sido “polvilhado” com açúcar de confeiteiro…). A temperatura chegou a –2ºC, o mínimo até agora na viagem.
Chegamos na imensa cidade de Viena com poucos indicações de nossos mapas. Já havia parado a chuva e a neve, mas a temperatura mantinha-se entre 3-4ºC. Como os hotéis centrais seria caros e de difícil acesso, optamos por procurar o Ibis, que tem um preço moderado, estacionamento e que já tínhamos o endereço. A cidade é muito bem sinalizada, portanto não foi muito difícil encontrar a Maria Hilf Gürtel, uma grande avenida periférica que circunda a cidade. Encontramos o imenso Ibis (tem 341 quartos!) com diária de € 97,00 com café da manhã (+ € 8,00 de parking). Decidimos ficar dois dias. Quarto confortável, aquecimento central.
O Marcelo ficou lendo o guia da Áustria enquanto eu tomei banho e me preparei para sairmos. Descemos até a recepção, pegamos um mapa mais completo da cidade e a recepcionista disse que poderíamos chegar ao centro com o metrô linha U3. Saímos meio perdidos (acabemos tendo que voltar até o quarto pois eu esqueci meus óculos) e fomos pela imensa Mariahilf gürtel até a estação de metrô. Chegamos até a comprar um cartão de 4 viagens (pensamos que eram quatro tickets “separados”, como em Paris, mas é um cartão para 4 viagens, único – para uma pessoa) e não tínhamos conseguido “nos achar” no mapa do metrô, acabamos desistindo e seguindo a pé até a Mariahilfstrasse, uma extensa rua de comércio com milhares de lojas e fast foods e muitos letreiros luminosos, que segue até o “ring” do centro histórico de Viena. Frio, muito frio!
Vento gelado no rosto, orelhas congelando, mãos frias (mesmo de luva) e perda progressiva da sensibilidade das coxas (pois eu não coloquei meia-calça por baixo das minhas calças!!…). Seguimos este longo trecho a pé, até chegarmos o tal “ring” do centro. Paramos novamente para conferir o mapa e seguimos com muito frio mas extasiados com os belíssimos prédios, fontes, esculturas, museus, tudo extremamente bem iluminado e destacado, impecável. Passamos pelo museu de história natural e o Kunsthistoriche (prédios fabulosos) pelo Burggarten (onde estão as estátuas de Mozart e Goethe – já estava fechado. Seguimos pela Kärntmerstrasse (para pedestres) até a Stephenplatz onde está a belíssima catedral gótica (com telhado de mosaicos coloridos) a Stephensdom. Entramos na hora que estava sendo celebrada a missa pelo Bispo (+3-4 padres e 3-4 diáconos)!, lindíssimo. Altar coberto por cortina roxa pela quaresma. Seguimos pela rua onde está a bonita coluna da peste, pela Saint Peter’s Kirche (e pelo café Lehmann).
Já quase congelados, entramos no Bistrô El Tempo para o nosso Valentine’s Day Dinner. Pedimos 2 minestrones de entrada (porção pequena), 2 cervejinhas de 500ml (tradição dos últimos dias) e após o Cello comeu spaghetti bolognesa e eu penne arabiata, com molho vermelho e MUITA pimenta. No início “queimou” minha língua e, depois, já acostumada, foi ótimo, pois o frio desapareceu! Saiu € 27,00 e deixamos € 3,00 de gorjeta.
Saímos então para o longo e frio caminho de volta. Voltamos cruzando pelo “meio” dos prédios mais bonitos e famosos de Viena que, se não fosse pelo frio, valia a pena sentar-se em um banco de praça e ficar admirando os prédios iluminados! Voltamos até a Mariahilfstrasse, passamos no McDonald’s e pegamos 2 copos de caffe latte grandes para viagem (cerca de 300ml cada) e saímos tomando nosso caminho de volta… o frio dissipou-se gradativamente…
Agora é hora de descansar pois amanhã temos aproveitar o máximo desta cidade lindíssima…
Até.
Jacque:
Frio, frio, muito frio! Não tínhamos sentido muito frio em nenhum dia da viagem (quando comparamos ao “Natal na Neve”), mas hoje o frio nos pegou de surpresa…
Acordamos em Salzburg, nos arrumamos e descemos para o café, que foi gostoso, exceto pelo café – que estava morno – e o suco, muito doce (na minha opinião, claro, porque o Marcelo achou “o melhor suco da viagem”). Fizemos o checkout e voltamos ao centro para visitarmos o jardim do Mirabel Schloss, que está com bem menos flores que o usual por ser inverno (no verão as roseiras ficam muito lindas).
Depois da visita, com o trânsito caótico e as ruas muito estreitas do do centro de Salzburg, tentamos ir até a Abadia de Monnberg, onde viveu Maria Von Trapp e foram gravadas cenas de “A Noviça Rebelde”. Impossível, por causa do trânsito infernal (engarrafamento). Demos meia volta e seguimos nosso roteiro que passaria por Hallstadt (a que não conseguimos visitar ontem) e depois seguir direto até Viena.
A temperatura em Salzburg era 4ºC, nublado e com um ventinho gelado… Conforme pegamos a estrada, surgiu um pouco de neblina, nuvens pesadas e temperatura variando de 2 a 4ºC. Saímos pela 145, no tradicional trajeto estrada pequena – cidadezinhas – lagos – subidas sinuosas – neve, sempre bonito mesmo com o dia nublado.
Chegamos à pequena Hallstat, cidade que fica à beira do lago (o belíssimo Hallstättersee) de água muito transparente. A cidade fica “encrustada” na montanha e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1997. É um pequeno vilarejo que existe desde a Roma Antiga e, provavelmente, desde a era dos celtas. Conhecida por suas minas de sal (o ouro branco dos romanos). Deviso ao solo muito rico em sal, a conservação de ossadas humanas e de ruínas é muito boa (foi como provaram que já era habitada desde 800 ac.
Estacionamos e saímos do carro. Muito frio e umidade (cerca de 2ºC, com neve nas ruas). Caminhamos pela bela beira do lago com a cidade quase deserta, exceto por alguns poucos turistas ocasionais. Nesta época do ano quase todas as hospedarias e restaurantes estão fechados (fora de temporada).
Fomos até o “micro-centro” da cidade (uma pequena praça com 2 restaurantes e cerca de quatro lojas) e entramos em um café para nos aquecermos. Tomamos 2 capuccinos e 2 fatias de “Kirschrahmnstrudel” wärme, traduzindo: strudel de cereja quente: de-li-ci-o-so! Pedimos o de maçã mas não tinha, e a de cereja estava um show! Saímos “quentinhos” e satisfeitos, e voltamos até o parking para seguir o nosso longo caminho até Viena. Optamos por seguir por auto-estrada para ganharmos tempo. Pegamos algumas estrada menores até chegarmos à A2, que nos trouxe até aqui.
No caminho, chuva, frio e temperatura oscilando, até que em uma subida a chuva virou um “neve fininha” que aos poucos foi pintando de branco as árvores, casas, ruas (muito lindo, parece ter sido “polvilhado” com açúcar de confeiteiro…). A temperatura chegou a –2ºC, o mínimo até agora na viagem.
Chegamos na imensa cidade de Viena com poucos indicações de nossos mapas. Já havia parado a chuva e a neve, mas a temperatura mantinha-se entre 3-4ºC. Como os hotéis centrais seria caros e de difícil acesso, optamos por procurar o Ibis, que tem um preço moderado, estacionamento e que já tínhamos o endereço. A cidade é muito bem sinalizada, portanto não foi muito difícil encontrar a Maria Hilf Gürtel, uma grande avenida periférica que circunda a cidade. Encontramos o imenso Ibis (tem 341 quartos!) com diária de € 97,00 com café da manhã (+ € 8,00 de parking). Decidimos ficar dois dias. Quarto confortável, aquecimento central.
O Marcelo ficou lendo o guia da Áustria enquanto eu tomei banho e me preparei para sairmos. Descemos até a recepção, pegamos um mapa mais completo da cidade e a recepcionista disse que poderíamos chegar ao centro com o metrô linha U3. Saímos meio perdidos (acabemos tendo que voltar até o quarto pois eu esqueci meus óculos) e fomos pela imensa Mariahilf gürtel até a estação de metrô. Chegamos até a comprar um cartão de 4 viagens (pensamos que eram quatro tickets “separados”, como em Paris, mas é um cartão para 4 viagens, único – para uma pessoa) e não tínhamos conseguido “nos achar” no mapa do metrô, acabamos desistindo e seguindo a pé até a Mariahilfstrasse, uma extensa rua de comércio com milhares de lojas e fast foods e muitos letreiros luminosos, que segue até o “ring” do centro histórico de Viena. Frio, muito frio!
Vento gelado no rosto, orelhas congelando, mãos frias (mesmo de luva) e perda progressiva da sensibilidade das coxas (pois eu não coloquei meia-calça por baixo das minhas calças!!…). Seguimos este longo trecho a pé, até chegarmos o tal “ring” do centro. Paramos novamente para conferir o mapa e seguimos com muito frio mas extasiados com os belíssimos prédios, fontes, esculturas, museus, tudo extremamente bem iluminado e destacado, impecável. Passamos pelo museu de história natural e o Kunsthistoriche (prédios fabulosos) pelo Burggarten (onde estão as estátuas de Mozart e Goethe – já estava fechado. Seguimos pela Kärntmerstrasse (para pedestres) até a Stephenplatz onde está a belíssima catedral gótica (com telhado de mosaicos coloridos) a Stephensdom. Entramos na hora que estava sendo celebrada a missa pelo Bispo (+3-4 padres e 3-4 diáconos)!, lindíssimo. Altar coberto por cortina roxa pela quaresma. Seguimos pela rua onde está a bonita coluna da peste, pela Saint Peter’s Kirche (e pelo café Lehmann).
Já quase congelados, entramos no Bistrô El Tempo para o nosso Valentine’s Day Dinner. Pedimos 2 minestrones de entrada (porção pequena), 2 cervejinhas de 500ml (tradição dos últimos dias) e após o Cello comeu spaghetti bolognesa e eu penne arabiata, com molho vermelho e MUITA pimenta. No início “queimou” minha língua e, depois, já acostumada, foi ótimo, pois o frio desapareceu! Saiu € 27,00 e deixamos € 3,00 de gorjeta.
Saímos então para o longo e frio caminho de volta. Voltamos cruzando pelo “meio” dos prédios mais bonitos e famosos de Viena que, se não fosse pelo frio, valia a pena sentar-se em um banco de praça e ficar admirando os prédios iluminados! Voltamos até a Mariahilfstrasse, passamos no McDonald’s e pegamos 2 copos de caffe latte grandes para viagem (cerca de 300ml cada) e saímos tomando nosso caminho de volta… o frio dissipou-se gradativamente…
Agora é hora de descansar pois amanhã temos aproveitar o máximo desta cidade lindíssima…
Até.
Monday, November 27, 2006
13/02/02 – Salzburg, Áustria
(14º dia - Hotel Lehenerhof)
Marcelo:
Nós, Brasil, somos uma nação muito jovem. Temos pouco mais de 500 anos. É isso o que me faz crer que ainda chegaremos a um alto grau de desenvolvimento e educação. Pode ser que leve tempo, que eu nem viva para ver isso, mas vamos conseguir. Não podemos nos comparar a quem tem mais de dois mil anos de história.
O trânsito, por exemplo. Tenho certeza que, uma semana após retornar de viagem, já vou estar estressado e discutindo com outros motoristas tão ou mais nervosos qu eu. Prometo - sinceramentre – tentar melhorar nesse ponto.
Aqui as coisas funcionam de outro jeito. O pedestre sempre tem preferência. Colocou o pé na faixa de segurança, param o carro para que atravessemos a rua. Demora para um pedestre brasileiro se habituar. O trânsito, mesmo em grandes cidades – com exceção da Itália, claro – é mais tranqüilo que o do Brasil. Aqui em Salzburg, tem até sinal sonoro para cegos atravessarem a rua. São outros quinhentos, ou outros mil anos…
De volta à viagem, que hoje ganhou um nome: depois de ‘Perdidos na Espace – Uma Van na Europa’ e ‘Natal na Neve – Europa 2000/2001’, estamos agora na viagem ‘Europa Inverno 2002 – Alpes e Lagos’. Estávamos em Innsbrück, no ótimo hotel Alpotel Tyrol. Ótima noite de sono que se segui com um café da manhã muito bom, com destaque para a salada de frutas. Logo após o café, fomos para a rua dar a última passada e fazer câmbio.
No tourist information conseguimos um câmbio mais ou menos e vimos um imenso mapa dos alpes que, excluindo Paris, tem todo o roteiro de viagem. Muito grande e caro, não compramos. Voltando à Altstadt, passeamos um pouco pelas estreitas ruas com lojinhas de souvenirs (a Jacque procurava presentes) e, numa delas, encontramos aquele mesmo mapa dos Alpes numa versão um pouco (bem pouco) menos e bem mais barato. Compramos.
Voltamos ao hotel, checkout (€116,75) e seguimos adiante. Na saída de Innsbrück, parei num posto de gasolina e abasteci o carro (diesel a €0,744/l) num total de €35,00. Abandonamos Innsbruck numa bela manhã de sol pela 171 até a pequena Wiesing, onde desviamos para para a 169 e por ela fomos até Zell am Ziller. Nesta cidade, entramos numa ‘scenic route’ em direção a Gerlos. É importante ressaltar que ‘scenic route’ nessa viagem significa subir por estradas estreitas com muitas “tornantes” (curvas de 180º) em subidas. Gerlos é uma estação de esqui bem interessante, e lá paramos para fotos na neve e próximo a corredeiras com aspecto de MUITO frio. De volta à estrada, passamos pela Gerlopass (passagem de Gerlos), antes de descer com muitas tornantes até Mittersill, onde trocamos de estrada para a 168, que nos levou até Zell am See, nosso primeiro destino do dia.
Como o nome diz, essa Zell fica às margens do Zellersee, lago que estava congelado, com patos e gansos caminhando em sua superfície, os últimos com certa dificuldade porque escorregam devido ao seu peso. Deixamos o carro num parking e fomos passear pelo centro. Paramos no McDonald’s, compramos dois Menu McCountry Deluxe e fomos comer sentados em um banco à beira do lago. Após o almoço, enquanto circulávamos pela Banhofstrasse, um internet café “se atirou” em minha frente. Entrei e verifiquei e-mails. Daí, passeamos mais um pouco pela orla do Zellersee e fomos de volta à estrada. Nosso destino então era Hallstatt, dita a mais bela cidade de beira de lago da Áustria. Para isso, pegamos a 311 em direção a Höhle e deveríamos entrar na 99. Por alguma razão que não sei explicar, não encontramos a saída para a 99 e acabamos na A10 em direção à Salzburg, que se tornou nosso próximo destino.
Não tinha lido nada sobre Salzburg no nosso guia de viagem. Logo, ao entrar na cidade não tinha a menor idéia do que encontraria. Com certa facilidade, chegamos na cidade velha, e segui em frente à procura de hotel. Os da rede Best Western, do nosso guia de hotéis da rede no mundo, eram todos 4* e muito caros para nós. Indo por instinto, entrei na Ignaz-Harrer-Strasse, algo como uma Azenha (referência à avenida de Porto Alegre) de Salzburg. Nesta rua, vi o letreiro do Hotel Lehenerhof. Parei o carro e fui até a recepção. O preço, bom (€ 72,00 com café da manhã). O estacionamento, gratuito. Ficamos.
Com um mapa da cidade que pegamos na recepção, pudemos ter uma idéia da cidade. Basicamente, divide-se em duas, a nova e a velha, pelo rio Salzach. Seguimos caminhando até a margem do rio, e por ela fomos até o centro (e a Altstadt). Circulamos pelas suas estreitas ruas até a Herbert Von Karajanplatz, e aí à Universidade, a Dom e a Mozartplatz. Lá, outro Internet Café “se atirou” na minha frente. Entrei novamente e consegui responder aos e-mails que precisava (não havia conseguido em Zell am See). Adiante, entramos na Getraidegasse, onde está a Geburthaus (casa onde nasceu Mozart). De lá, fomos pelo outro lado do rio, na começo da noite, até o Mirabellgarten, onde há uma estátua de Paracelsus, junto ao Paracelsus Kuhrhaus (complexo de saunas, piscina, etc).
Atravessamos novamento o rio e voltamos, pelo mesmo caminha da ida, procurando um local para jantar. Acabamos no Wienerwald, da mesmo rede onde jantamos ontem, em Innsbruck. Muito bom e, melhor, no térreo do nosso hotal.
Amanhã, Viena.
Marcelo:
Nós, Brasil, somos uma nação muito jovem. Temos pouco mais de 500 anos. É isso o que me faz crer que ainda chegaremos a um alto grau de desenvolvimento e educação. Pode ser que leve tempo, que eu nem viva para ver isso, mas vamos conseguir. Não podemos nos comparar a quem tem mais de dois mil anos de história.
O trânsito, por exemplo. Tenho certeza que, uma semana após retornar de viagem, já vou estar estressado e discutindo com outros motoristas tão ou mais nervosos qu eu. Prometo - sinceramentre – tentar melhorar nesse ponto.
Aqui as coisas funcionam de outro jeito. O pedestre sempre tem preferência. Colocou o pé na faixa de segurança, param o carro para que atravessemos a rua. Demora para um pedestre brasileiro se habituar. O trânsito, mesmo em grandes cidades – com exceção da Itália, claro – é mais tranqüilo que o do Brasil. Aqui em Salzburg, tem até sinal sonoro para cegos atravessarem a rua. São outros quinhentos, ou outros mil anos…
De volta à viagem, que hoje ganhou um nome: depois de ‘Perdidos na Espace – Uma Van na Europa’ e ‘Natal na Neve – Europa 2000/2001’, estamos agora na viagem ‘Europa Inverno 2002 – Alpes e Lagos’. Estávamos em Innsbrück, no ótimo hotel Alpotel Tyrol. Ótima noite de sono que se segui com um café da manhã muito bom, com destaque para a salada de frutas. Logo após o café, fomos para a rua dar a última passada e fazer câmbio.
No tourist information conseguimos um câmbio mais ou menos e vimos um imenso mapa dos alpes que, excluindo Paris, tem todo o roteiro de viagem. Muito grande e caro, não compramos. Voltando à Altstadt, passeamos um pouco pelas estreitas ruas com lojinhas de souvenirs (a Jacque procurava presentes) e, numa delas, encontramos aquele mesmo mapa dos Alpes numa versão um pouco (bem pouco) menos e bem mais barato. Compramos.
Voltamos ao hotel, checkout (€116,75) e seguimos adiante. Na saída de Innsbrück, parei num posto de gasolina e abasteci o carro (diesel a €0,744/l) num total de €35,00. Abandonamos Innsbruck numa bela manhã de sol pela 171 até a pequena Wiesing, onde desviamos para para a 169 e por ela fomos até Zell am Ziller. Nesta cidade, entramos numa ‘scenic route’ em direção a Gerlos. É importante ressaltar que ‘scenic route’ nessa viagem significa subir por estradas estreitas com muitas “tornantes” (curvas de 180º) em subidas. Gerlos é uma estação de esqui bem interessante, e lá paramos para fotos na neve e próximo a corredeiras com aspecto de MUITO frio. De volta à estrada, passamos pela Gerlopass (passagem de Gerlos), antes de descer com muitas tornantes até Mittersill, onde trocamos de estrada para a 168, que nos levou até Zell am See, nosso primeiro destino do dia.
Como o nome diz, essa Zell fica às margens do Zellersee, lago que estava congelado, com patos e gansos caminhando em sua superfície, os últimos com certa dificuldade porque escorregam devido ao seu peso. Deixamos o carro num parking e fomos passear pelo centro. Paramos no McDonald’s, compramos dois Menu McCountry Deluxe e fomos comer sentados em um banco à beira do lago. Após o almoço, enquanto circulávamos pela Banhofstrasse, um internet café “se atirou” em minha frente. Entrei e verifiquei e-mails. Daí, passeamos mais um pouco pela orla do Zellersee e fomos de volta à estrada. Nosso destino então era Hallstatt, dita a mais bela cidade de beira de lago da Áustria. Para isso, pegamos a 311 em direção a Höhle e deveríamos entrar na 99. Por alguma razão que não sei explicar, não encontramos a saída para a 99 e acabamos na A10 em direção à Salzburg, que se tornou nosso próximo destino.
Não tinha lido nada sobre Salzburg no nosso guia de viagem. Logo, ao entrar na cidade não tinha a menor idéia do que encontraria. Com certa facilidade, chegamos na cidade velha, e segui em frente à procura de hotel. Os da rede Best Western, do nosso guia de hotéis da rede no mundo, eram todos 4* e muito caros para nós. Indo por instinto, entrei na Ignaz-Harrer-Strasse, algo como uma Azenha (referência à avenida de Porto Alegre) de Salzburg. Nesta rua, vi o letreiro do Hotel Lehenerhof. Parei o carro e fui até a recepção. O preço, bom (€ 72,00 com café da manhã). O estacionamento, gratuito. Ficamos.
Com um mapa da cidade que pegamos na recepção, pudemos ter uma idéia da cidade. Basicamente, divide-se em duas, a nova e a velha, pelo rio Salzach. Seguimos caminhando até a margem do rio, e por ela fomos até o centro (e a Altstadt). Circulamos pelas suas estreitas ruas até a Herbert Von Karajanplatz, e aí à Universidade, a Dom e a Mozartplatz. Lá, outro Internet Café “se atirou” na minha frente. Entrei novamente e consegui responder aos e-mails que precisava (não havia conseguido em Zell am See). Adiante, entramos na Getraidegasse, onde está a Geburthaus (casa onde nasceu Mozart). De lá, fomos pelo outro lado do rio, na começo da noite, até o Mirabellgarten, onde há uma estátua de Paracelsus, junto ao Paracelsus Kuhrhaus (complexo de saunas, piscina, etc).
Atravessamos novamento o rio e voltamos, pelo mesmo caminha da ida, procurando um local para jantar. Acabamos no Wienerwald, da mesmo rede onde jantamos ontem, em Innsbruck. Muito bom e, melhor, no térreo do nosso hotal.
Amanhã, Viena.
Sunday, September 10, 2006
12/02/02 – Innsbruck, Áustria
(13º dia - Hotel Alpotel)
Jacque:
Olá! Hoje é dia de festa em Innsbruck. Isso mesmo, aqui também é dia de carnaval. Depois explico…
Acordamos com os nossos “fofíssimos” edredons de pena, arrumamos a bagunça e descemos para o café. Só para variar, hotel simpático, ótimo café e só nós dois na sala do café (muito bonita e, além do tradicional buffet de café, um iogurte com frutas silvestres e uma geléia de framboesa e amora excelentes! Infelizmente, todas essas coisas maravilhosas têm um preço… em calorias…
Fizemos o checkout e deixamos Lindau para trás… quem sabe um dia voltamos… mas sem fígado na janta, é claro… Ainda antes de sairmos, escolhemos a estrada a seguir (pelo menos a primeira) e depois eu fico com o mapa dando as indicações… Isso me fez receber o título de “Musa do Mapa” – adquirido na viagem anterior e reforçado nesta!
Temos optado, sempre, por estradas menores (evitando as highways) e as mais bonitas (Scenic Route – marcada no mapa Michelin com a cor verde). Foi o que fizemos. Saímos de Lindau, pegamos a 308 - Alpenstrasse, que cruza pelo meio de uma floresta e uma bonita planície. O dia amanheceu nublado e foi “limpando” aos poucos. A temperatura, que era de 5ºC chegou até 18ºC em momentos com muito sol. Belo passeio! Fomos em direção ao Zugspitze (pico mais alto do Tirol). Passamos por Lindenberg, Immenststrabe ober joch (1180m de altitude) com neve e entramos novamente na Áustria (sem nenhuma aduana). Seguimos pela 314 e, já próximos à Innsbruck, optamos por desviar para uma scenic route antes de chegarmos à cidade. Subimos ima montanha por uma estrada muito íngreme até Seefeld.
É uma bela estação de esqui, e tinha uma quantidade boa de neve e mujita gente esquiando nos arredores da estrada. Sol forte, que fazia a temperatura se manter em 13ºC mesmo no meio da neve. Vários hotéis, todos aparentemente muito bons… Chegou a dar vontade de ficar ali, mas seguimos para Innsbruck, que era o destino do dia!
Chegamos à cidade com muito sol, deixando a cidade ainda mais bela (é toda cercada por montanhas nevadas). Temperatura de 15ºC no sol, bem agradável. Rumamos para o centro e no primeiro hotel que vimos o Marcelo resolveu perguntar o preço. Alpotel, quatro estrelas, bem central, com estacionamento. Preço €108,00 com café mais €8,00 pelo estacionamento, o que só descobrimos depois… Chegamos a circular um pouco mais, mas como o hotel era bom e bem localizado, acabamos voltando. O hotel é muito bom mesmo: quarto enorme com banheira, com salinha (mesa + poltronas) e sacada.
Deixamos nossas coisas e descemos para passear, pois fomos informados que as ruas próximas estavam fechadas para o desfile do carnaval de rua! Saímos a pé e seguimos a multidão de pessoas que se preparava para o desfile que iria começar às 14h na Maria Tehresien Str., rua principal de Innsbruck. As lojas estavam fechando e já havia muita fantasiada pelas calçadas.
É muito legal. O desfile em si é super simples, são pequenos grupos que passam a pé ou em tratores e caminhões enfeitados, tocando músicas variadas (ópera, gaita de fole, rock, etc). Grupos de velhinhos tocandotmabores e cornetas de plástico, homens vestidos de mulher e vice-versa. Em outras palavras, “um frege”. As pessoas que assistem também usam fantasias, namorados, mães, pais, avós, crianças, etc. Executivos com nariz de palhaço e gravata torta, perucas, chapéus…
O bacana é que todos mundo se diverte de forma simples, sem exibição excessiva… Achamos bem legal. Várias barracas vendiam chope, quentão, taças de espumante, salsichas, pretzels, sonhos com recheio de geléia, etc. Além de assistirmos boa parte do desfile, sempre circulando, também caminhamos por toda a Maria Theresien St (muito bonita, com casas coloridas, lojas e restaurantes. No meio desta rua está a Annasäule (coluna de Anna), uma bela coluna de mármore esculpida que foi feita entre 1704 e 1706 para comemorar a coroação do Imperador Leopold II. Caminhamos, também, até o antigo Palácio Imperial (Hofburg), onde hoje funciona um museu. Em frente ao museu há a estátua eqüestre do arquiduque Leopold V, que governou o Tirol de 1618-1632.
Passamos pelas ruas de pedestres do belo centro antigo (repletas de foliões) e seguimos até uma área oróxima ao Estádio Olímpico (Innsbruck foi sede da Olimpíadas de Inverno de 1964 e 1976). Antes de voltarmos para o hotel, passamos num mercado, compramos dois tipos de queijo, vinho, água mineral, “crackers”. Subimos para o quarto e ficamos vendo tevê e comendo queijinho com vinho… Pior é que agora nem tenho fome para jantar…
22:20hs – Descemos do hotel por volta das 20h30 e ainda haviam muitos foliões pelas ruas. Em vários pontos (esquinas, praças) haviam Djs colocando som (geralmente rock americano ou música alemã/austríaca). Muita sujeira nas ruas, com garrafas e copos de vidro no chão. Mais da metade das pessoas está fantasiada, ou com algum chapéu esquisito ou com o rosto pintado! É interessante que apesar de alguns estarem nitidamente bêbados, não vimos nenhuma briga ou “empurra-empurra”, nem apelação. Ou seja, muito legal!
Ficamos na cidade antiga, na praça da “Goldener Dachl”, casa construída em 1420 por Friederich IV como residência dos soberanos, olhando o pessoal dançando (nós também dançamos, claro), chegamos a ver um grupinho de brasileiros com a camisa da seleção, mas não nos aproximamos. Às 21h, o DJ encerrou a música e o pessoal começou aos poucos a se dispersar e já entraram em ação as grandes máquinas de limpar as ruas. Circulamos mais um pouco e acabamos voltando à Maria Theresien Str., onde paramos no Wienerwald, onde comemos cordon bleu (carne de porco à milanesa recheada com presunto e queijo) com salada e fritas + chope de 500ml. Prosit!
Ligamos para a mãe e falamos também com a Kaká e a Beta. Bem legal! Agora sim, encerro o dia.
Até.
Jacque:
Olá! Hoje é dia de festa em Innsbruck. Isso mesmo, aqui também é dia de carnaval. Depois explico…
Acordamos com os nossos “fofíssimos” edredons de pena, arrumamos a bagunça e descemos para o café. Só para variar, hotel simpático, ótimo café e só nós dois na sala do café (muito bonita e, além do tradicional buffet de café, um iogurte com frutas silvestres e uma geléia de framboesa e amora excelentes! Infelizmente, todas essas coisas maravilhosas têm um preço… em calorias…
Fizemos o checkout e deixamos Lindau para trás… quem sabe um dia voltamos… mas sem fígado na janta, é claro… Ainda antes de sairmos, escolhemos a estrada a seguir (pelo menos a primeira) e depois eu fico com o mapa dando as indicações… Isso me fez receber o título de “Musa do Mapa” – adquirido na viagem anterior e reforçado nesta!
Temos optado, sempre, por estradas menores (evitando as highways) e as mais bonitas (Scenic Route – marcada no mapa Michelin com a cor verde). Foi o que fizemos. Saímos de Lindau, pegamos a 308 - Alpenstrasse, que cruza pelo meio de uma floresta e uma bonita planície. O dia amanheceu nublado e foi “limpando” aos poucos. A temperatura, que era de 5ºC chegou até 18ºC em momentos com muito sol. Belo passeio! Fomos em direção ao Zugspitze (pico mais alto do Tirol). Passamos por Lindenberg, Immenststrabe ober joch (1180m de altitude) com neve e entramos novamente na Áustria (sem nenhuma aduana). Seguimos pela 314 e, já próximos à Innsbruck, optamos por desviar para uma scenic route antes de chegarmos à cidade. Subimos ima montanha por uma estrada muito íngreme até Seefeld.
É uma bela estação de esqui, e tinha uma quantidade boa de neve e mujita gente esquiando nos arredores da estrada. Sol forte, que fazia a temperatura se manter em 13ºC mesmo no meio da neve. Vários hotéis, todos aparentemente muito bons… Chegou a dar vontade de ficar ali, mas seguimos para Innsbruck, que era o destino do dia!
Chegamos à cidade com muito sol, deixando a cidade ainda mais bela (é toda cercada por montanhas nevadas). Temperatura de 15ºC no sol, bem agradável. Rumamos para o centro e no primeiro hotel que vimos o Marcelo resolveu perguntar o preço. Alpotel, quatro estrelas, bem central, com estacionamento. Preço €108,00 com café mais €8,00 pelo estacionamento, o que só descobrimos depois… Chegamos a circular um pouco mais, mas como o hotel era bom e bem localizado, acabamos voltando. O hotel é muito bom mesmo: quarto enorme com banheira, com salinha (mesa + poltronas) e sacada.
Deixamos nossas coisas e descemos para passear, pois fomos informados que as ruas próximas estavam fechadas para o desfile do carnaval de rua! Saímos a pé e seguimos a multidão de pessoas que se preparava para o desfile que iria começar às 14h na Maria Tehresien Str., rua principal de Innsbruck. As lojas estavam fechando e já havia muita fantasiada pelas calçadas.
É muito legal. O desfile em si é super simples, são pequenos grupos que passam a pé ou em tratores e caminhões enfeitados, tocando músicas variadas (ópera, gaita de fole, rock, etc). Grupos de velhinhos tocandotmabores e cornetas de plástico, homens vestidos de mulher e vice-versa. Em outras palavras, “um frege”. As pessoas que assistem também usam fantasias, namorados, mães, pais, avós, crianças, etc. Executivos com nariz de palhaço e gravata torta, perucas, chapéus…
O bacana é que todos mundo se diverte de forma simples, sem exibição excessiva… Achamos bem legal. Várias barracas vendiam chope, quentão, taças de espumante, salsichas, pretzels, sonhos com recheio de geléia, etc. Além de assistirmos boa parte do desfile, sempre circulando, também caminhamos por toda a Maria Theresien St (muito bonita, com casas coloridas, lojas e restaurantes. No meio desta rua está a Annasäule (coluna de Anna), uma bela coluna de mármore esculpida que foi feita entre 1704 e 1706 para comemorar a coroação do Imperador Leopold II. Caminhamos, também, até o antigo Palácio Imperial (Hofburg), onde hoje funciona um museu. Em frente ao museu há a estátua eqüestre do arquiduque Leopold V, que governou o Tirol de 1618-1632.
Passamos pelas ruas de pedestres do belo centro antigo (repletas de foliões) e seguimos até uma área oróxima ao Estádio Olímpico (Innsbruck foi sede da Olimpíadas de Inverno de 1964 e 1976). Antes de voltarmos para o hotel, passamos num mercado, compramos dois tipos de queijo, vinho, água mineral, “crackers”. Subimos para o quarto e ficamos vendo tevê e comendo queijinho com vinho… Pior é que agora nem tenho fome para jantar…
22:20hs – Descemos do hotel por volta das 20h30 e ainda haviam muitos foliões pelas ruas. Em vários pontos (esquinas, praças) haviam Djs colocando som (geralmente rock americano ou música alemã/austríaca). Muita sujeira nas ruas, com garrafas e copos de vidro no chão. Mais da metade das pessoas está fantasiada, ou com algum chapéu esquisito ou com o rosto pintado! É interessante que apesar de alguns estarem nitidamente bêbados, não vimos nenhuma briga ou “empurra-empurra”, nem apelação. Ou seja, muito legal!
Ficamos na cidade antiga, na praça da “Goldener Dachl”, casa construída em 1420 por Friederich IV como residência dos soberanos, olhando o pessoal dançando (nós também dançamos, claro), chegamos a ver um grupinho de brasileiros com a camisa da seleção, mas não nos aproximamos. Às 21h, o DJ encerrou a música e o pessoal começou aos poucos a se dispersar e já entraram em ação as grandes máquinas de limpar as ruas. Circulamos mais um pouco e acabamos voltando à Maria Theresien Str., onde paramos no Wienerwald, onde comemos cordon bleu (carne de porco à milanesa recheada com presunto e queijo) com salada e fritas + chope de 500ml. Prosit!
Ligamos para a mãe e falamos também com a Kaká e a Beta. Bem legal! Agora sim, encerro o dia.
Até.
Saturday, April 08, 2006
11/02/02 – Lindau, Alemanha
(12º dia - Hotel Stift)
Marcelo:
A idéia de viajar não é antiga na evolução do homem ocidental. Deve ter surgido mais ou menos junto com a instituição do casamento. Nada a ver com a lua de mel, é que neste ponto em que o homo sapiens deixou de ser nômade, surgiu a propriedade privada e, para mantê-la, o matrimônio. E a idéia de volta.
A volta para casa – assim como a preparação e a viagem em si – é fundamental para a idéia de viagem. Nômades, ciganos e gafanhotos não viajam: apenas vão de um lugar ao outro. É isso o que as pessoas não entendem quando digo que voltar para casa é tão bom quanto viajar. Para nós, ainda não é a hora de voltar, temos muito pela frente, o que vai tornar a idéia de voltar ainda mais interessante.
Estou escrevendo da Alemanha. Mais especificamente de Lindau, às margens do Bodensee, lago que faz fronteira de três países: Suiça, Alemanha e Áustria. Falando em lagos, assim como pelos alpes, essa é uma viagem por muitos lagos. Passamos por Aix-les-Bains e Annecy, na França, às margens de lagos. Contornamos uma parte do Lac Leman, entre Genebra e Evian. Paramos em Thun, no Thunersee, passamos batido por Interlaken (entre os lagos), visitamos Luzern com seu lago, dormimos às margens do Zurichsee, que hoje contornamos, passando por cima do Wallensee e acabando o dia na simpático Lindau, onde já estivéramos nos últimos dias do ano 2000, na viagem “Natal na Neve”.
Depois do stress que foi achar o hotel ontem à noite, após o banho e mesmo após descrever o dia em nossos diários de viagem, estávamos os dois sem nenhum sono. Meia-noite, o som de alguém roncando num quarto distante, e sem nenhum sono. Apelamos para as drogas: Dormonid para os dois. Uma noite bem dormida e sem sonhos, que acabou com o despertador tocando às 8h.
Seguindo a rotina de férias, café da manhã e estávamos prontos para o checkout às 9h20. Deixamos o hotel Ibis Zurich Technopark e fomos de carro até o parking Urania, o mesmo de ontem. Saímos caminhando até a Banhofstrasse, a avenida das lojas e bancos e, de lá, até a Hauptbanholfplatz, onde fica a estação de trens. Dando meia-volta, seguimos pela mesma Banhofstrasse em direção ao lago, parando num Coop (supermercado) para comprar filme para a máquina fotográfica.
Desviando um pouco da rota principal, subimos até a St.Peter’s Kirche, a catedral gótica de Zurich, que tem o maior relógio de fachada (na fachada) da Europa. De lá, seguimos até a Fraumünster, catedral protestante com belos vitrais de Marc Chagal. Como ela fica próximo ao local onde o rio Limmat deságua no lago, fomos até a ponto para fotos com as duas catedrais ao fundo. Atravessamos para a cidade antiga, fotos na beira do rio, e paramos para comprar o canivete novo da Jacque (o outro foi junto com a bolsa roubada em março de 2001). Dali, seguimos até a Grossmünster, de onde a reforma protestante na Suiça germânica foi liderada.
Zurich
Após visitar a catedral, nos dirigimos até a Niederdorfstrasse e, na Spiegelgasse, entramos à direita para visitar o local onde era o Cabaret Voltaire (onde iniciou o movimento dadaísta) e a casa onde Lenin morou antes de voltar à Rússia para liderar a revolução. Aliás, próximo à St. Peter’s Kirche, fica a esquina James Joyce, pois foi em Zurich que ele escreveu o clássico (e ilegível, para mim) Ulysses.
Voltamos ao carro e – milagre – foi fácil sair de Zurich. Decidimos ir contornando o lago até Rapperswill (subúrbio de Zurich, praia de lago) para então acessar uma scenic route que passaria pelo Wallensee, cruzando após um pequeno trecho de Liechtenstein para chegar em Bregenz, Áustria, às margens do Bodensee. Então, pegamos a 17 saindo de Zurich, após para a 3 em direção a Näfels e após a Sarganz.
Alpes...
... e Lagos
Em Schaan, fronteira da Liechtenstein com a Áustria, paramos para gastar os nossos últimos francos suiços, com chocolates, coca light e picolé. Para entrar na Áustria, controle aduaneiro (com carimbo no passaporte) e viagem pela autoestrada até Bregenz. Lá chegando, demos uma rápida olhada no centro da cidade e decidimos escolher um hotel na beira do lago para ficar. Fomos rodando pela avenida que beira o lago, e como Lindau fica a 8km de Bregenz, já na Alemanha, e é conhecida e simpática, fomos até ela.
Chegando, estacionei na praça em frente à Igreja e fomos ver se havia vagas no Hotel Stift, que tem um restaurante embaixo e – ótimo – estacionamento atrás. O quarto, imenso, para até quatro pessoas muito bem instaladas. Deixamos nossas coisas no quarto e fomos caminhar, passando pela Maximilianstrasse até o porto, no final da tarde, uma belíssima imagem.
Lindau
Após, caminhamos até encontrar o hotel em que ficamos ano passado. Muitas voltas até encontrá-lo. Voltamos para o quarto e tomamos nosso bom vinho d’Abruzzo. Banho e janta no restaurante do hotel, dois andares abaixo do nosso quarto.
Hotel Stift
Muito boa a comida, com cerveja e apfelstrüdel com nata de sobremesa. Amanhã, Innsbruck. Vamos virar a Áustria do avesso, antes de voltar aos alpes italianos.
Até amanhã.
Marcelo:
A idéia de viajar não é antiga na evolução do homem ocidental. Deve ter surgido mais ou menos junto com a instituição do casamento. Nada a ver com a lua de mel, é que neste ponto em que o homo sapiens deixou de ser nômade, surgiu a propriedade privada e, para mantê-la, o matrimônio. E a idéia de volta.
A volta para casa – assim como a preparação e a viagem em si – é fundamental para a idéia de viagem. Nômades, ciganos e gafanhotos não viajam: apenas vão de um lugar ao outro. É isso o que as pessoas não entendem quando digo que voltar para casa é tão bom quanto viajar. Para nós, ainda não é a hora de voltar, temos muito pela frente, o que vai tornar a idéia de voltar ainda mais interessante.
Estou escrevendo da Alemanha. Mais especificamente de Lindau, às margens do Bodensee, lago que faz fronteira de três países: Suiça, Alemanha e Áustria. Falando em lagos, assim como pelos alpes, essa é uma viagem por muitos lagos. Passamos por Aix-les-Bains e Annecy, na França, às margens de lagos. Contornamos uma parte do Lac Leman, entre Genebra e Evian. Paramos em Thun, no Thunersee, passamos batido por Interlaken (entre os lagos), visitamos Luzern com seu lago, dormimos às margens do Zurichsee, que hoje contornamos, passando por cima do Wallensee e acabando o dia na simpático Lindau, onde já estivéramos nos últimos dias do ano 2000, na viagem “Natal na Neve”.
Depois do stress que foi achar o hotel ontem à noite, após o banho e mesmo após descrever o dia em nossos diários de viagem, estávamos os dois sem nenhum sono. Meia-noite, o som de alguém roncando num quarto distante, e sem nenhum sono. Apelamos para as drogas: Dormonid para os dois. Uma noite bem dormida e sem sonhos, que acabou com o despertador tocando às 8h.
Seguindo a rotina de férias, café da manhã e estávamos prontos para o checkout às 9h20. Deixamos o hotel Ibis Zurich Technopark e fomos de carro até o parking Urania, o mesmo de ontem. Saímos caminhando até a Banhofstrasse, a avenida das lojas e bancos e, de lá, até a Hauptbanholfplatz, onde fica a estação de trens. Dando meia-volta, seguimos pela mesma Banhofstrasse em direção ao lago, parando num Coop (supermercado) para comprar filme para a máquina fotográfica.
Desviando um pouco da rota principal, subimos até a St.Peter’s Kirche, a catedral gótica de Zurich, que tem o maior relógio de fachada (na fachada) da Europa. De lá, seguimos até a Fraumünster, catedral protestante com belos vitrais de Marc Chagal. Como ela fica próximo ao local onde o rio Limmat deságua no lago, fomos até a ponto para fotos com as duas catedrais ao fundo. Atravessamos para a cidade antiga, fotos na beira do rio, e paramos para comprar o canivete novo da Jacque (o outro foi junto com a bolsa roubada em março de 2001). Dali, seguimos até a Grossmünster, de onde a reforma protestante na Suiça germânica foi liderada.
Zurich
Após visitar a catedral, nos dirigimos até a Niederdorfstrasse e, na Spiegelgasse, entramos à direita para visitar o local onde era o Cabaret Voltaire (onde iniciou o movimento dadaísta) e a casa onde Lenin morou antes de voltar à Rússia para liderar a revolução. Aliás, próximo à St. Peter’s Kirche, fica a esquina James Joyce, pois foi em Zurich que ele escreveu o clássico (e ilegível, para mim) Ulysses.
Voltamos ao carro e – milagre – foi fácil sair de Zurich. Decidimos ir contornando o lago até Rapperswill (subúrbio de Zurich, praia de lago) para então acessar uma scenic route que passaria pelo Wallensee, cruzando após um pequeno trecho de Liechtenstein para chegar em Bregenz, Áustria, às margens do Bodensee. Então, pegamos a 17 saindo de Zurich, após para a 3 em direção a Näfels e após a Sarganz.
Alpes...
... e Lagos
Em Schaan, fronteira da Liechtenstein com a Áustria, paramos para gastar os nossos últimos francos suiços, com chocolates, coca light e picolé. Para entrar na Áustria, controle aduaneiro (com carimbo no passaporte) e viagem pela autoestrada até Bregenz. Lá chegando, demos uma rápida olhada no centro da cidade e decidimos escolher um hotel na beira do lago para ficar. Fomos rodando pela avenida que beira o lago, e como Lindau fica a 8km de Bregenz, já na Alemanha, e é conhecida e simpática, fomos até ela.
Chegando, estacionei na praça em frente à Igreja e fomos ver se havia vagas no Hotel Stift, que tem um restaurante embaixo e – ótimo – estacionamento atrás. O quarto, imenso, para até quatro pessoas muito bem instaladas. Deixamos nossas coisas no quarto e fomos caminhar, passando pela Maximilianstrasse até o porto, no final da tarde, uma belíssima imagem.
Lindau
Após, caminhamos até encontrar o hotel em que ficamos ano passado. Muitas voltas até encontrá-lo. Voltamos para o quarto e tomamos nosso bom vinho d’Abruzzo. Banho e janta no restaurante do hotel, dois andares abaixo do nosso quarto.
Hotel Stift
Muito boa a comida, com cerveja e apfelstrüdel com nata de sobremesa. Amanhã, Innsbruck. Vamos virar a Áustria do avesso, antes de voltar aos alpes italianos.
Até amanhã.
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